Tão preocupante e que necessita
tanto de atenção e soluções quanto o desperdício de água e de alimentos é a má
utilização da energia. A utilização eficiente da energia elétrica consiste em
reduzir o desperdício, consumindo apenas o necessário para preservar os
recursos naturais do planeta, ampliando, com isso, o tempo de vida dos recursos
não renováveis. A economia de energia também é fundamental para adiar a
construção de usinas e a implantação de novas linhas de transmissão, ajudando o
meio ambiente.
Dentre as principais medidas
sustentáveis propostas, boa parte das iniciativas está relacionada ao reuso de
água e à economia de energia. Para otimizar o uso das fontes de energia o
principal conceito aplicado é o da “Eficiência Energética”, que consiste na
relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e a que está
disponível para a sua realização. Ou seja, é uma utilização reduzida de energia
para fornecer a mesma quantidade de valor energético. Isso porque, ao
utilizarmos de maneira abusiva a energia de origem de combustíveis fósseis – o petróleo
representa 37% do consumo e o carvão, 27%, por exemplo – contribuímos
significativamente para a liberação de dióxido de carbono na atmosfera,
facilitando a ocorrência de chuvas ácidas, o aumento do aquecimento global, bem
como a redução da camada de ozônio.
O Brasil, por sua vez, apresenta
grande demanda reprimida de energia, porém, ao mesmo tempo, o país também
possui índices nacionais de perda e de desperdício de eletricidade muito altos.
O Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, criado pelo
governo em 1985 para promover a racionalização do consumo de energia elétrica)
informa que o total desperdiçado chega a 40 milhões de kW, ou a US$ 2,8
bilhões, por ano, sendo que os consumidores – indústrias, residências e
comércio – desperdiçam 22 milhões de kW e as concessionárias de energia, com
perdas técnicas e problemas na distribuição, são responsáveis pelos 18 milhões
de kW restantes. Além do Procel, os programas brasileiros que apoiam a
Eficiência Energética são: Procel Info (Centro Brasileiro de Informação de
Eficiência Energética), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Inmetro
(Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
A Eficiência Energética e as
energias renováveis são consideradas as “bases” da política energética
sustentável. E essa eficiência não se aplica somente às lâmpadas, mas também
aos automóveis, por exemplo, que podem ter a sua eficiência energética medida
de acordo com a quantidade de energia disponível no combustível e a quantidade
de energia efetivamente transformada em movimento. Portanto, é correto afirmar
que qualquer política energética tem como principal objetivo estimular a
eficiência e o combate ao desperdício através de meios de regulação, entre eles
a especificação de códigos com consumo máximo de energia em construções ou
padrão de desempenho e melhorias em equipamentos, garantindo a incorporação de
novas tecnologias mais eficientes pelos fabricantes. (blogdomeioambiente)
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