Ufa,
2015 foi um ano difícil!
A
retrospectiva nos faz lembrar atentados terroristas, criminalidade em alta,
morte de inocentes, desastres ambientais tenebrosos – sem falar no cenário
político instável, que não saiu dos noticiários, e no descontrole da economia,
que afetou o bolso da maioria das famílias brasileiras.
O que esperar de 2016?
Chegamos a 2016. Se isso é bom o não, é o que você
vai descobrir lendo este artigo.
Saiba quais são as previsões, feitas por bancos e
analistas de mercado, para o ano que está começando agora:
1# Aumento do Déficit Público
1# Aumento do Déficit Público
O Governo do Brasil, assim como uma empresa, possui
receitas e gastos. É normal que em alguns anos ocorra lucro (superávit
primário) e em outros ocorra prejuízos (déficit primário).
No entanto, no longo prazo, para poder continuar
exercendo suas atividades, é necessário que o resultado do Governo (Receitas
– Despesas) seja no mínimo zero.
O que aconteceu em 2015 é que o governo teve prejuízo,
ou seja, gastou mais do que arrecadou. E foi um super prejuízo, de quase R$ 60
bilhões. Muito pior do que o aprovado pela meta fiscal, que já havia sido
flexibilizada no começo do ano.
Houve queda na arrecadação, por consequência da
crise econômica e não ocorreram os cortes de gastos necessários para compensar
as despesas.
Em 2016 a expectativa (e quase certeza) é de que o
governo tenha prejuízo novamente. O que coloca o Brasil em uma posição tão
delicada quanto a de uma empresa que vai começar um ano com prejuízo garantido.
O que vai marcar este novo ano, vai ser a
capacidade do governo de reverter a situação a partir de 2017, seja
cortando gastos e aumentando sua arrecadação, se conseguir superar a crise
econômica.
2# Inflação Alta
O regime de metas de inflação estabelece um alvo
para a inflação no final do ano. Atualmente o alvo é 4,5%. Como política
monetária não possui a mesma precisão que atirar de arco e flecha, também é
estabelecido um intervalo de tolerância, que atualmente é de 2%, ou seja, é
aceitável que a inflação seja de até 6,5% ao ano.
No entanto, estamos fechando 2015 com a inflação
acima de 10% e a expectativa do próprio Banco Central já é de que em 2017 a
inflação fique acima da meta.
Com a inflação já alta e expectativas não muito
boas de queda na taxa de aumento dos preços, não sobra espaço para que o Banco
Central diminua os juros.
Com isso devemos ter juros altos durante todo o ano
de 2016, o que coloca o ponto final ao ciclo de abundância de crédito que a
economia brasileira viveu antes da crise.
Os juros altos também freiam a atividade econômica,
o que faz a arrecadação do governo cair e dificulta as coisas para o país que
já tem prejuízo decretado para 2016.
Expectativa de Mercado: Selic termine o ano acima
de 15%.
4# Dólar Caro
Se você estava querendo viajar e queria saber se o
dólar vai baixar, a resposta é não. A dúvida é somente se vai estabilizar em
torno dos R$ 4, ou se vai subir ainda mais.
Por um lado o câmbio desvalorizado é bom, já que
potencializa as exportações e dá mais fôlego a pelo menos uma parte da
economia.
No entanto, parte da dívida do governo (sem falar
na Petrobras…) é atrelada ao dólar, o que faz os juros da dívida ficarem muito
mais caros. Algo péssimo para um país que já está com dificuldade de fechar o
ano perto do zero.
Expectativa de Mercado: Dólar termina o
ano próximo de R$ 4,20.
5# Queda no PIB
Assim como o governo já começa 2016 com prejuízo
decretado, a economia já começa o ano com queda na produção garantida.
Este ano a economia do Brasil encolheu quase que
4%. E para 2016, com juros altos, alta inflação e a única possibilidade de
salvação ser o governo cortar gastos, sobra somente lamentar e já contar que o
PIB deste ano também será no vermelho.
Se você ficou desapontado com 2015, já não crie
expectativas para 2016. Já é fato que o ano que mal começou não vai deixar
saudades quando terminar.
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