Corte de emissões
Levantamento mostra que
Brasil supera em quase quatro vezes a média mundial de geração de energia
limpa; setor tem potencial de crescimento até 2030.
Especialistas
reconhecem eficiência das políticas brasileiras para frear o aquecimento global.
Em
evento paralelo a 21ª Conferência das Partes (COP 21), realizado na Embaixada
brasileira em Paris, gestores públicos e pesquisadores apontaram a
renovação da matriz energética brasileira como uma das principais medidas para
que o País atinja a meta de corte de emissões apresentada às Nações
Unidas.
No
País, as fontes renováveis correspondem, hoje, a 78% da geração de energia --a
expectativa do Ministério de Minas e Energia é que esse percentual chegue a
84,4% até o fim de 2015. O dado supera em mais de três vezes a média mundial,
com apenas 20,3% de fontes renováveis e mais de 40% provenientes do
carvão.
“O
Brasil já faz a diferença e pode fazer mais a partir de uma perspectiva de
inovação tecnológica”, declarou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
“É preciso um debate sobre essa questão na agenda climática.”
Levantamento
apresentado no encontro liderado pelo pesquisador Emílio Lèbre, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), analisou as implicações das ações brasileiras
voltadas para o corte de emissões de carbono. “Com a adoção das políticas
adequadas, a INDC (meta nacional) do Brasil pode contribuir para o crescimento
econômico sustentável, o desenvolvimento social e a redução de emissões’,
afirmou Emílio”.
O
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim,
ressaltou o desafio brasileiro de implantar a meta nacional de corte de
emissões e, ao mesmo tempo, manter o crescimento econômico. “O País tem um
enorme potencial em termos de bioenergia e deve investir nisso”, defendeu. “O
planejamento de ações é a chave para que o País continue nessa posição de
liderança”, acrescentou o diretor-geral da Eletrobrás Cepel, Albert Melo.
O
debate faz parte dos Diálogos do Brasil na COP21 – Rumo à Implementação das
Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas (INDC) Brasileira,
realizado até o dia 9 de dezembro na Embaixada do Brasil em Paris.
(brasil.gov.br)
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