O mandato do RFS
provavelmente disparará críticas de grupos de biocombustíveis, que sentem que
os níveis ficam abaixo das metas do Congresso dos EUA, e de empresas de
petróleo que argumentam que não podem misturar mais renováveis à gasolina.
A EPA definiu o volume
total de combustíveis renováveis em 16,93 bilhões de galões para o ano atual e
16,28 bilhões de galões para 2014, em comparação com uma proposta de maio de
16,30 bilhões e 15,93 bilhões, respectivamente.
Isso colocou a meta para o
uso de etanol em 2016 em 14,5 bilhões de galões, ante 14,05 bilhões em 2015 e
13,61 bilhões em 2014. O volume é maior do que em uma proposta de maio e
ligeiramente acima das expectativas de aumentos.
Derrubando a parede da
mistura
As novas metas, contudo,
podem provocar uma mudança na mistura da gasolina. Embora desde 2001 a EPA
tenha autorizado a presença de 15% de etanol na gasolina, a maior parte do
combustível utilizado no país não ultrapassa os 10%, a chamada ‘parede da
mistura’. Uma das principais razões para isso, segundo divulgado pela rede de
notícias Bloomberg, está no manual dos carros, que não recomenda misturas
superiores.
Ainda de acordo com a publicação da Bloomberg, representantes da indústria de petróleo dos Estados Unidos solicitaram à EPA que a mistura não ultrapassasse 9,7%. Eles também alegaram que existe uma forte demanda por parte dos consumidores por uma gasolina totalmente livre de etanol.
Ainda de acordo com a publicação da Bloomberg, representantes da indústria de petróleo dos Estados Unidos solicitaram à EPA que a mistura não ultrapassasse 9,7%. Eles também alegaram que existe uma forte demanda por parte dos consumidores por uma gasolina totalmente livre de etanol.
A EPA, entretanto, não
acatou esse pedido. “Com a determinação, a EPA estabelece volumes que vão além
de níveis históricos e aumenta a quantidade de biocombustíveis com o tempo. É
um crescimento ambicioso e alcançável”, comemorou a assistente administrativa
da EPA, Janet McCabe.
De acordo com ela, o
objetivo é balancear o desejo do Congresso dos Estados Unidos de elevar a
próxima geração de combustíveis renováveis ao mesmo tempo em que se observam
realidades do mercado.
Segundo a Bloomberg, essa
perspectiva agrada os produtores de etanol. “A maior vitória foi encostarmos na
parede da mistura”, afirmou o presidente da Poet LLC em Sioux Falls, Jeff
Broin.
Agricultores, políticos e representantes do setor pedem por metas ainda maiores.
Segundo publicado pela Reuters nos Estados Unidos, representantes dos agricultores de milho – cultura cujo preço está em queda – acreditam que as metas deveriam voltar aos índices estabelecidos em 2007.
“A EPA não parece apreciar que a lei requere metas maiores de biocombustíveis e que os consumidores gostam de ter a oportunidade de usar combustíveis alternativos”, relatou o senador republicano Chuck Grassley, de Iowa.
Agricultores, políticos e representantes do setor pedem por metas ainda maiores.
Segundo publicado pela Reuters nos Estados Unidos, representantes dos agricultores de milho – cultura cujo preço está em queda – acreditam que as metas deveriam voltar aos índices estabelecidos em 2007.
“A EPA não parece apreciar que a lei requere metas maiores de biocombustíveis e que os consumidores gostam de ter a oportunidade de usar combustíveis alternativos”, relatou o senador republicano Chuck Grassley, de Iowa.
Entre os democratas, de
acordo com o jornal The New York Times, a presidenciável Hillary Clinton e
diversos de seus colegas já havia se declarado a favor de metas robustas para
biocombustíveis.
Por sua vez, de acordo com
a Reuters, representantes de grupos do setor de biocombustíveis como Archer
Daniels Midland Co (ADM) e Poet LLC também questionaram a decisão da EPA de
reduzir as metas em relação a 2007.
“[As metas] ainda estão
abaixo do que esperávamos e do que a população dos Estados Unidos merece”,
afirmou um porta-voz da ADM, que continua: “Não acreditamos que isso representa
uma percepção correta da lei”. (novacana)
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