Iniciativa que prevê 6 GW
para implementação nas regiões Nordeste e Sudeste do país está avaliada em US$
30 bilhões.
O Programa Nuclear
Brasileiro, que desde a posse do governo Bolsonaro tem sido retomado e
incentivado, prevê a construção de seis novas centrais nucleares para o país
até 2050, informou o Secretário de Planejamento de Desenvolvimento Energético
do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, presente em 26/09/2019 no 2º
Seminário sobre o Futuro do Setor Elétrico Brasileiro, promovido pela Fundação
Coge, no Rio de Janeiro.
A iniciativa prevê a
implementação de seis reatores de 1 GW, o que, juntamente com a conclusão de
Angra 3, ainda prevista para 2026, poderá elevar a potência instalada da fonte
no país em 7,3 GW, chegando a 9,3 GW no total, contando com Angra 1 e 2.
“Estamos aguardando o PNE
2050. A ideia é terminar Angra 3 e dar intervalo de pelo menos quatro anos para
entrar essas outras usinas, que poderiam iniciar a construção em 2030, com
participação de recursos do setor privado”, explicou o Secretário do MME,
revelando que o projeto deverá angariar US$ 30 bilhões em investimentos.
Reive afirmou também que o
modelo a ser adotado para financiamento das centrais deverá seguir a referência
que será definida junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES)
para conclusão de Angra 3, onde diversas alternativas já foram estudadas, todas
apresentando vantagens e desvantagens. “A própria Eletrobras fez consulta ao
mercado para potenciais investidores e cada um disse como seria melhor para
construir a usina, o que tem que acontecer ainda neste ano. Primeiro definimos
o preço, o modelo e agora a competição”, pontua.
Sobre a localização e
disposição dos novos empreendimentos, ele afirmou que a questão ainda não está
definida, apenas que será entre as regiões Nordeste e Sudeste, podendo ou não
serem concentradas na mesma localidade.
“O ideal é que sejam pelo
menos dois reatores no mesmo local, por questão de rentabilidade”, comentou.
Ainda sobre Angra 3, o Secretário salientou que o processo de licitação para
começar a obra acontecerá em meados do ano que vem, com boas perspectivas de
competitividade no mercado internacional. (canalenergia)
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