O montante investido até
agora é de R$ 7,8 bilhões e para concluir a usina serão necessários cerca de R$
20 bilhões. 65% da obra já foi realizada e estima-se que Angra 3 entre em
operação no final de 2028.
Paralisada em 2015 devido à
revisão do financiamento, a obra foi retomada em 2022. O consórcio Agis –
formado por Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz – venceu a licitação para
reiniciar a construção de Angra 3 e realizar os serviços no âmbito do Plano de
Aceleração da Linha Crítica da unidade. No primeiro semestre de 2024 será
realizada outra licitação para contratar a empresa, ou o consórcio, que vai
finalizar as obras civis e a montagem eletromecânica da usina. Isso será feito
via contrato de EPC – sigla em inglês para engenharia, gestão de compras e
construção.
No pico da obra serão gerados
7 mil empregos diretos, além de um número muito maior de empregos indiretos. No
momento, há cerca de 1.000 trabalhadores no canteiro de obras.
Como contratado pela
Eletronuclear para a reestruturação financeira e contratual do projeto, o BNDES
promoveu uma due diligence técnica de Angra 3. Trata-se de avaliação
independente sobre a viabilidade técnica e financeira da usina, que visa a
trazer segurança aos futuros parceiros acerca das condições do empreendimento.
Para fazer esse serviço, o BNDES contratou o consórcio Angra Eurobras NES,
composto por Tractebel Engineering Ltda. (líder), Tractebel Engineering S.A. e
Empresários Agrupados Internacional S.A. Outros serviços especializados foram
igualmente contratados pelo BNDES, como assessoria jurídica, ambiental e
financeira.
Quando concluída, a usina vai
operar com alto grau de confiabilidade e ajudar a garantir segurança de
abastecimento para o sistema elétrico brasileiro. Usinas nucleares não emitem
gases responsáveis pelo efeito estufa, ao contrário das termelétricas movidas a
combustíveis fósseis. Portanto, a usina terá impacto ambiental mínimo e vai
gerar energia limpa.
Angra 3 vai diversificar a matriz elétrica e reduzir os custos totais do Sistema Interligado Nacional (SIN), na medida em que substituirá a energia mais cara de térmicas que é frequentemente despachada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A proximidade com os principais centros de consumo do país contribui para evitar congestionamentos nas interligações entre os subsistemas.
Capitalização da Eletrobras
A capitalização da
Eletrobras, realizada em 2022, não afetou a retomada das obras de Angra 3. Por
conta do processo, o controle da Eletronuclear passou para a Empresa Brasileira
de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. (ENBPar), na medida em
que a exploração da energia nuclear é exclusividade da União.
Hoje, a ENBPar detém 64,095%
das ações ordinárias da empresa, enquanto a Eletrobras tem 35,901%. Para obter
as ações da Eletronuclear e assumir o controle da companhia, a ENBPar realizou
um aporte de R$ 3,5 bilhões na empresa em junho de 2022, valor já previsto no
acordo de investimentos celebrado entre a nova holding e a Eletrobras.
Atualmente, o capital social da Eletronuclear é de aproximadamente R$ 15,5
bilhões. (eletronuclear)
Nenhum comentário:
Postar um comentário