segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Cientistas criam sol artificial

Poderá ser uma alternativa aos combustíveis fósseis, com a vantagem de não produzir os perigosos resíduos radioativos dos reatores de fissão nuclear nem trazer risco de acidentes como os de Chernobyl ou Fukushima.
Falamos da energia produzida por fusão nuclear, cujo desenvolvimento deu um novo passo com o lançamento de um novo reator alemão a que alguns comparam a um ‘sol artificial’.
Cientistas criam ‘sol artificial’ para gerar energia
Ao contrário das usinas nucleares, cuja energia vem da divisão dos átomos, esse ocorre no sentido inverso: unindo ou fundindo os núcleos atômicos.
‘Stellarator’
Cientistas alemães anunciaram em 10/12/15 ter ultrapassado uma etapa fundamental nas pesquisas sobre uma energia própria obtida pela fusão nuclear com o lançamento de um reator que alguns chamam de "sol artificial".
Físicos do Instituto Max Planck de física dos plasmas (IPP) levaram nove anos para construir o dispositivo batizado "stellarator", que custou até hoje €$ 1 bilhão.
Objetivo é desenvolver uma nova fonte de energia com a fusão nuclear.
Seu objetivo é desenvolver uma nova fonte de energia, gerada pela fusão de núcleos, que ocorre naturalmente no interior do sol e da maioria das estrelas.
Ao contrário de usinas de energia nuclear, cuja energia vem da fissão ou divisão dos átomos, o trabalho do stellarator ocorre no sentido inverso: unindo ou fundindo núcleos atômicos.
O método consiste em submeter átomos de hidrogênio a temperaturas de até 100.000.000°C para provocar a fusão dos núcleos, gerando assim energia.
A altíssima temperatura provoca a formação de um plasma, que é necessária para evitar o arrefecimento e manter confinado o tempo suficiente para atingir o ponto de fusão e, por conseguinte, a criação de energia.
Os físicos alemães começaram em 10/12 a testar a colossal máquina Wendelstein 7-X, criando um plasma com hélio.
"Estamos muito satisfeitos", declarou Hans-Stephan Bosch, cujo departamento é responsável pelo funcionamento do reator. "Tudo ocorreu como previsto", afirmou.
A máquina Wendelstein 7-X, em Greifswald, Alemanha: em janeiro, os cientistas utilizarão hidrogênio, real objetivo de seu estudo.
O primeiro plasma de hélio formado na máquina de 16 metros de comprimento se manteve um décimo de segundo e atingiu uma temperatura de cerca de um milhão de graus.
A equipe vai a seguir tentar prolongar a duração do plasma e determinar a melhor forma de produzi-lo.
Em janeiro, os cientistas utilizarão hidrogênio, real objetivo de seu estudo.
A energia tirada da fusão nuclear é considerada como o "Santo Graal" das energias limpas, apresentada como ilimitada. Ela também não apresenta os perigos associados à energia nuclear, com seus problemas de segurança e seus resíduos radioativos durante milhares de anos.
Vários países já entraram na corrida para a construção de um reator, como o projeto internacional International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER).
O ITER, cuja sede está no sul da França, está construindo um tokamak, reator em forma de anel que permite uma fusão nuclear. Mas em virtude de problemas técnicos e dos altos custos, o programa deve ainda levar quase 10 anos para conseguir realizar sua primeira experiência.
Outros reatores experimentais de tamanho bem mais modesto estão igualmente em desenvolvimento nos Estados Unidos, mas o financiamento continua sendo um problema crônico. (yahoo)

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