Poderá ser uma alternativa
aos combustíveis fósseis, com a vantagem de não produzir os perigosos resíduos
radioativos dos reatores de fissão nuclear nem trazer risco de acidentes como
os de Chernobyl ou Fukushima.
Falamos da energia
produzida por fusão nuclear, cujo desenvolvimento deu um novo passo com o
lançamento de um novo reator alemão a que alguns comparam a um ‘sol
artificial’.
Cientistas
criam ‘sol artificial’ para gerar energia
Ao contrário das usinas nucleares, cuja energia vem da
divisão dos átomos, esse ocorre no sentido inverso: unindo ou fundindo os
núcleos atômicos.
‘Stellarator’
Cientistas alemães anunciaram em 10/12/15 ter
ultrapassado uma etapa fundamental nas pesquisas sobre uma energia própria
obtida pela fusão nuclear com o lançamento de um reator que alguns chamam de
"sol artificial".
Físicos
do Instituto Max Planck de física dos plasmas (IPP) levaram nove anos para
construir o dispositivo batizado "stellarator", que custou até hoje
€$ 1 bilhão.
Objetivo é desenvolver uma nova fonte de energia com a fusão nuclear.
Objetivo é desenvolver uma nova fonte de energia com a fusão nuclear.
Seu
objetivo é desenvolver uma nova fonte de energia, gerada pela fusão de núcleos,
que ocorre naturalmente no interior do sol e da maioria das estrelas.
Ao
contrário de usinas de energia nuclear, cuja energia vem da fissão ou divisão
dos átomos, o trabalho do stellarator ocorre no sentido inverso: unindo ou
fundindo núcleos atômicos.
O
método consiste em submeter átomos de hidrogênio a temperaturas de até 100.000.000°C para provocar a fusão dos núcleos, gerando assim
energia.
A
altíssima temperatura provoca a formação de um plasma, que é necessária para
evitar o arrefecimento e manter confinado o tempo suficiente para atingir o
ponto de fusão e, por conseguinte, a criação de energia.
Os
físicos alemães começaram em 10/12 a testar a colossal máquina Wendelstein 7-X,
criando um plasma com hélio.
"Estamos
muito satisfeitos", declarou Hans-Stephan Bosch, cujo departamento é
responsável pelo funcionamento do reator. "Tudo ocorreu como
previsto", afirmou.
A máquina Wendelstein 7-X, em Greifswald, Alemanha: em janeiro, os cientistas utilizarão hidrogênio, real objetivo de seu estudo.
A máquina Wendelstein 7-X, em Greifswald, Alemanha: em janeiro, os cientistas utilizarão hidrogênio, real objetivo de seu estudo.
O
primeiro plasma de hélio formado na máquina de 16 metros de comprimento se
manteve um décimo de segundo e atingiu uma temperatura de cerca de um milhão de
graus.
A
equipe vai a seguir tentar prolongar a duração do plasma e determinar a melhor
forma de produzi-lo.
Em
janeiro, os cientistas utilizarão hidrogênio, real objetivo de seu estudo.
A
energia tirada da fusão nuclear é considerada como o "Santo Graal"
das energias limpas, apresentada como ilimitada. Ela também não apresenta os
perigos associados à energia nuclear, com seus problemas de segurança e seus
resíduos radioativos durante milhares de anos.
Vários
países já entraram na corrida para a construção de um reator, como o projeto
internacional International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER).
O
ITER, cuja sede está no sul da França, está construindo um tokamak, reator em
forma de anel que permite uma fusão nuclear. Mas em virtude de problemas
técnicos e dos altos custos, o programa deve ainda levar quase 10 anos para
conseguir realizar sua primeira experiência.
Outros
reatores experimentais de tamanho bem mais modesto estão igualmente em
desenvolvimento nos Estados Unidos, mas o financiamento continua sendo um
problema crônico. (yahoo)
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