Painéis solares oferecem
alternativa de energia a baixo custo a comunidades vulneráveis
Após o pagamento inicial a
eletricidade é livre para o novo proprietário
Na África Subsaariana, uma das regiões mais
vulneráveis do mundo, o querosene é o combustível mais acessível para o
consumo de energia das famílias, porém o recurso causa um forte impacto na
saúde dos habitantes e ainda tem o custo de cerca de US$ 8 por quilowatt-hora
(kWh). Para mudar esse quadro, a empresa Azuri Technologies apresentou um
modelo de Pay-As-You-Go (repartição) para kits solares. Além de
posicionar essa fonte energética renovável como alternativa promissora, a
companhia também busca tornar esses equipamentos mais acessíveis à população.
As
empresas Azuri, Angaza e M-KOPA oferecem o serviço em todo o continente
africano.
O modelo de repartição visa permitir que os clientes
paguem uma taxa inicial de cerca de US$ 10 por um kit carregador solar, com
potência de dois a cinco watts, que inclui um controle capaz de acionar luzes e
dispositivos como telefones celulares e lâmpadas LED. Após o pagamento, o novo
proprietário pode usar a eletricidade livremente.
A repartição é semelhante aos modelos já existentes na
África, que permitem que centenas de milhões de africanos comprem minutos de
telefonia móvel e querosene de forma incremental - em vez de pagar US$ 2 a US$
3 por semana para obter o combustível, há a possibilidade de pagar menos da
metade para a energia solar.
A empresa Azuri não está sozinha. Outras duas
instituições, Angaza e M-KOPA, também oferecem esses serviços em todo o
continente. A Azuri tem mais de 21 mil clientes em dez países, a M-KOPA 30 mil
e a Angaza está no caminho certo para alcançar dez mil nos próximos nove a 12
meses.
No Brasil
Em território brasileiro também há projetos de energia
solar para comunidades vulneráveis. Representantes da Eletrobras Amazonas
Energia e de empresas internacionais já avaliaram formas de geração e distribuição
de energia renovável para tirar famílias da região amazônica do 'isolamento
elétrico'.
Segundo a diretoria de distribuição do sistema
Eletrobras, Elaine França Fonseca, há grandes desafios e dificuldades
enfrentados na região amazônica, porém as ideias são capazes de vencer os
obstáculos existentes. "Um exemplo é o projeto de P&D no valor de R$
22 milhões que está sendo executado no município de Parintins. Trata-se de um
programa de demonstração que pode ser aplicado em outros municípios", explicou
a diretora. (ecodesenvolvimento)
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