Algae planeja tornar negócio rentável a partir de 2014; até lá, cerca de R$ 6 milhões serão usados para pesquisa.
O Brasil é o primeiro país da América Latina a ter uma empresa especializada em obter biodiesel de microalgas e cianobactérias. Apesar de a estrutura da empresa Algae estar montada desde 2007 em São Paulo, ela ainda não tem um produto em mãos para comercializar.
Desde 2009, a empresa investe em pesquisas laboratoriais para conseguir produção em escala do biocombustível e baratear seus custos. Hoje, segundo o gerente técnico da empresa, Sérgio Goldemberg, um litro de biodiesel de alga sairia cinco vezes mais caro que o diesel vindo de material fóssil. 'Ainda está economicamente inviável', calcula.
O cronograma da Algae prevê que a partir de 2014 a empresa já terá unidades de produção e o negócio será viável. O objetivo é recuperar o investimento em dois ou três anos. Até lá, o calendário ficará reservado para a pesquisa. Essa etapa está orçada em R$ 6 milhões, sendo R$ 3,2 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 1,8 milhão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e 200 mil do CNPq. 'Como empresa, não podemos nos dar ao luxo de ficar pesquisando para sempre, nossa pesquisa tem de ter um horizonte definido', explica Goldemberg.
Para 2011, a Algae pretende implantar um projeto-piloto em parceria com uma usina de cana-de-açúcar do interior de São Paulo. A ideia é que a refinaria do biodiesel funcione no mesmo local. Além do biodiesel, a Algae também está apostando em compostos de maior valor agregado que também podem ser extraídos da gordura da alga. (EcoDebate)
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