segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Câncer de tireoide em pessoas de Fukushima

Especialistas constatam câncer de tireoide em pessoas expostas à radiação após o acidente de Fukushima.
Usina de Fukushima, após o desastre nuclear – Em 11 de março de 2011, o mundo soube da tragédia de Fukushima: um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes proporções, a que se seguiu a explosão de uma usina nuclear com todas as consequências de um acidente nuclear: a difusão de radioatividade, que permanecerá ativa durante anos, ameaçando muitas gerações.
Especialistas concluíram que após os acidentes radioativos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, foram constatados casos de câncer de tireoide em 18 pessoas e sintomas da doença em 25 – todas com menos de 18 anos. A pesquisa envolve a análise de 360 mil crianças e adolescentes com menos de 18 anos.
O coordenador da comissão que faz o estudo, Hakuto Hoshi, disse que não pode confirmar se os casos têm relação direta com o acidente nuclear de Fukushima. Segundo ele, foi criado um grupo de especialistas para analisar exaustivamente a situação.
Em julho, um balanço divulgado indicava 12 casos de câncer de tireoide e 15 suspeitos por apresentarem características da doença. Em 2011, por meio de exames em 40 mil crianças e adolescentes, foram detectados sete casos de câncer de tireoide em decorrência da exposição à radiação. Em 2012, foram constatados cinco casos em grupo de 134 mil crianças e adolescentes.
No final de maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou estudo preliminar do Comitê Científico sobre os Efeitos da Radiação Atômica (cuja sigla é Unscear) que concluiu que os níveis de radiação em Fukushima foram inferiores aos registrados em Chernobyl, no Norte da Ucrânia, que sofreu um acidente de gravidade semelhante em 1986.
Em 2011, o Japão sofreu uma série de terremotos, seguidos por tsunami, que provocaram vazamentos e explosões em Fukushima. Em decorrência dos acidentes radioativos, o governo do Japão esvaziou as cidades em torno da usina e passou a monitorar os moradores da região. (EcoDebate)


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