O
diretor Técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de
Padua Rodrigues, ressalta que pelo 8º ano consecutivo a cana e seus subprodutos
lideram o ranking das fontes renováveis usadas no Brasil, ficando à frente das
hidrelétricas (11,3%); lenha e carvão vegetal (8,2%); solar, eólica e outras
fontes alternativas (4,7%).
“Analisando
os dados históricos publicados pela EPE desde 1970, observa-se que a biomassa
da cana alternou o posto de 1º lugar entre as fontes limpas com a
hidroeletricidade. Assumiu a hegemonia a partir de 2007, e hoje já representa
40% da oferta interna de energias limpas”, comenta o executivo.
Se
considerado as fontes fósseis, os canaviais ficaram atrás apenas do setor de
petróleo e derivados, responsável por 37,3% da matriz nacional no último ano.
Os renováveis, especificamente, responderam por 41,2% do volume de energia
ofertado internamente em 2015, índice entre os mais altos do mundo.
No
setor de transportes, a participação dos renováveis evoluiu de 18% em 2014 para
21% no ano passado, em virtude do crescimento na produção e no consumo de
etanol associado ao recuo na comercialização de gasolina. Em 2015, o bagaço de
cana representou 11% e o etanol 6,1% do consumo total de energia no Brasil.
Ao considerar também as fontes fósseis de energia, os canaviais ficaram atrás apenas do setor de petróleo e derivados, responsável por 37,3% da matriz nacional no último ano.
Ao considerar também as fontes fósseis de energia, os canaviais ficaram atrás apenas do setor de petróleo e derivados, responsável por 37,3% da matriz nacional no último ano.
Bagaço
e palha
No
mercado de energia elétrica, o levantamento da EPE informa uma redução geral de
1,3% na oferta interna em comparação com 2014. Apesar do decréscimo da
hidroeletricidade, que pelo quarto ano seguido apresentou condições
desfavoráveis, a presença de outras fontes renováveis na matriz elétrica
nacional avançou de 74,6% em 2014 para 75,5% em 2015.
Este
cenário tem como principais fatores a queda de 18,6% na geração térmica à base
de derivados de petróleo, e ao incremento das gerações à biomassa
(bioeletricidade sucroenergética) e eólica, que cresceram 5,4% (de 44.987 GWh
para 47.395 GWh) e 77,1% (de 12.210 GWh para 21.625 GWh), respectivamente. O
dado referente à biomassa inclui, além do bagaço e palha de cana-de-açúcar,
lixívia, lenha, outras fontes primárias e a parcela destinada ao autoconsumo
nas usinas.
Segundo
informa a Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), com relação específica à oferta de bioeletricidade
sucroenergética para a rede em 2015, o volume total foi de 20.169 GWh, um
crescimento de 4% em relação ao ano de 2014.
“Esta
oferta de energia renovável para o sistema representou o equivalente a poupar
14% da água nos reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste, justamente
porque esta geração pelas unidades produtoras de cana ocorre em uma época
crítica para o setor elétrico, que sofre com o período seco do ano que coincide
com a colheita canavieira na região Centro-Sul do País”, conclui Antonio de
Padua. (ambienteenergia)
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