Japão inaugura duas mega
plataformas solares flutuantes
Depois
do terremoto e tsunami que atingiram o Japão em 2011 e provocaram a explosão da
usina nuclear de Fukushima, o país tem investido fortemente em outras fontes
energéticas, principalmente renováveis. Antes do acidente,
apenas 11% da energia produzida lá era limpa, basicamente vinda de
hidrelétricas.
Nos
últimos anos, entretanto, o governo japonês, em parceria com a iniciativa
privada, apoiou iniciativas que privilegiem a geração de energia eólica e solar.
Recentemente, a empresa de tecnologia Kyocera anunciou a inauguração de duas
plantas solares gigantes – e flutuantes – na cidade de Kato, na província de Hyogo. Juntas,
as plataformas possuem 11.265 módulos solares.
Construídas
em apenas sete meses, elas foram instaladas sobre dois reservatórios de água:
Nishihira e Higashihira. As plataformas vão gerar cerca de 3,300 megawatt hora
(MWh) por ano, volume este que suprirá a demanda anual de eletricidade de
aproximadamente 920 residências. A energia produzida pela planta será vendida
para a companhia de eletricidade local.
O
mais interessante do projeto é que estudos realizados pelos pesquisadores da
Kyocera mostram que a instalação de plataformas solares sobre reservatórios de
tratamento de água traz importantes benefícios para ambos:
-
sistemas flutuantes de produção de energia solar geram mais eletricidade do que
aqueles montados sobre o solo ou telhados devido ao efeito de resfriamento da
água;
- a
sombra da plataforma reduz a evaporação de água do reservatório e o crescimento
de algas;
-
plantas solares flutuantes são 100% recicláveis, já que utilizam polietileno de
alta densidade, que pode resistir a raios ultravioletas e à corrosão.
Por
último, as estruturas foram projetadas para suportar estresses físicos
extremos, incluindo terremotos e furacões, bastante comuns na Ásia. (abril)
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