O
relatório “Trilema da Energia Mundial 2015” tem o objetivo de discutir as
dificuldades do setor energético e contribuir para o debate dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) – aprovados na Assembleia da ONU de setembro
de 2015 – e com as discussões da 21ª Conferência das Partes (COP21) de dezembro
de 2015.
Tendo
em vista a necessidade de acelerar o processo de transição para uma economia
global de energia limpa e de baixo carbono, o Conselho Mundial de Energia
propõe medidas e estudos para garantir os três pilares do trilema da energia:
segurança energética, equidade energética e sustentabilidade ambiental.
Equilibrar estes três pilares é uma tarefa de alta complexidade.
Trilema
é um termo utilizado quando se tem uma proposição formada de três lemas
contraditórios ou que reúnem uma escolha difícil entre três opções
conflitantes. O relatório identifica cinco pontos chave para lidar com o
trilema energético:
1.
Enfrentar as barreiras à transferência de tecnologia, tais como as tarifas
sobre bens e serviços ambientais, ou a falta de proteção dos direitos de
propriedade intelectual.
2. A
definição de um preço global sobre o carbono, estabelecendo um sinal claro para
o mercado e para os investidores no sentido de reorientar os investimentos para
projetos de baixo carbono.
3.
Enviar sinais corretas para incentivar políticas de financiamento para o setor,
apoiando um acordo de transição para energia limpa, atraindo mais capital
privado e demais projetos.
4.
Melhorar a gestão da demanda de energia, bem como o fornecimento e a eficiência
energética.
5.
Priorizar investimentos em inovação de energia, especialmente em relação às
energias renováveis e tecnologias de eficiência.
O
relatório reconhece que conciliar segurança energética, equidade e
sustentabilidade ambiental não é uma tarefa simples, especialmente se for para
conseguir fazer igual progresso em todas as três áreas ao mesmo tempo.
O
interessante é que a indústria energética está buscando formas de enfrentar os
três desafios e garantir um diálogo global com os atores que participam dos
acordos internacionais sobre o desenvolvimento sustentável (ODS) e as
conferências do clima. Porém, é preciso incluir a sociedade civil neste
diálogo, pois a democratização e a descentralização da produção de energia é
uma tarefa essencial para o processo de transição para uma economia de baixo
carbono. (ecodebate)
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