Projeto de geração de energia
solar flutuante será testado no Amazonas
A
nova tecnologia usa flutuadores com placas solares, um sistema já utilizado em
outros países.
Em pouco mais de três meses, o Ministério de Minas e
Energia pretende dar início aos testes do projeto-piloto de geração de energia
solar em reservatórios de hidrelétricas. Em entrevista coletiva recente, o
ministro Eduardo Braga disse que a ideia é ter uma política pública de
financiamento para esses projetos na região Sudeste no segundo semestre deste
ano.
A nova tecnologia usa flutuadores com placas solares e
está sendo adotada na Europa e Estados Unidos. O ministro ressaltou, entretanto,
que a Europa não dispõe de grandes hidrelétricas. “Estão fazendo isso em
pequenos reservatórios de água para usos múltiplos.”
No Brasil, a ideia é testar a tecnologia nos grandes
reservatórios. O primeiro deles será o da Usina Hidrelétrica de Balbina, no
Amazonas. Pois, segundo Braga, este reservatório é mais favorável por ter
grande área alagada com reduzida geração de energia. “Temos uma ociosidade de
subestação e de linhas de transmissão com circuito duplo. Nós vamos fazer lá os
primeiros 350 megawatts (MW) testados.”
Para isso, o ministério está em conversação com a
Eletronorte, subsidiária da Eletrobras, que é proprietária da usina, tratando
da questão da licença ambiental. A iniciativa requer também a constituição de
uma sociedade de propósito específica com os detentores da tecnologia para dar
início à experiência piloto.
Braga disse que o custo nos leilões de energia fotovoltaica tem ficado entre R$ 190 e R$ 210 o megawatt. A expectativa do ministro é que o custo da energia solar com os flutuadores fique um pouco mais alto, entre R$ 220 a R$250 o megawatt, em função do custo adicional dos flutuadores. “Esse é um projeto pioneiro, que nós precisamos testar.”
Braga disse que o custo nos leilões de energia fotovoltaica tem ficado entre R$ 190 e R$ 210 o megawatt. A expectativa do ministro é que o custo da energia solar com os flutuadores fique um pouco mais alto, entre R$ 220 a R$250 o megawatt, em função do custo adicional dos flutuadores. “Esse é um projeto pioneiro, que nós precisamos testar.”
A vantagem, destacou o ministro, é que a energia será
captada dentro dos reservatórios, usando subestações e linhas que já existem.
"Portanto, teremos uma resposta de geração muito rápida”. Ele aposta que
haverá ganho de eficiência e salientou que, só nos reservatórios da Região
Sudeste, o potencial de produção de energia solar atinge 15 mil MW, dentro das
hidrelétricas. "É mais que uma [Usina de] Itaipu para o Brasil”, disse. A
capacidade de geração em Balbina alcança três mil MW. O projeto-piloto será 350
MW. (ciclovivo)
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