Capacidade
de geração eólica cresce 56,9% no Brasil em 2015
Entre
todas as fontes de geração de energia elétrica, a eólica teve a maior expansão.
A
geração de energia eólica está em alta no Brasil. A edição mais recente do
Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico, do Ministério de Minas e
Energia, mostra que a capacidade instalada do setor de geração eólica cresceu
56,9%, considerando o período de 12 meses encerrado em novembro de 2015 ante os
12 meses anteriores. Entre todas as fontes de geração de energia elétrica, a
eólica teve a maior expansão.
Segundo
a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), foram inauguradas mais
de 100 usinas eólicas em 2015, o que representou um investimento da ordem de R$
19,2 bilhões. “Hoje, o Brasil precisa ampliar sua matriz e essa expansão se
passa necessariamente pela fonte eólica. Nosso País tem uma política de energia
que prima pela fonte limpa, renovável e competitiva, e a fonte eólica tem essas
três características”, diz a presidente da associação, Elbia Gannoum.
A
inauguração mais recente foi realizada nesta quinta-feira (14). Trata-se do
Complexo Eólico Chapada do Piauí, localizado nos municípios de Marcolândia,
Simões, Padre Marcos e Caldeirão Grande. Os investimentos são estimados em R$
1,85 bilhão, sendo R$ 1,3 bilhão financiado pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As instalações têm capacidade
instalada de 436,6 megawatts (MW), o suficiente para gerar energia para mais de
um milhão de residências.
Dados
divulgados pelo Ministério de Minas e Energia apontam que o País, em 2014, foi
o quarto país do mundo que mais expandiu sua capacidade eólica. Segundo
especialistas, a metodologia de leilões para a contratação de energia ajudou
nesse processo.
Nos
cinco leilões realizados em 2015 para ampliar a capacidade de geração no País,
foram contratados 1.789 MW médios de diversas fontes, com investimentos
previstos em R$ 13,3 bilhões. As energias renováveis tiveram destaque, com a
contratação de energia eólica de 22 empreendimentos, 30 de energia solar e 13
de biomassa, de acordo com o MME.
“Neste
ano, devemos atingir o equivalente a uma Belo Monte de capacidade instalada (de
geração eólica). E já temos contratado o equivalente a mais de uma Itaipu, que
é a segunda hidrelétrica do mundo. As perspectivas são muito boas. Em pouco
tempo a geração eólica será, depois da hídrica, uma das fontes mais importantes
da matriz elétrica nacional”, destaca o presidente da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
(ecodebate)
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