quinta-feira, 30 de junho de 2016

Quanta energia solar você pode gerar?

Painéis solares no bairro de Brooklyn, Nova York/USA.
Veja quanta energia solar você pode gerar (e quanto ganharia com isso)
O que é? O incentivo fiscal é uma das formas de promover a produção de energia limpa nos imóveis. Em 7 de outubro, o governo federal decretou que os consumidores que produzem uma parcela da energia que usam estão isentos do PIS-COFINS, um imposto cobrado na conta de luz. Aqui você fica sabendo o quanto isso desonera quem produz energia e quais as ferramentas disponíveis para calcular os custos e a economia gerada pela produção autônoma por meio de painéis solares.
Minha casa, meu teto solar
A energia foi um recurso determinante para o crescimento das grandes cidades e nós já abordamos essa relação entre núcleos urbanos e quilowatts aqui no Outra Cidade.  A produção descentralizada de energia limpa é uma das alternativas para tornar os espaços urbanos menos vulneráveis a falhas no complexo sistema de distribuição que transporta esse recurso das usinas para o consumidor final. A possibilidade de ampliar o número de pequenos produtores é um passo importante para tornar os municípios mais sustentáveis e menos dependentes desses sistemas. A desoneração de um imposto é pequeno passo rumo a autonomia energética, mas não deixa de nos aproximar de um futuro com mais energia “caseira”.
O pagamento dos tributos PIS- COFINS sobre energia elétrica equivalia a ceder 10% da energia produzida em casa para o fisco. Somado ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a proporção desses impostos sobre a produção autônoma era de 30%. O governo federal aboliu a cobrança do PIS-COFINS, mas cabe aos governos estaduais determinar que os pequenos geradores também se tornem isentos do ICMS.
Em abril, uma mudança no convênio que determina a cobrança de ICMS sobre os pequenos produtores permitiu que os estados tornassem essas pessoas isentas da taxa. O convênio modificado ganhou a adesão dos estados de São Paulo, Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Norte e Minas Gerais, enquanto outros optaram por continuar cobrando o tributo.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) se todos os estados optassem pela desoneração do ICMS sobre a conta de quem produz parte de sua própria energia, o país teria 55% a mais de sistemas instalados em 2023 em comparação a um cenário no qual continuasse valendo o convênio anterior.
Ser ou não ser um pequeno gerador
Se você se animou com a isenção da taxa PIS-COFINS e está pensando em começar a produzir pelo menos um pouco da energia que consome, algumas ferramentas podem te a ajudar a calcular se vale a pena bancar a instalação de painéis solares. Uma delas é o Solidariza, que mapeia colaborativamente o potencial de produção de energia solar no país.
Solariza calcula o potencial de produção de energia e a economia resultante da instalação de painéis solares.
Usando as imagens de satélite do Google Maps, o Solariza permite que você escolha um imóvel e calcule a porcentagem útil do telhado, o potencial de geração de energia, o custo do sistema e quanto dinheiro seriam possíveis economizar durante a sua vida útil, estimada em 25 anos. Como o objetivo 6 milhões de residências nas quais quilowatts poderiam ser produzidos de maneira limpa, o site funciona como um game, você estima a produção de uma construção e se torna um “solarizador”. Quem acumular mais telhados “solarizados” ganha os painéis e o serviço de instalação dos mesmos em sua residência.
O número de 6 milhões de casas foi escolhido porque elas teriam o potencial de produzir juntas a mesma quantidade de energia das usinas termelétricas de Piratininga (SP), Candiota (RS), e as usinas nucleares Angra 1 e 2. Logo, elas poderiam produzir de maneira limpa e descentralizada o que as usinas produzem de forma suja e concentrada.
O calculo feito pelo Solariza não considera fatores externos como árvores e nuvens que podem fazer sombra sobre os painéis fotovoltaicos. Logo, a estimativa resultante dos cálculos feitos pela ferramenta pode representar variações para mais ou para menos em relação a quantidade de energia que seria produzida pelo sistema instalado.
Medições mais precisas são feitas pelo Google Sunroof, por exemplo, que também ajuda a estimar quanta energia poderia ser produzida no topo dos imóveis usando o sol como fonte. Por meio da modelagem 3D, o site calcula quanto espaço o telhado possui para a instalação dos painéis solares. Outros dados analisados são: a posição do sol ao longo do ano, o tipo de cobertura nublada e a temperatura usual da vizinhança. Além disso, o mapeamento considera a quantidade de sombra resultante das construções próximas.
Google Sunroof considera elementos externos para calcular o potencial energético de sistemas fotovoltaicos.
A quantidade de elementos levados em conta resulta em um cálculo mais preciso, mas atualmente a ferramenta só está disponível para as cidades americanas de Boston, San Francisco e Fresno. Nesses municípios, a incidência de raios solares não é tão abundante quanto aqui no Brasil e as chances das casas não recebam luz suficiente para compensar a instalação do sistema são maiores. Considerando todos esses fatores, é feita uma estimativa do número de horas aproveitáveis de luz do sol que o telhado selecionado terá durante o ano. O Google tem planos de expandir o Sunroof para que esses cálculos possam em todo o território dos Estados Unidos.
Conta de luz X conta do painel solar
Linhas especiais de crédito, liberação do uso do fundo de garantia e leis que determinem a instalação de painéis solares em novas construções são algumas das formas possíveis de transformar o potencial brasileiro de produção de energia solar em lâmpadas acesas, celulares carregados e banhos quentes.  Ainda assim, a desoneração é um bom começo para incentivar proprietários de imóveis a se tornarem pequenos geradores aumentando a autonomia, diminuindo os custos e reduzindo o impacto ambiental para produção da energia elétrica. (outracidade)

Startup mineira lança tinta que gera energia solar

Em funcionamento há somente seis meses, a Sunew, startup localizada em Belo Horizonte (MG), promete inovar no setor renovável com a sua tinta que gera energia solar.
Intitulada OPV (abreviação de “organic photovoltaic” ou “fotovoltaica orgânica”), a tinta é de produção simples e barata, segundo os desenvolvedores, que farão a sua primeira aplicação comercial no futuro prédio da Totvs, empresa que é a sexta maior do mundo no desenvolvimento de sistemas de gestão e que está construindo sua edificação na região norte de São Paulo (SP).
A energia gerada pelos vidros revestidos pela tinta que gera energia solar e que cobrirão a área externa do prédio será suficiente para manter 2,5 mil computadores ligados na empresa. Os vidros custarão 40% a mais do que os tradicionais, mas o investimento deve ser compensado em sete anos com a economia de energia elétrica.
Marcos Maciel, CEO da Sunew, informou que as pesquisas para a OPV custaram em torno de R$ 100 milhões, mas o valor é compensado pelo baixo custo da produção a partir de agora, tornando o produto altamente promissor, segundo ele.
Montadoras são público-alvo
A startup declara que a tinta que gera energia solar aplicada no teto dos carros pode reduzir em 3% o consumo de combustível do veículo, permitindo, até mesmo, que o exaustor fosse mantido funcionando enquanto o veículo estivesse estacionado ao sol, evitando seu superaquecimento. Pensando nisso, a Fiat já firmou parceria com a Sunew para efetuar testes com a OPV. (ambienteenergia)

terça-feira, 28 de junho de 2016

Nordeste terá crédito para gerar energia elétrica de fontes renováveis

Empresas do Nordeste terão crédito para gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis
Com nova linha de crédito, previsão é de que, até 2030, 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão gerar a própria energia.
Empresas do Nordeste que quiserem gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis (fotovoltaica, eólica ou biomassa) terão acesso a uma nova linha de crédito do Banco do Nordeste.
No programa, empresas agroindustriais, industriais, comerciais e de prestação de serviços, além de produtores rurais, cooperativas e associações, têm um ano de carência e até 12 anos para pagar o investimento, que pode ser integral.
O financiamento abrange centrais com potencial instalada – quantidade de energia que pode ser usada a qualquer momento – entre a microgeração (menor ou igual a 100 kW) e a minigeração – potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5 MW (com exceção da fonte hidráulica, cuja potência deve ser menor ou igual a 3 MW).
A nova linha de crédito utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e está de acordo com o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), lançado pelo Ministério de Minas e Energia em dezembro de 2015, para ampliar e aprofundar as ações de estímulo à geração de energia pelos próprios consumidores, com base nas fontes renováveis de energia (em especial a solar fotovoltaica).
Linha de crédito tem foco na produção de energia através de placas solares como a da foto.
Geração própria
Com incentivos do ProGD, a previsão é que, até 2030, 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão ter energia gerada por elas mesmas, entre residência, comércios, indústrias e no setor agrícola, o que pode resultar em 23.500 MW (48 TW/h produzidos) de energia limpa e renovável, o equivalente à metade da geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Com isso, o Brasil pode evitar que sejam emitidos 29 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. (ecodebate)

Energias renováveis não hidráulicas precisam de incentivos

Energias renováveis não hidráulicas precisam de mais incentivos para baixar custos.
Energia solar representa apenas 0,02% da matriz elétrica brasileira
A energia que abastece o Brasil é oriunda, em sua maioria, das hidrelétricas. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam que mais de 40% da eletricidade do país provem dessa fonte. Contudo, a escassez dos reservatórios das usinas hidrelétricas no passado fez o governo federal investir nas termelétricas, notoriamente conhecidas por serem poluentes. A necessidade de reduzir os impactos ambientes, aliada a importância de diversificar a matriz elétrica e reduzir a dependência da fonte hidráulica, levou o governo a optar por novos caminhos, com o uso de energias renováveis como a solar e a eólica.
Mesmo possuindo potencial de fontes de energia alternativa, o país ainda encontra dificuldades para diversificar sua matriz. Na avaliação de diferentes atores do setor, faltam incentivos fiscais do governo para promover a utilização dessas fontes, que incluem redução de impostos e ampliação da tecnologia nacional. O tema foi debatido em 15/06/16, em audiência pública promovida pela Comissão de Mudanças Climáticas (CMMC), no Senado Federal.
Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, a fonte solar é refém de uma elevada carga tributária. Isso tem impedido a energia de progredir, apesar do seu elevado potencial – cerca de 28 mil gigawatts (GW) no Brasil – e a redução do custo da tecnologia para ser implementada. Prova disso é que a fonte atualmente representa 0,02% da matriz elétrica nacional.
“Fabricar equipamentos fotovoltaicos no Brasil sai mais caro que fabricar fora, por conta da alta tributação sobre os insumos e sobre os maquinários. A energia solar está sujeita a impostos federais como IPI, PIS/COFINS, importação, que aumentam de forma pesada o custo. É preciso isonomia tributária, para reduzir em mais de 10% o custo da energia fotovoltaica no país”, informou.
Segundo a coordenadora de Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil, Barbara Rubim, a fonte solar fotovoltaica é a que precisa de mais incentivos do governo. Conforme os cálculos da entidade, um cenário de renúncia fiscal para o setor corresponderia a 0,00018% da receita da União de 2015. “Ou seja, não é um investimento vultoso. O que está barrando esse avanço de acontecer não é realmente uma questão tributária insignificante, é a vontade política”, apontou.
Umas das propostas de Rubim para incentivar o uso residencial da fonte solar seria a liberação do FGTS para aquisição de sistemas fotovoltaicos. “Com essas pequenas mudanças de isenção de impostos, que estão na mão do Congresso promover, conseguiríamos ter um aumento de 623% no número de unidades [que utilizam fonte solar], que poderiam gerar sua própria energia de forma distribuída”, informou.
Eólica
Ao contrário da progressão da energia solar, nos últimos anos a eólica chegou a representar aproximadamente 6,6% da matriz elétrica brasileira. Mas na avaliação do diretor-técnico da Associação Brasileira das Empresas de Energia Eólica (ABEEólica), Sandro Yamamoto, a representatividade ainda está aquém da potência que a força dos ventos possui.
De acordo com Yamamoto, é necessário um fortalecimento da indústria nacional para promover a inovação tecnológica do setor no país, pois a maior parte da tecnologia utilizada vem do exterior. “Os equipamentos todos foram criados fora do Brasil, dimensionados para outros ventos. Ao longo do tempo temos conhecido cada vez mais o vento brasileiro e percebido a necessidade de inovação nos aerogeradores”, comentou. “Recursos destinados para apoiar a infraestrutura eólica, previstos, por exemplo, em um projeto de lei, seriam muito bem-vindos”.
Conforme a projeção da ABEEólica, cerca de cinco mil novos aerogeradores foram contratados e serão instalados até 2019 em todo o Brasil, gerando em torno de 9 GW. A expectativa é que 70% de todo o Nordeste será abastecido pela energia dos ventos. “Mas além do equipamento, há necessidade de centros de pesquisa para instalarmos aerogeradores, protótipos, e túnel de vento para analisarmos desde as novas pás até o comportamento na variação desses ventos.”
Projeto
Durante a audiência, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) lembrou que um projeto de lei de sua autoria (PLS 696/15) prevê em lei a obrigação de um percentual mínimo a ser aplicado pelo setor elétrico em fontes alternativas. “O setor elétrico e petrolífero tem previsão de investimento mínimo obrigatório, por parte das empresas, em pesquisa e desenvolvimento. Queremos garantir que esses recursos vão para a energia solar, eólica e outras fontes alternativas”, afirmou. A matéria ainda está em trâmite no Senado. (ecodebate)

domingo, 26 de junho de 2016

O avanço das energias renováveis no mundo

"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido" - Fernando Pessoa
Enquanto as grandes multinacionais do petróleo e as empresas de combustíveis fósseis estão em crise, as energias renováveis estão de vento em popa. Segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), a capacidade de produção de energias renováveis aumentou 152 Gigawatts (GW) em 2015, representando um acréscimo relativo de 8,3%. A capacidade de geração de energia renovável global era de 1,348 GW em 2010 e passou para 1,985 GW em 2015. Um aumento de 47% em 5 anos. Destacando que a maior capacidade se deve às usinas hidrelétricas.
De acordo com a IRENA, o crescimento recorde da capacidade instalada de energias renováveis ocorreu em função da queda contínua nos custos da produção e avanços tecnológicos. No caso da energia eólica, o crescimento de 63 GW (17%) foi impulsionado por uma redução de até 45% no preço das turbinas terrestres desde 2010. A capacidade fotovoltaica, por sua vez, aumentou em 47 GW (37%) em decorrência da queda de 80% nos preços das células solares. A capacidade hidrelétrica teve um aumento menor (35 GW ou 3%), assim como a capacidade de bioenergia e a de energia geotérmica aumentaram 5% cada (5 GW e 1 GW, respectivamente).
São os países em desenvolvimento que apresentam os maiores ganhos recentes, enquanto os países desenvolvidos possuem a maior capacidade instalada. A América Central e o Caribe tiveram uma expansão de 14,5%. Na Ásia, onde o crescimento foi responsável por 58% da nova capacidade global de geração de energia renovável em 2015, a expansão foi de 12,4%. Na Europa, as renováveis aumentaram 24 GW (5,2%). Na América do Norte foi de 20 GW (6,3%). A China é o país que mais avança neste processo.
O fantástico crescimento das energias renováveis ocorreu devido ao aumento dos investimentos, que passaram de um montante de US$ 46,6 bilhões em 2004, para US$ 285,9 bilhões em 2015. Nota-se que os maiores investimentos aconteciam em energia eólica, mas a partir dos últimos anos o investimento em energia solar tomou a liderança.
Segundo as projeções da IRENA, a capacidade de geração de energia renovável deve ultrapassar 6 mil Gigawatts em 2030. Poderá ser um crescimento de mais de 3 vezes no próximo quindênio (2015-2030). A liderança das usinas hidrelétricas deve ser compartilhada pelas energias solar e eólica.
Tudo indica que o mundo está passando por uma mudança em sua matriz energética. O predomínio do petróleo está ficando para trás e as energias renováveis estão assumindo a liderança. Isto é uma boa notícia para o clima, pois as energias renováveis emitem menor proporção de gases de efeito estufa. Resta saber se a velocidade desta mudança será suficiente para evitar os efeitos perversos do “pico do petróleo” e será suficiente para conter o aquecimento global e os impactos das mudanças climáticas. (ecodebate)

Brasil registra 41% de energias renováveis em 2015

A oferta interna de energia no Brasil registrou, em 2015, o equivalente a 299,2 milhões de toneladas de petróleo. Desse total, 41,2% correspondem à energia renovável – como energia eólica, biocombustíveis (etanol e biodiesel), biomassa, hidroelétricas, entre outros. Em relação a 2014, essa base energética era de 39,4% da capacidade do País. O indicador é superior ao verificado nos países desenvolvidos, que têm apenas 9,4% de renováveis.
Os dados são da Resenha Energética Brasileira de 2016, documento organizado pelo Ministério de Minas e Energias e publicado recentemente. A pesquisa mostra, também, as vantagens comparativas do Brasil na oferta de energia elétrica, com uma proporção de 75,5% de renováveis. Nos países desenvolvidos, o indicador é de 23,1%, e nos demais países, 22,5%.
Relatório mostra aumento de 4,6% na base energética renovável; uso coloca País entre os cem menores indicadores de emissão de CO2.
Renováveis
O alto nível de renováveis permite ao Brasil outro destaque, o de baixo indicador de emissões de CO2 por unidade de energia consumida. Em tCO2/tep (tonelada equivalente de petróleo), o indicador do Brasil é de 1,56, contra 2,25 nos países desenvolvidos, e de 2,35 na média mundial.
Na matriz dos transportes, o País registrou a participação de 21,4% de etanol e biodiesel. Nos países desenvolvidos, a bioenergia participava com apenas 4,1% em 2015, e nos demais países, a participação era ainda menos expressiva: 0,8%.
Na indústria, as vantagens comparativas do Brasil são também expressivas, mostrando uma participação de bioenergia sólida de 39,2% em 2015, contra 9,9% nos países desenvolvidos, e de 5,3% nos demais países. Os usos de bagaço de cana para calor de processo na produção de açúcar, da lixívia na produção de celulose, do carvão vegetal na produção de ferro-gusa e de lenha na indústria de cerâmica são os principais indutores do alto indicador brasileiro. (biodieselbr)

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Startup cria turbinas eólicas sem lâminas

A inovação tecnológica tem acompanhado o crescimento das energias renováveis, inundando o mercado com novidades que podem potencializar a produção de energia. Pensando nisso, a startup tunisiana de energia verde Saphon Energy assumiu a missão de reinventar completamente as turbinas eólicas.
A empresa desenvolveu uma turbina eólica sem lâminas em forma de antena parabólica que balança em um movimento de 8 – uma construção inspirada no projeto das velas de navios de séculos atrás.
Batizada de “Saphonian,” em homenagem ao deus cananeu protetor dos marinheiros Baal Saphon, a turbina elimina a necessidade de lâminas rotativas, aumentando a eficiência da turbina e reduzindo pela metade os custos de produção.
Segundo os criadores da novidade, o seu conversor eólico sem lâminas escapa às limitações de eficiência das turbinas convencionais, que devido à física da sua concepção não conseguem capturar mais de 59% da energia cinética produzida pelo vento. O dispositivo converte esta energia com a ajuda de pistões e pode armazená-la para uso posterior em um acumulador hidráulico.
A Saphon Energy já instalou o primeiro protótipo industrial da Saphonian na cidade de Raoued, na Tailândia. Além disso, a startup assinou contrato com um banco de investimento de infraestrutura indiana para construir 50 Saphonians com capacidade de 20 quilowatts cada até o início de 2018, criando o primeiro parque eólico sem lâminas. (ambienteenergia)

Energia eólica responderá por ⅓ da geração mundial em 2050

Energia eólica poderá responder por 1/3 da geração mundial em 2050, segundo GWEC.
Brasil é o maior mercado da América Latina e o 4° país que realizou mais instalações da fonte em 2015.
A energia eólica poderá responder por um terço da geração de energia mundial em 2050, segundo o Global Wind Energy Council. A meta é viável, de acordo com a entidade, caso os países tomem providências com relação as mudanças climáticas. Em 2030, a eólica deverá responder por cerca de 18% a 20% da geração e em 2020, de 6% a 8%, ainda de acordo com dados do GWEC apresentados em 14/06/16, durante um webcast sobre o mercado eólico brasileiro.
Segundo o GWEC, a China lidera com vantagem a capacidade eólica instalada no mundo em 2015, com 145.362 MW ou 33,6% do total, seguida pelos Estados Unidos, com 74.471 MW (17,2%) e da Alemanha, com 44.947 MW instalados (10,4%). O Brasil tem 2% da capacidade mundial instalada com 8.700 MW, sendo o maior mercado da América Latina.
Em relação as novas instalações eólicas em 2015, o Brasil aparece na 4ª posição, tendo agregado 2.750 MW ou 4,3% do total. A China, novamente, lidera o ranking, tendo instalado no ano passado 30.753 MW ou 48,5% do total mundial. De acordo com o GWEC, a Ásia é o continente que domina a capacidade eólica instalada.
A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, que também participou da conferência, disse que a fonte eólica no Brasil tem bom preço - cerca de US$ 46,02/MWh (considerando que US$ 1 vale R$ 3,50) - e que mais de 8 GW estão em construção no país. Em 2019, segundo a executiva, o país terá 18.486 MW instalados, que já foram vendidos em leilões. "A eólica no Brasil evitou a emissão de 10,4 milhões de toneladas de CO2", declarou Elbia. (canalenergia)

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Eólicas de Pernambuco acrescentarão 166MW de capacidade

Usinas eólicas de Pernambuco acrescentarão 166MW de capacidade instalada
Energia
A expansão da energia eólica no Nordeste vai crescer ainda mais com as novas usinas instaladas no estado de Pernambuco. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a operação comercial de seis unidades eólicas localizadas no complexo dos Ventos de São Clemente. Conforme as projeções da agência, as usinas acrescentarão 166,34 megawatts (MW) de capacidade instalada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Dos empreendimentos autorizados, quatro operarão 17 unidades geradoras com 1.715 quilowatts (kW) cada, que totalizam 29.155 kW de capacidade instalada. Outras duas, denominadas Ventos de São Clemente 6 e 7, foram autorizadas a operar, respectivamente, 15 e 14 unidades geradoras, ambas com 1.715 kW cada.
Energia eólica representa 6% da matriz energética do País.
De acordo com o Boletim de Monitoramento do Sistema Elétrico elaborado em março deste ano, a energia eólica já representa 6% da matriz de capacidade instalada de geração de energia, com 8.521 MW instalados. A expansão dessa fonte na matriz foi de 49,4% em 12 meses. (ecodebate)

A casa dos ventos

Inovação, sustentabilidade e compromisso com o caráter renovável da matriz energética brasileira.
A Casa dos Ventos é uma das pioneiras e principais investidoras no mercado de energia eólica do Brasil. Desenvolvemos empreendimentos no Nordeste brasileiro desde 2006, e atualmente somos referência no setor, identificando os principais recursos eólicos disponíveis para a geração elétrica e extraindo destes a energia dos ventos.
Sede da Casa dos Ventos em São Paulo
Investimento no potencial nacional de energias renováveis.
Atuamos na prospecção e desenvolvimento dos projetos e, posteriormente, na implantação e operação das centrais geradoras. Hoje, somos detentores do maior portfólio de projetos em desenvolvimento no Brasil, localizados no Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Paraíba e Bahia, totalizando 14,6 GW de capacidade instalada. Além destes projetos em desenvolvimento que garantem o crescimento da companhia, temos hoje aproximadamente 5,5 GW de projetos desenvolvidos por nós que estão em construção ou operação. Estes projetos comercializaram energia através de leilões promovidos pelo governo federal ou por contratos bilaterais no mercado livre.
Nossos empreendimentos são caracterizados pela escala, reconhecidos pelos altos fatores de capacidade e pouca incerteza na geração.
A tecnologia e os equipamentos utilizados, aliados à nossa metodologia proprietária, garantem a confiabilidade nas estimativas de produção dos parques eólicos. Nossa gestão e presença nas regiões prima pela redução de impactos ambientais, outra de nossas prioridades. Os empreendimentos também são um marco de transformação nos municípios aonde são implantados, através da geração de emprego e incremento da atividade econômica local.
Ensino de princípios de sustentabilidade para novas gerações na Chapada do Araripe.
Sustentabilidade: o futuro é agora
Até 2018, nossos projetos produzirão energia renovável suficiente para atender ao consumo de 6 milhões de domicílios, evitando a emissão anual de 6,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
Acreditamos no crescimento sustentável e o temos como diretriz em tudo que nos engajamos: desde a escolha do negócio no qual atuamos ao nosso relacionamento com proprietários de terra e comunidades. (casadosventos)

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A tecnologia como motor de desenvolvimento

O portfólio da Casa dos Ventos é o maior do Brasil. Para chegarmos até aqui, foram anos de pesquisa desenvolvendo uma metodologia proprietária para identificar e avaliar os principais recursos eólicos do país. Possuímos uma fábrica de torres de medição que nos garante um abastecimento contínuo para os projetos e nos possibilitou ter a maior campanha de medições anemométricas do país.
Campanha de LIDAR em Jacobina – BA
Baixa incerteza na geração de energia
Além de possuir mais de 450 torres de medição gerando informação para nossos projetos, utilizamos equipamentos de sensoriamento remoto para validar nossas modelagens e reduzir incertezas nas estimativas de geração de energia dos projetos.
A Casa dos Ventos possui dois tipos de sensoriamento remoto: LIDAR (Light Detection and Ranging, ou “laser radar”) e SODAR (Sound Detection and Ranging, ou “acoustic radar”. O LIDAR e SODAR utilizam o efeito Doppler através de feixes de luz e som, respectivamente. As grandes vantagens são poder operá-los com grande mobilidade no campo e o alcance de medir o vento até os 200m de altura com boa acurácia enquanto as torres de medição são estáticas e possuem até 120m.
Outro procedimento que adotamos com o objetivo de reduzir incertezas na avaliação do recurso eólico é o perfilhamento a laser da topografia do projeto. Através desse levantamento, conseguimos ter uma maior precisão do relevo e vegetação, variáveis que apresentam influenciam no escoamento do vento.
Incentivo a pesquisa
Acreditamos que o conhecimento através de pesquisa é o que nos mantém em uma posição de destaque no setor eólico nacional. Para isso, firmamos parcerias estratégicas com fornecedores de equipamentos, desenvolvedores de softwares para os setores eólicos e certificadores independentes, entre outros, sempre com o objetivo de transferência mútua de informação e tecnologia. Essas são algumas das iniciativas que qualificam nosso corpo técnico e torna a Casa dos Ventos a única empresa brasileira a apresentar estudos e relatórios em conferências internacionais.
Medição de SODAR em Simões – PI (casadosventos)

Nossa energia em território brasileiro

A Casa dos Ventos é uma das pioneiras e maior desenvolvedora de projetos eólicos no Brasil. Há oito anos no mercado, somos responsáveis pelo maior número de projetos que venderam energia nos leilões e no ambiente de contratação livre. Esses empreendimentos totalizam 5,5 GW de capacidade instalada e representam aproximadamente 30% de todos os parques eólicos em implantação ou operação no país.
Por meio de metodologia própria para identificar e avaliar recursos eólicos, contamos com o maior portfólio do país, com projetos no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Bahia que totalizam 15,5 GW de capacidade instalada, além dos parques já viabilizados e mencionados acima​.
Projetos desenvolvidos
Complexo eólico Ventos do Araripe, no Piauí, em operação desde 2015.
Projeto em construção
Com o objetivo de contribuir para uma matriz energética mais limpa e para o desenvolvimento sustentável do país, buscamos constantemente novas oportunidades de negócio, em especial no nordeste brasileiro.
Atualmente, possuímos três complexos eólicos em construção, todos com energia comercializada através de leilões promovidos pelo Governo Federal. Estes empreendimentos apresentam uma potência instalada total de 705 MW e somam investimentos de aproximadamente R$ 3,7 bilhões. Em conjunto, estes parques eólicos produzirão energia renovável suficiente para atender ao consumo de aproximadamente 800 mil domicílios, evitando a emissão anual de cerca de um milhão de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
São Clemente
​O Complexo Eólico Ventos de São Clemente está localizado no agreste pernambucano, mas precisamente nos municípios de Caetés, Capoeiras, Pedra e Venturosa. Composto por oito parques eólicos, o empreendimento possui 126 aerogeradores e uma capacidade instalada total de 216 MW.
Montagem de aerogeradores em São Clemente
Para poder dispor do local e tornar a instalação dos parques possível, contamos com a parceria de 76 proprietários de terra, resultando em uma área arrendada de 3.700 hectares para as oito usinas eólicas. Além da implantação dos parques, a Casa dos Ventos foi responsável pela construção de uma linha de transmissão de 47 quilômetros para conectá-los ao Sistema Interligado Nacional. O Complexo Eólico Ventos de São Clemente recebeu R$1,1 bilhão de investimento e iniciará operação comercial em Junho de 2016, passando a ser o maior empreendimento eólico de Pernambuco.
Tianguá
O Complexo Eólico Ventos de Tianguá está sendo implantado na Serra da Ibiapaba, no município cearense de Tianguá. Composto por cinco usinas eólicas, estão sendo montados 77 aerogeradores na localidade, que concederão uma capacidade instalada de 130 MW ao empreendimento.
Vista aérea em Tianguá
O complexo eólico está situada integralmente em uma propriedade detida pela Casa dos Ventos, com uma área total de 9.000 hectares. Além da implantação dos parques, a Casa dos Ventos foi responsável pela construção de uma linha de transmissão até a subestação Ibiapina II, também localizada na propriedade da Casa dos Ventos, por onde a energia gerada será conectada ao Sistema Interligado Nacional. O Complexo Eólico Ventos de Tianguá recebeu aproximadamente R$800 milhões de investimento e iniciará operação comercial em Julho de 2016.
Vista aérea em Tianguá
Ventos do Araripe III
Na divisa entre Piauí e Pernambuco e no alto da Chapada do Araripe, o complexo eólico Ventos do Araripe III será composto por 14 parques eólicos. Com 156 aerogeradores e uma potência instalada de 360 MW, este complexo eólico será um dos maiores da América Latina.
Fundação de aerogerador em Ventos do Araripe III
No total, foram arrendadas 71 propriedades nos municípios de Simões (PI) e Araripina (PE), abrangendo uma área de 10.200 hectares para a instalação das usinas eólicas. Além da implantação dos parques, a Casa dos Ventos foi responsável pela construção de uma linha de transmissão de 35 quilômetros para conectá-los ao Sistema Interligado Nacional. O Complexo Eólico Ventos do Araripe III recebeu R$1,8 bilhão de investimento e iniciará operação comercial em Junho de 2017. (casadosventos)

sábado, 18 de junho de 2016

Energia eólica

A energia eólica é produzida a partir da força dos ventos e é gerada por meio de aerogeradores. Neles, a força do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. É uma energia abundante, renovável e limpa.
Embora pareça nova, a energia eólica é usada há mais de 3 mil anos. Antigamente ela era utilizada por meio dos moinhos, que serviam para bombear ou drenar água, moer grãos e outras atividades que dependiam de força mecânica. Ao longo do tempo, passaram a utilizar a força dos ventos não só para gerar força mecânica, mas também energia elétrica. Com o avanço tecnológico, os aerogeradores se tornaram aptos a gerar uma quantidade maior de energia, até que surgiram as primeiras usinas eólicas.
Complexo eólico da Casa dos Ventos em Caetés - PE
Como funciona?
Um sistema eólico pode ser utilizado em duas aplicações:
·                     Sistemas isolados, que armazenam a energia em baterias, normalmente utilizados em aplicações residenciais e de menor escala.
·                     Sistemas integrados à rede, que entregam a energia direto para a rede elétrica, normalmente em maior escala e com fins comerciais.
Existe também a aplicação off-shore que é um sistema de produção de energia eólica instalado no mar, que aproveita os ventos fora da costa e utilizam redes elétricas para transmitir a energia para o continente.
Energia eólica no Brasil
No Brasil, a primeira turbina de energia eólica foi instalada em Fernando de Noronha, em Pernambuco, em 1992. Na época, a geração de energia elétrica correspondia a 10% da energia gerada e consumida na ilha. Isso economizava 70 mil litros de óleo diesel por ano.
No início de 2015, o Brasil atingiu 6,4 GW de energia eólica em operação, representando 4,7% da energia gerada aqui e 10º lugar na geração eólica no mundo.
Com os parques atualmente em construção, estima-se que até 2019 o país terá aproximadamente 600 parques eólicos em operação, dos quais cerca de 30% foram desenvolvidos pela Casa dos Ventos. Esses parques terão capacidade instalada de 18,5GW, e representarão em torno de 10% de toda a energia produzida no Brasil.
O crescimento da fonte eólica no Brasil tem sido expressivo, mas se analisarmos seu potencial, ainda temos muito a explorar. Segundo estudos da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil tem potencial de 300GW de geração eólica, o que corresponde a 2,2 vezes a matriz elétrica brasileira. (casadosventos)

Energia eólica deve representar 50% do Project Finance do Santander

O setor de energia eólica tem demonstrado mais força de combate à recessão do que outros segmentos da infraestrutura nacional, segundo avaliação apresentada pelo Santander. O banco estima que o segmento eólico represente 50% dos estoques de carteira, superando os 30% registrados dois anos atrás.
Sem revelar valores concretos, o chefe de project finance do Santander, Diogo Berger, destacou que tal estimativa é reflexo do crescimento eólico registrado nos últimos anos, demonstrando o potencial de avanço do setor.
Existem, atualmente, 9 GW de geração eólica contratados e em construção, além de outros 3,6 GW que já estão em operação nos últimos dois anos. Berger, ainda, salientou que o setor de energia eólica demonstra riscos mais limitados do que outros projetos de matrizes energéticas, beneficiando e atraindo operações para o segmento. Em contrapartida, o representante do Santander admitiu que os projetos eólicos ainda enfrentam resistência dos investidores e que, para que o setor continue demonstrando crescimento, é necessário estimular o conhecimento e desmitificar o setor.
A Casa dos Ventos, detentora de um dos maiores portfólios de projetos do Brasil, possui três emissões planejadas para 2016, atingindo um total de R$ 500 milhões e representando mais do que o dobro dos R$ 200 milhões captados no ano passado. (ambienteenergia)

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Geração fotovoltaica ganha força com nova regulamentação

A microgeração e minigeração de energia solar vêm ganhando força após o aumento significativo nas tarifas de energia elétrica e as facilidades promovidas pela nova Resolução Normativa nº 687/2015 da Aneel, que entrou em vigor em março e melhorou a relação entre quem gera energia solar e as distribuidoras. Outras iniciativas prometem aquecer ainda mais esse mercado. Alguns estados, como Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Goiás, já não cobram ICMS em cima da geração solar e o BNDES sinaliza apoiar investimentos na modalidade.
A geração pelo sistema fotovoltaico pode ser utilizada para complementar a energia elétrica convencional em residências, comércios ou indústrias. Pode ser conectada à rede pública de forma simplificada, atendendo o consumo local e devolvendo o excedente à rede. Essa diferença retorna ao consumidor sob a forma de créditos em energia. Isso significa que é possível zerar a conta de luz, pagando apenas uma taxa mínima pelo serviço da distribuidora.
O investimento em energia solar passou a ser interessante depois que as placas tiveram redução no preço ao alcançar novos mercados. Além disso, o aumento de quase de 50% da energia convencional, fez o retorno do investimento (pay back) da geração por fotovoltaicas cair para seis anos. O sistema conectado à rede, on grid, é bastante vantajoso: a placa tem 15 anos de garantia e uma expectativa de vida útil de mais de 25 anos. Além disso, antes havia morosidade no processo, mas agora a concessionária tem o prazo de 30 dias para fazer a conexão, a partir da solicitação de acesso. A distribuidora também passa a ser a responsável pela troca do medidor, sem custos para o gerador.
O projeto para instalação do sistema fotovoltaico conectado é elaborado com base no consumo de energia, que pode ser observado na conta de luz, o tipo de telhado e a orientação, que deve ser preferencialmente voltada para o norte para haver melhor aproveitamento da radiação. Esse tipo de geração vem sendo usado plenamente na CasaE, Casa Ecoeficiente da BASF, desde o início de sua operação em 2013, e tem sido importante para promover sua eficiência energética e sustentabilidade. Segundo o estudo de ecoeficiência realizado pela Fundação Espaço ECO, a geração solar contribuiu para que fosse apurada a economia de 17% de energia da CasaE, em relação a uma edificação convencional. Além disso, foi importante para garantir que a construção, que fica em exposição na zona Sul de São Paulo, conquistasse a certificação LEED-NC Gold para novas construções. Nesta construção foram instaladas oito placas que garantem a geração de 300 kW em média por mês. No momento de elaborar o projeto, é possível dimensionar o sistema para produzir toda a demanda de energia ou parte dela, sendo o restante automaticamente fornecido pela rede de distribuição local.
Outra novidade da nova regulação está na possibilidade de utilização dos créditos de energia por outra unidade consumidora, em até oito imóveis, desde que estejam dentro da área de uma mesma distribuidora. Isso vai permitir, inclusive, a criação de cooperativas ou consórcios para a geração compartilhada. Antes os créditos só poderiam ser utilizados por um mesmo CPF ou CNPJ. Houve também a ampliação da possibilidade de utilização do crédito de energia de 36 para 60 meses.
Há também o sistema off grid, em que a energia captada é armazenada em baterias. Esse modelo foi instalado pela Redimax na Casa Econômica, proposta de construção aberta ao público, também desenvolvida pela BASF. É normalmente utilizado em regiões que não são atendidas por concessionárias de energia e o projeto contempla a armazenagem de um excedente para ser utilizado nos momentos sem radiação. Mais oneroso, o retorno financeiro desse modelo se dá numa média de 12 anos. Além disso, a bateria possibilita apenas o uso de equipamentos de menor consumo, como iluminação, televisão, computador, não oferecendo autonomia para aparelhos de alto consumo, como ar condicionado. (ecodebate)

Chineses desenvolvem painéis solares que usam energia da chuva

Chineses desenvolvem painéis solares que geram energia das gotas de chuva
O problema da baixa na produção de energia solar através de painéis fotovoltaicos em períodos de chuva ou tempo nublado pode estar perto de chegar ao fim. Isso porque pesquisadores chineses podem ter encontrado a resposta e produzido painéis solares que também geram energia das gotas de chuva.
ovidade utiliza um material chamado grafeno – que é considerado relativamente novo e parece ter propriedades promissoras. De acordo com estudiosos esse material seria capaz, em uma reação química, de separar os sais que estão na água da chuva. Esses sais seriam ainda transformados em íons positivos e negativos, gerando a energia. Os principais componentes utilizados seriam os íons positivos de cálcio, sódio e amônio.
Durante testes preliminares realizados a eficiência de produção da energia foi de apenas 6,53%. No entanto, este é, segundo a mídia especializada, um início promissor para essa tecnologia. (ambienteenergia)

terça-feira, 14 de junho de 2016

Painel de energia solar que se assemelha a um tapete

Empresa desenvolve painel de energia solar que se assemelha a um tapete
A emprega Renovage está em busca de fundos na plataforma Crowdcube para produção e distribuição de um painel de energia solar que desenrola-se como um tapete, pode ser facilmente transportado e é capaz de levar energia limpa para as áreas mais remotas do mundo.
Batizada de Roll-Array, a novidade foi projetada para serem usadas em áreas de difícil acesso, como aquelas afetadas por desastres naturais, guerras, epidemias etc. Ele pode alimentar um centro médico de 120 leitos eliminando a necessidade de geradores a diesel de grande porte.
O Roll-Array fornece 100 kW de potência permitindo a criação de verdadeiras centrais elétricas transportáveis. E tudo isso sem produzir um único grama de CO2. Ele é equipado com baterias e já vem equipado com todo o necessário para o seu funcionamento: dos cabos de alimentação aos módulos fotovoltaicos. (ambienteenergia)

Startup holandesa lança protótipo de bicicleta movida a energia solar

Em parceria com um grupo de estudantes da Universidade Técnica de Eindhoven, a Startup holandesa “Solar Application Lab” lançou o protótipo de uma bicicleta elétrica movida a energia solar.
A novidade é capaz de se auto recarregar durante o dia ou quando se anda de bicicleta. Ela possui painéis solares que cobrem a roda dianteira, sendo um dos primeiros protótipos já lançados com essa característica.
As bicicletas elétricas são uma tendência crescente em muitos países europeus (o mercado aumentou 4% em 2015). Os responsáveis pela bicicleta pretendem lança-la no mercado em meados de 2018, custando em torno de 2.500. (ambienteenergia)

Agências da Caixa serão abastecidas por energia solar

A Caixa Econômica Federal vai instalar sistemas fotovoltaicos em 96 agências no Brasil, sendo 42 unidades no interior de São Paulo, 52 unidades em Minas Gerais e duas no Distrito Federal. Juntos os sistemas somarão 6,6 MWp de potência.
Para tanto, foram abertas duas licitações, sendo que uma já foi concluída. Segundo o site do banco, a WEG foi vencedora da etapa para conquistar o direito de instalar os sistemas fotovoltaicos nas 42 unidades de São Paulo (área da CPFL Paulista), e nas duas unidades do Distrito Federal (CEB), somando 3,36 MWp.
A declaração final de consagração está pendente. O lance vencedor foi de R$ 26.799.000,00. Participaram da disputa as empresas Kyocera Solar do Brasil, T10 FAST Empreendimento, Solen Com. e Serv. De Energia Solar, Sindustrial Engenharia, Minas Sol, BNC Bibe Consultoria e German Solar Energy Brasil Fabricação e Comércio de Componentes Elétricos.
A outra licitação é para a contratação de sistemas em 52 agências em Minas Gerais. Serão contratados 3,3 MW de potência. Todos os sistemas serão implantados conforme as regras da Resolução Normativa 482/12, que prevê a troca de sobras de energia com a distribuidora local. O valor do projeto está estimado em R$ 26.368.674,75. A Caixa informou que serão realizadas novas licitações para outras unidades até 2017.
Não é a primeira vez que a Caixa Econômica Federal aposta na energia solar. Em dezembro de 2014, o banco inaugurou um sistema com 276 painéis fotovoltaicos em uma agência no município de Vazante, em Minas Gerais. A previsão era que o sistema produzisse 115 MWh/ano. (ambienteenergia)

Energia fotovoltaica trará benefícios ambientais, sociais e econômicos

Energia fotovoltaica pode trazer benefícios ambientais, sociais e econômicos
Greenpeace Brasil lança estudo sobre como a energia fotovoltaica pode trazer benefícios ambientais, sociais e econômicos.
Já pensou sobre o que mudaria no seu dia-a-dia se você pudesse gerar sua própria energia, ter mais independência, mais escolhas e menos gastos? Agora imagine como seria nosso país se a energia solar fotovoltaica estivesse na casa de muitas e muitas pessoas. Que tipo de benefícios veríamos na nossa economia? E como essa fonte favoreceria o meio ambiente?
Para mostrar esse país do futuro, que não está tão longe assim, o Greenpeace Brasil lança o estudo Alvorada – Como o incentivo à energia solar fotovoltaica pode transformar o Brasil.  No documento, analisamos algumas medidas que facilitariam o acesso das pessoas a sistemas fotovoltaicos, tanto para residências quanto para comércios.
Calculamos, por exemplo, o impacto de o governo liberar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o trabalhador que quer usá-lo na compra de placas solares, como hoje acontece no caso do primeiro imóvel. Ou então, o que aconteceria se fossem menores os tributos que incidem nas placas que compõem os painéis. Baixar essas cobranças irá diminuir em até 20% o preço dos sistemas e, portanto, torná-los mais viáveis para muitas famílias.
Avaliamos como a Resolução Normativa 687/15, que entrou em vigor em março/16, irá impactar em maior adesão à energia solar. E, também, como seria o Brasil em 2030 caso o governo não adote incentivo algum. Ou seja, se continuarmos como estamos hoje.
“Todas as medidas levantadas no estudo são factíveis e de responsabilidade dos governos municipais, estaduais e federal. Está nas mãos do poder público permitir que, na prática, os brasileiros possam gerar sua própria energia e economizar na conta de luz. Esse estudo mostra quais as melhores saídas para isso”, diz Bárbara Rubim, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
O documento também aponta como esses incentivos trariam impactos positivos em questões ambientais, sociais e econômicas. Se mais pessoas gerarem sua própria eletricidade, evitaremos que toneladas de gases de efeito estufa sejam despejadas na atmosfera. Isso porque, diminuiríamos a demanda pela energia oferecida pelo governo, oriunda de grandes usinas térmicas que queimam combustíveis fósseis e são altamente poluentes. Também poderíamos tornar desnecessária a construção de novas usinas hidrelétricas na Amazônia.
Caso todas as medidas propostas sejam adotadas pelo governo, a adesão à energia solar seria tão grande que teríamos 41,4 mil MWp instalados em telhados até 2030. A eletricidade produzida por esses sistemas seria o dobro do valor pretendido com o Complexo Hidrelétrico do Rio Tapajós, na Amazônia. A construção dessa usina irá trazer grandes devastações para o meio ambiente e colocará em risco as populações locais de índios Munduruku.
A energia solar pode transformar a vida de muitos brasileiros. E, neste estudo, mostramos que ela pode ser a responsável por milhões de vagas no mercado de trabalho de forma direta e indireta. No cenário mais otimista deste estudo, chegaríamos a quase 4 milhões de vagas de trabalho relacionadas à expansão da energia solar.
“No momento atual, incentivar a energia solar é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, já que, como aponta o estudo, cumpre um duplo papel: ajuda a população a reduzir seus gastos mensais com eletricidade, ajuda o país no seu compromisso para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. E ainda tem impactos positivos na economia nacional, que passa por uma fase difícil”, diz Rubim.
Os gráficos abaixo mostram a evolução de alguns indicadores de acordo com três cenários avaliados no estudo: O Brasil continua o mesmo, em que nada mudaria até 2030 em relação aos incentivos à fonte solar; o FGTS para comprar placas solares, que apresenta os impactos dessa medida; e Melhor Brasil. Neste cenário, juntamos todos os incentivos do relatório e mostramos como eles impulsionariam a energia solar e seus benefícios no país.
O que diz o estudo:
# Caso todas as todas as prefeituras dessem R$ 150 de descontos anuais no IPTU para as residências com sistemas fotovoltaicos, até 2030, o governo veria um retorno de R$ 1,7 bilhão em tributos gerados e recolhidos.
# Isentar de impostos alguns itens que compõem os sistemas fotovoltaicos irá baratear seus custos e impulsionar as vendas. Em 15 anos, 833.273 vagas de empregos diretas e indiretas seriam criadas como efeito da movimentação desse mercado.
# O incentivo que se mostrou mais importante para expandir e acelerar a difusão dos sistemas fotovoltaicos no Brasil foi o uso do FGTS. Segundo os cálculos do estudo, hoje é mais vantajoso investir o dinheiro do fundo para comprar um sistema fotovoltaico do que deixá-lo guardo.
# Se todos os estados deixassem de cobrar ICMS na eletricidade gerada pelo sistema fotovoltaico e injetada na rede de distribuição, mais pessoas veriam vantagens em ter painéis solares. E, até 2030, o Brasil teria deixado de emitir 118,8 milhões de toneladas de gases que agravam o efeito estufa e são responsáveis pelas mudanças climáticas. Hoje, apenas 11 estados têm essa política de isenção do ICMS.
# Desde março deste ano, está em vigor a Resolução Normativa 687. Ela tornou a microgeração de energia mais vantajosa e, segundo o estudo, será responsável por tantas adesões a placas solares que, em quinze anos, mais de 6 milhões de casas ou comércios estarão produzindo energia em telhados. (ecodebate)