Mudanças climáticas (14,8%), energia solar (14%), biocombustíveis (6%) estão entre as áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do país, segundo a pesquisa “Percepção Pública da Ciência e Tecnologia no Brasil”, feita pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e apoiada por entidades como Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na pesquisa, que ouviu 2.016 pessoas entre 23 de junho e 6 de julho de 2010, as áreas de medicamentos e tecnologias médicas (32,1%) e agricultura (15%). Energia nuclear (1,2%) lideram a lista de 12 segmentos avaliados como importantes.
O Objetivo da pesquisa, cuja primeira versão aconteceu em 2006, foi levantar o interesse, grau de informação, atitudes, visões e conhecimento que os brasileiros têm da Ciência e Tecnologia. O resultado do levantamento, realizado pela CP2 (Consultoria, Pesquisa e Planejamento), mostra que houve uma melhora acentuada desta percepção. O percentual de brasileiros muito interessados pelo tema chegou a 65%, contra 41% da pesquisa anterior.
Para o coordenador do estudo, que é também diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do MCT, Ildeu Moreira, essa constatação é relevante porque mostra a continuidade do grande interesse pela ciência e tecnologia, como foi verificado há quatro anos. Ele também destacou o tema meio ambiente como o mais citado por 83% dos entrevistados. “Está empatado com hoje com medicina e saúde, o que é uma característica única em relação a vários países do mundo”, ressalta.
Apesar do aumento do interesse e do acesso à informação, por meio da televisão e da internet, a grande maioria dos brasileiros tem pouco conhecimento na área. No total, somente 15% das pessoas abordadas foram capazes de citar uma instituição científica importante no Brasil e poucos puderam indicar o nome de um cientista famoso.
“Isso significa que nós não estamos sabendo contar a história da ciência no Brasil, nem na escola e nem nos meios de comunicação. Então precisamos ter mais programas e de melhor qualidade na televisão no rádio, nos jornais, nos meios de comunicação em geral”, recomenda. (ambienteenergia)
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