Consumo
e eficiência energética são os desafios da indústria para 2015
Confederação Nacional da Indústria (CNI) produziu, este ano, uma cartilha
com várias dicas para ajudar as federações e fábricas brasileiras.
Setor
que mais consome eletricidade, a indústria é também o mais preocupado com a
redução do custo do insumo, que reflete diretamente no preço das mercadorias
produzidas e, portanto, compromete sua competitividade. Por isso, apesar do
consumo de mais de 1 milhão de GWh em seis anos, contra 657 mil GWh das
residências, conforme o levantamento da Abresco, o desperdício foi de apenas
6,2% em seis anos, ante os mais de 15% da economia potencial dos consumidores
residenciais.
Para
ajudar as federações e fábricas brasileiras, diante do desarranjo do setor
elétrico e das tarifas em elevação, a Confederação Nacional da Indústria (CNI)
produziu, este ano, uma cartilha com várias dicas de como ampliar a eficiência
energética dos processos. Entre elas, a economia possível em motores elétricos,
sistemas de refrigeração, de ar-comprimido e de iluminação, itens que
representam mais de 50% dos custos em energia elétrica na indústria.
Convidado para participar do Conselho de Políticas Industriais da CNI e sugerir alternativas para a redução do consumo de energia, o presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas (Ideal), Mauro Passos, apresentou a possibilidade de mitigar os custos com a implementação de painéis fotovoltaicos e minigeração eólica nos parques fabris. "O Brasil tem um potencial solar e de ventos muito grande. No caso solar a economia não tem limite porque depende do tamanho dos painéis instalados. Há empresas que podem cobrir todo o telhado e áreas de estacionamento e, com isso, ficar autossuficientes. O aquecimento de água com energia solar também é aplicável ao processo industrial para produzir vapor", ressalta.
Convidado para participar do Conselho de Políticas Industriais da CNI e sugerir alternativas para a redução do consumo de energia, o presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas (Ideal), Mauro Passos, apresentou a possibilidade de mitigar os custos com a implementação de painéis fotovoltaicos e minigeração eólica nos parques fabris. "O Brasil tem um potencial solar e de ventos muito grande. No caso solar a economia não tem limite porque depende do tamanho dos painéis instalados. Há empresas que podem cobrir todo o telhado e áreas de estacionamento e, com isso, ficar autossuficientes. O aquecimento de água com energia solar também é aplicável ao processo industrial para produzir vapor", ressalta.
Os
painéis solares são, ainda, uma boa solução para residências e estabelecimentos
comerciais, garante Passos. "A taxa de retorno depende do local, para
avaliar a relação entre a insolação e o custo da tarifa. No caso de Uberlândia,
em Minas Gerais, por exemplo, onde há excelente incidência de sol e as tarifas
são caras, o retorno do investimento ocorre em cinco anos. Sendo que os
equipamentos têm vida útil de 25 anos, o que assegura duas décadas de
lucro", calcula. Passos revela que, para uma casa de classe média, o
investimento inicial fica entre R$ 10 mil e R$ 15 mil.
Impacto represado
Se
tudo que o que impactou no setor elétrico em 2014 tivesse sido aplicado para os
consumidores, a alta das tarifas teria chegado a 43% este ano. O alerta é do
presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. Ele revela que os
empréstimos de bancos às distribuidoras e os aportes do Tesouro empurraram essa
fatura para os próximos anos. Por isso, as perspectivas para 2015 são de
aumentos elevados. "O setor continua financeiramente desmantelado",
assinala. Um racionamento não está totalmente descartado, mas isso vai depender
do regime de chuvas do período úmido, se será capaz de recompor os
reservatórios, hoje em níveis críticos. (em)
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