Um programa de coleta de óleo usado foi iniciado
pela Prolagos – concessionária de água e saneamento responsável pela Região dos
Lagos. O objetivo é evitar o descarte inadequado deste produto, que pode provar
entupimento nas redes, causando extravasamentos em vias públicas e refluxo nos
imóveis. Além disso, o resíduo pode interferir no processo de tratamento de
esgoto nas estações, além de contaminar praias, lagoas e o solo.
Com o programa ‘De Olho no Óleo’, as seis lojas
comerciais e a sede da concessionária se transformarão em ecopontos e contarão
com um coletor para receber o material. A iniciativa é em parceria com a ONG
Reciclóleo, que ficará responsável pela coleta do resíduo e sua correta
destinação, como a venda para a produção de biodiesel e fabricação de sabão.
Parte do valor é destinada para a aquisição de material esportivo para projetos
sociais. “Este é um trabalho de formiguinha e contar com esses novos postos de
coleta em várias cidades da região será muito importante. A expectativa é que a
cada 15 dias consigamos ao menos 200 litros de óleo em cada ecoponto deste”,
espera Marco Campos, o Macarrão, responsável pela ONG.
Para impulsionar as doações e, principalmente, a
conscientização sobre o descarte correto, o tema de ‘De Olho no Óleo’ passará a
integrar o ‘Saúde Nota 10’, programa de educação socioambiental desenvolvido
nas escolas públicas dos cinco municípios da área de concessão.
A concessionária explica que um litro de óleo de
cozinha usado pode poluir cerca de um milhão de litros de água, volume
aproximado que seria consumido por uma pessoa em 14 anos. Ao ser despejado na
pia ou no vaso sanitário, o óleo usado passa pelos canos da rede de esgoto e
fica retido em forma de gordura, podendo entupir a tubulação interna e atrair
pragas que podem causar doenças como leptospirose, febre tifoide, cólera,
salmonelose, hepatites, esquistossomose, amebíase e giardíase.
Além do óleo, a graxa, restos de alimentos,
preservativos, absorventes, fraldas descartáveis e embalagens de produtos de
beleza estão entre os materiais que mais obstruem a rede e impactam o sistema
de esgotamento sanitário. “O uso incorreto das redes gera transtornos para a própria
população, como transbordamentos de poços de visita, extravasamentos e até
mesmo o retorno para os imóveis. Essas situações podem ser evitadas com ações
simples, como a destinação correta dos resíduos”, comenta o gerente de
Operações de Esgoto da Prolagos, Mário Márcio Gonçalves. (biodieselbr)
Nenhum comentário:
Postar um comentário