quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Energia renovável gera mais de 10 milhões de empregos no mundo

O setor de energia renovável, produzida a partir de recursos naturais, empregou 10,3 milhões de pessoas no mundo em 2017. Foram criados mais de 500 mil empregos, o que gera um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Fazem parte da conta fontes como hidroelétrica, energia solar fotovoltaica, energia solar por aquecimento, bioenergia e energia eólica. O relatório foi elaborado pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), localizada nos Emirados Árabes Unidos.
As vagas de trabalho estão distribuídas nas áreas de planejamento, de produção e de instalação dos equipamentos, e podem ser ocupadas por profissionais formados em gestão ambiental, engenharia elétrica, entre outros cursos. É possível atuar também na parte de controle de eficiência das novas fontes energéticas, como em uma rede hoteleira ou em um condomínio.
Segundo a Irena, organização intergovernamental com mais de 170 membros e que que apoia os países em sua transição para um futuro energético sustentável, o Brasil, os Estados Unidos, a Índia, Alemanha e o Japão continuam a ser os maiores empregadores do segmento de energia renovável no mundo, representando mais de 70% de todas as vagas no mercado global. A China, sozinha, concentra 43% das oportunidades de trabalho.
De acordo com a agência, apesar de que um número crescente de países esteja colhendo os benefícios socioeconômicos das energias renováveis, a maior parte da produção ocorre em poucos países e os mercados domésticos variam significativamente em tamanho.
Analisando as vagas em 2017, a maior parte delas está focada na energia solar fotovoltaica, com 3,37 milhões de oportunidades de emprego no mundo. Ao lado da China, Blangladesh, Indía, Japão e os Estados Unidos são os principais empregadores no mercado mundial de energia solar. Juntos, os cinco países respondem por aproximadamente 90% dos empregos em energia solar fotovoltaica no mundo todo.
O relatório da Irena mostra que a energia renovável tornou-se base do crescimento econômico de baixo carbono para governos em todo parte do mundo, fato refletido pelo crescente número de empregos gerados no setor. Os dados revelam ainda um quadro cada vez mais regionalizado, destacando que os benefícios econômicos, sociais e ambientais das energias renováveis são mais evidentes nos países onde existem políticas de incentivo para o setor.
Por fim, o levantamento da agência afirma que a produção de energia renovável adquiriu mais importância conforme as tecnologias foram sendo desenvolvidas e só tende a crescer nos próximos anos.
No Brasil
Diferentes fatores influenciam o crescimento da geração de energia renovável brasileira. Políticas governamentais, questões geográficas, como a incidência solar, o relevo e a hidrografia, bem como as estratégias de grandes empresas determinam como o país vai lidar com as fontes energéticas alternativas.
No Brasil, em 2017, havia 893 mil vagas para profissionais que atuam com produção, geração e distribuição de energia renovável, com exceção das grandes hidroelétricas. Segundo o relatório da Irena, foram 795 mil oportunidades nos biocombustíveis líquidos, 42 mil em aquecimento solar, 34 mil em energia eólica, 12 mil em pequenas hidroelétricas e 10 mil em energia solar fotovoltaica.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revelam que a energia solar começou a crescer no Brasil em 2012 e que tem muito ainda para ser explorada, visto que representa apenas 1% da matriz elétrica nacional. (lglsolar)

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