A energia movimenta o mundo e para que ela e os demais
recursos naturais não acabem de vez, a ordem é consumir apenas o necessário,
sem desperdícios.
A
energia movimenta o mundo. Para que ela e os demais recursos naturais não
acabem de vez, a ordem é consumir apenas o necessário, sem desperdícios. Este
princípio da economia verde, ou
seja, a aplicação da sustentabilidade nos negócios, é uma atitude inteligente e
de bom senso de quem pensa no presente e no futuro do planeta. Uma análise
profunda e cuidadosa de todo o processo de produção e gestão de uma empresa
mostra claramente onde estão os excessos e permite um planejamento para o uso
adequado.
Para
reduzir a conta de energia elétrica, a mais largamente utilizada no setor
industrial, comercial e de serviços, parte dela pode ser substituída por alguma
do tipo renovável, como a solar e a eólica, por exemplo, que estão disponíveis
o tempo todo e não correm risco de esgotamento. É necessário um investimento
inicial para a compra do sistema de placas fotovoltaicas, que captam e
armazenam a luz do Sol. A compensação vem com a economia financeira após o
pagamento desta despesa e a grande contribuição para a saúde do meio ambiente. Isto
chama-se eficiência energética.
Energia: o quê e como é
Energia: o quê e como é
A
energia é um dos insumos básicos para que exista vida na Terra. Precisamos dela
para nos movermos (combustível para veículos), nos comunicarmos (eletricidade
para ligar a TV, o rádio, o computador) e garantir boa iluminação e
temperaturas confortáveis em casas e prédios (luz do Sol), entre tantos outros
usos. A energia se divide em dois tipos: renovável e não renovável.
Energia
renovável é aquela que existe de forma abundante e sem fim, que tem origem em
fontes como o Sol, o vento, a água.
Energia
não renovável é a que tem como matéria-prima recursos naturais que acabam, sem
renovação do estoque. São os combustíveis fósseis, resultado de milhares e
milhares de anos de decomposição de plantas e animais. Estão nesta categoria:
#
petróleo, de onde vem a gasolina, o diesel, o óleo combustível e o GLP (gás
liquefeito de petróleo, o popular gás de cozinha);
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gás natural, mistura dos gases metano, etano, propano e butano que serve de
combustível em residências (aquecimento), indústrias e veículos;
#
carvão mineral, empregado em várias atividades, como a alimentação de grandes
fornos industriais.
O
aquecimento global
O
fenômeno do aumento excessivo da temperatura média dos oceanos e do ar perto da
superfície da Terra influencia a produção e o consumo de energia, entre outras
consequências. Com seus primeiros efeitos detectados ainda no Século 20, e com
piora a cada ano no Século 21, o aquecimento global é causado por enormes
concentrações dos gases de efeito estufa, resultado de ações humanas como as
queimadas e a derrubada de florestas em todo o mundo.
Estudos
do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão criado em
1988 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela
Organização Meteorológica Mundial (OMM), estimam que a variação climática pode
ficar entre 1,1ºC e 6,4ºC, entre 1990 e 2100. A subida anormal das temperaturas
provoca alterações como a elevação do nível do mar e mudanças nos ciclos de
chuvas, resultando em mais enchentes e secas. Com mais calor, cresce demais a
demanda de energia elétrica para alimentar aparelhos de ar-condicionado e
ventiladores, por exemplo.
A
história da crise
Surgida
no Século 18 na Inglaterra, a Revolução Industrial deflagrou um consumo de
energia em escala para movimentação das máquinas que aos poucos foram
substituindo os operários. O fenômeno se espalhou pelo mundo no século seguinte
e, 200 anos depois, o mundo se deu conta de que dependia demais do petróleo
como fonte de energia. Nos anos 1970, uma crise sem precedentes foi deflagrada
por Arábia Saudita, Irã, Iraque e Kuwait que, junto com a Venezuela, integravam
a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Com
pouca oferta por causa dos vários conflitos no Oriente Médio, os preços do
barril de petróleo deram um salto de até 400% em um período de cinco meses
entre os anos de 1973 e 1974. A consequência foi uma grande recessão nos
Estados Unidos e Europa, que atingiu em cheio a economia mundial. Foi o momento
em que os governos de países compradores entenderam que precisavam buscar
fontes alternativas de energia. O Brasil não escapou desta situação e, em 1975,
criou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), que previa a troca da gasolina
por álcool em grande parte da frota nacional. Em 2003, começaram a ser vendidos
no país os primeiros veículos com motor flex,
que podem ser abastecidos com os dois combustíveis.
Como
o Brasil cuida da energia
Nos
dias de hoje, o Brasil é o décimo maior consumidor de energia no mundo e o
maior da América do Sul. Ao mesmo tempo, é um importante produtor de óleo e gás
produzido na região e também o segundo maior produtor de etanol (álcool
combustível). O governo federal cuida da política energética brasileira por
meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e agências reguladoras, como o
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP), a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Empresas
estatais como Petrobras e Eletrobrás são grandes agentes do setor de energia
brasileiro, a primeira com forte influência sobre a América Latina e referência
mundial.
As
linhas de ação do governo federal se concentram na melhoria da eficiência
energética nos setores residencial e industrial e incremento no uso de energias
renováveis. O segmento energético recebe atenção constante para garantir
investimentos que ampliem e sustentem a estrutura necessária para atender a
demanda que só faz crescer por combustíveis e eletricidade.
As
fontes do país
A
energia produzida no Brasil tem como principal origem as usinas hidrelétricas
devido à imensa quantidade de rios existentes em seu território. Em seguida,
aparecem o gás natural, a biomassa (aproveitamento de materiais orgânicos e
resíduos) e o petróleo. O cenário está distribuído conforme indicado a seguir.
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Hidrelétrica: 73,63% (838 usinas – 78.793.231 KW)
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Gás: 11,27% (125 usinas – 12.055.295 KW)
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Biomassa: 5,82% (356 usinas – 6.227.660 KW)
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Petróleo: 5,36% (829 usinas – 5.735.637 KW)
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Nuclear: 1,88% (2 usinas – 2.007.000 KW)
-
Carvão mineral: 1,43% (9 usinas – 1.530.304 KW)
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Eólica: 0.62% (37 usinas - 659.284 KW)
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Solar: menos de 0,01% (1 usina – 20 KW)
Total:
107 mil MW produzidos em 2.197 usinas
Produção
de petróleo e derivados
Fundada
em 1953, a Petrobras exerceu sozinha durante 40 anos as operações de
exploração, produção, refino e transporte de petróleo, gás natural e derivados,
exceto a distribuição atacadista e de revenda no varejo. Em 1987, um decreto
permitiu que a União contratasse empresas privadas para competir na extração.
Foram criados a Agência Nacional de Petróleo (ANP), responsável pela regulação,
fiscalização e contratação de atividades do setor, e o Conselho Nacional de
Política Energética (CNPE), órgão que formula a política pública de energia.
Em
2007, o governo anunciou a descoberta de um novo campo de exploração na chamada
camada pré-sal. Estas reservas de petróleo são encontradas a sete mil metros de
profundidade e apresentam imensos poços de petróleo. Se as estimativas se
confirmarem, a nova frente poderá dobrar o volume de produção de óleo e gás no
Brasil.
Além
dos combustíveis, o petróleo está presente em fertilizantes, plásticos, tintas
e borracha, entre outros. No campo dos biocombustíveis, o Brasil implantou mais
recentemente a segunda geração do etanol, tirado do bagaço da cana. Desde 2010,
todo o diesel vendido traz uma mistura de 5% de biodiesel, produzido a partir
de plantas oleaginosas como soja, algodão, palma, mamona, girassol e canola,
como também gordura animal e óleos residuais de fritura.
Energia
elétrica, de ponta a ponta
O
setor elétrico brasileiro passou por duas grandes mudanças desde os anos 1990.
A primeira foi em 1996, quando as operadoras foram privatizadas e foi criada a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para fiscalizá-las. Em 2004, o
Novo Modelo do Setor Elétrico foi implantado para garantir a segurança no
suprimento e a universalização. O Sistema Interligado Nacional (SIN) inclui o
conjunto de instalações para geração e toda a infraestrutura de transmissão que
abrange as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da Norte. A
maioria dos Sistemas Isolados, conjunto não conectado ao SIN, está na região
amazônica.
Todos
os sistemas elétricos são compostos pela geração, transmissão e distribuição.
Na geração, a energia elétrica é produzida pelo aproveitamento de recursos
naturais (água, gás natural, carvão, etc.). No caso da geração hidrelétrica,
uma usina faz com que a energia potencial e cinética da água se transforme em
eletricidade. A transmissão é realizada por uma rede de cabos de alta voltagem
suportados por torres. No fim, a conexão e atendimento ao consumidor, qualquer
que seja seu porte, são realizados pelas distribuidoras.
O valor
final a ser pago nas contas mensais é a soma da geração, do transporte até as
edificações (transmissão + distribuição), e os encargos do setor elétrico
somados a tributos determinados por lei.
Horário
de verão
A
alteração do horário em uma região durante parte do ano, geralmente uma hora a
mais, é conhecido como horário de verão. A medida é adotada neste período
porque os dias são mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol.
A ideia de adiantar os relógios para aproveitar melhor as horas de Sol foi
lançada em 1784 pelo político e inventor norte-americano Benjamin Franklin,
época em que ainda não existia luz elétrica. O primeiro país a adotar
oficialmente o horário de verão foi a Alemanha, em 1916, durante a Primeira
Guerra Mundial, para economizar carvão.
No
Brasil, o governo federal o implantou pela primeira vez em 1931, mas foi
colocado definitivamente no calendário somente a partir de 1985. Atualmente,
seu maior efeito é diluir o “horário de pico” de consumo, evitando uma
sobrecarga que poderia levar a um colapso por conta da alta demanda. Segundo o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela coordenação
e controle da geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado
Nacional (SIN), o horário de verão não deixa coincidir o acionamento do sistema
de iluminação pública com o consumo verificado ao longo do dia do comércio e da
indústria, que normalmente termina o expediente às 18 horas. (sebrae)
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