Fontes renováveis podem reduzir em 70% as emissões
do setor elétrico mundial até 2050.
Com
o crescimento da população mundial e sua necessidade por energia elétrica para
os próximos anos, as emissões do setor elétrico são um problema que precisa de
solução.
Segundo
estudo da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), com 2/3 da
geração mundial por renováveis até 2050, seria possível reduzir as emissões
acumuladas do setor em 70%.
Intitulado
Pessoas, Planeta e Prosperidade, o estudo detalha os benefícios das fontes
renováveis para o futuro da geração elétrica mundial, mas cobra ações rápidas
para isso.
Com
apenas 1/6 da geração mundial hoje proveniente de fontes limpas, é crítica a
necessidade do uso dessas tecnologias para se alcançar as metas climáticas
acordadas em Paris.
E,
para isso, elas já contam com uma vantagem: seu custo competitivo, sendo as
tecnologias de nova geração com o menor custo hoje na maior parte do mundo,
segundo informa a IRENA.
Um
exemplo disso foi visto no último leilão de energia do Brasil, realizado pelo
governo em junho de 2019, quando a energia solar atingiu valor mínimo histórico
na comercialização de projetos de grandes usinas solares.
Esses
preços da tecnologia também impulsionam seus projetos no segmento de geração
distribuída, no qual milhares de brasileiros já produzem sua energia através de
geradores próprios, incentivados também por linhas de financiamento para
energia solar.
Além
da redução nas emissões, o estudo da IRENA mostra o potencial empregatício das
tecnologias renováveis, sendo ao menos 11 milhões de trabalhadores em todo o
mundo atualmente.
Devido
à ampla oferta dessas fontes, boa parte desse crescimento econômico de
baixo-carbono, como é denominado pela agência, acontece ainda em áreas carentes
desse desenvolvimento, como na África Subsariana.
Com
cerca de 3,6 milhões de trabalhadores, a energia solar é a fonte com maior
número de empregos gerados no setor mundial de renováveis que, aliás, registra
maior número de mulheres empregadas do que homens.
Contudo,
a questão financeira torna esse futuro incerto, sendo necessários investimentos
na ordem de US$110 trilhões até 2050 para atingir essas capacidades, segundo
estimativas da IRENA, US$15 trilhões a mais ao orçamento atual. (ecodebate)
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