Biocombustíveis podem fazer da América Latina
3º maior polo produtor de automóveis.
Os biocombustíveis são o maior trunfo do Brasil na
corrida pela transição para a economia de baixo carbono, destacaram
especialistas em 30/05/19 durante o lançamento da Frente Parlamentar pela
Valorização do Setor Sucroenergético, na Câmara dos Deputados.
O encontro foi marcado pelo simpósio “Caminhos
sustentáveis: o Renovabio no Rota 2030”, para discutir a interação entre as
políticas de combustíveis e de produção de veículos.
O diretor técnico da Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Henry Joseph Junior, apontou que
o investimento em engenharia para biocombustíveis pode abrir uma fronteira de
mercado com tecnologia brasileira e tornar a América Latina a terceira maior
região produtora de veículos, já que os combustíveis renováveis também fazem
parte da história dos países vizinhos ao Brasil.
Embora países europeus estejam investindo na
eletrificação para atender à demanda da população para reduzir emissões de
poluentes e gases de efeito estufa, no Brasil, existem alternativas.
“A Europa não conta com outras possibilidades para
descarbonizar os transportes. No Brasil, eletrificação não necessariamente é a
melhor alternativa, já que temos os biocombustíveis”, afirmou. Ele também
lembrou que é necessário considerar como a anergia elétrica é produzida.
Integração entre biocombustíveis
Durante a abertura do evento, o ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque, lembrou sua participação no lançamento da Frente
Parlamentar Mista do Biodiesel na semana passada e celebrou as iniciativas em
defesa dos biocombustíveis no Congresso Nacional.
Segundo Albuquerque, a consulta pública das metas
nacionais de descarbonização da matriz de combustíveis no âmbito do Renovabio
se encerra amanhã e o resultado deve ser levado ao Conselho Nacional de
Política Energética (CNPE) em junho. O ministro também anunciou que o Comitê
RenovaBio está em vias de ser restabelecido.
Lançada em 2016, a Política Nacional de
Biocombustíveis (RenovaBio) caminha para a fase final de regulamentação e sua
implementação definitiva deve ocorrer até o ano que vem. Para o deputado
federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), presidente da frente sucroenergética, o
etanol, biodiesel, bioquerosene e biogás refletem a matriz de combustíveis
diferenciada que o Brasil possui em relação ao mundo, o que pode nos colocar
“na vanguarda da economia de baixo carbono”.
Também foi destacada a importância da Ubrabio para a
integração dos setores de biodiesel e etanol na formulação do RenovaBio.
O secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do
MME, Márcio Félix, ressaltou a importância dessa integração afirmando que
celebrará o Dia Mundial do Meio Ambiente na próxima semana em Natal-RN, durante
o Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis
para Aviação. (biodieselbr)
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