Segundo Rodrigo Lopes Sauaia, diretor executivo da
ABSOLAR (Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica), “a energia solar
é um complemento a outras fontes de eletricidade”. Entre as várias tecnologias
para transformar energia solar em eletricidade está a utilização de placas
solares flutuantes em superfícies de represas das hidrelétricas. Ou seja, a
mesma estrutura já constituída serve para uma segunda e simultânea geração de
eletricidade, por meio dessas placas em seus lagos, compensando os prejuízos da
estiagem.
De fato, a complementaridade de ambas as gerações é
um ciclo natural. “Quando há mais abundância de água, prevalece a geração
hidrelétrica. Quando há estiagem, há mais sol, existe mais potencial de geração
complementar por energia solar”, diz Rodrigo Lopes.
A despeito dessa possibilidade, a energia solar
para eletricidade provém de várias origens. Além de reservatórios das
hidrelétricas, agora objeto de pesquisa, existem as provenientes do solo, de
telhados, de estacionamentos, de janelas e fachadas de edifícios. “As fontes
mais atrativas são provenientes do solo. As de superfície líquida são mais
caras. Apesar de mais cara, a superfície líquida gera energia elétrica e ao
mesmo tempo que reduz a evaporação”, explica o executivo da ABSOLAR.
Para Rodrigo Sauaia, da ABSOLAR, a tecnologia mais
usual de energia solar fotovoltaica é baseada nos módulos de cilício
cristalino, que absorvem 85% do mercado e duram até 25 anos. Em
seguida,vem a tecnologia do filme fino que usa superfícies rígidas, como o
vidro, e outros semicondutores, como o Cdte (tetracloreto de cádmio) e CCIGS
(cobre, índio, gálio e selênio). Esse nicho abrange 10 a 15% do mercado.
Terceira tecnologia: painéis fotovoltaicos orgânicos (OPV em inglês). Por ora,
ela abrange 1% do mercado, com perspectivas de crescimento. “A vantagem dos OPV
está em aplicações não tradicionais de baixa resistência (peso), como mochilas,
telhas, fachadas, janelas de edifícios, incluindo superfícies líquidas”,
ressalta o diretor da ABSOLAR. (absolar)
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