O setor de energia
renovável, produzida a partir de recursos naturais, empregou 10,3 milhões de
pessoas no mundo em 2017. Foram criados mais de 500 mil empregos, o que gera um
aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Fazem parte da conta fontes como
hidroelétrica, energia solar fotovoltaica, energia solar por aquecimento,
bioenergia e energia eólica. O relatório foi elaborado pela Agência
Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), localizada nos
Emirados Árabes Unidos.
As vagas de trabalho estão
distribuídas nas áreas de planejamento, de produção e de instalação dos
equipamentos, e podem ser ocupadas por profissionais formados em gestão
ambiental, engenharia elétrica, entre outros cursos. É possível atuar também na
parte de controle de eficiência das novas fontes energéticas, como em uma rede
hoteleira ou em um condomínio.
Segundo a Irena, organização
intergovernamental com mais de 170 membros e que que apoia os países em sua
transição para um futuro energético sustentável, o Brasil, os Estados Unidos, a
Índia, Alemanha e o Japão continuam a ser os maiores empregadores do segmento
de energia renovável no mundo, representando mais de 70% de todas as vagas no
mercado global. A China, sozinha, concentra 43% das oportunidades de trabalho.
De acordo com a agência, apesar
de que um número crescente de países esteja colhendo os benefícios
socioeconômicos das energias renováveis, a maior parte da produção ocorre em
poucos países e os mercados domésticos variam significativamente em tamanho.
Analisando as vagas em 2017,
a maior parte delas está focada na energia solar fotovoltaica, com 3,37 milhões
de oportunidades de emprego no mundo. Ao lado da China, Blangladesh, Indía,
Japão e os Estados Unidos são os principais empregadores no mercado mundial de
energia solar. Juntos, os cinco países respondem por aproximadamente 90% dos
empregos em energia solar fotovoltaica no mundo todo.
O relatório da Irena mostra
que a energia renovável tornou-se base do crescimento econômico de baixo
carbono para governos em todo parte do mundo, fato refletido pelo crescente
número de empregos gerados no setor. Os dados revelam ainda um quadro cada vez
mais regionalizado, destacando que os benefícios econômicos, sociais e
ambientais das energias renováveis são mais evidentes nos países onde existem
políticas de incentivo para o setor.
Por fim, o levantamento da
agência afirma que a produção de energia renovável adquiriu mais importância
conforme as tecnologias foram sendo desenvolvidas e só tende a crescer nos
próximos anos.
No
Brasil
Diferentes fatores
influenciam o crescimento da geração de energia renovável brasileira. Políticas
governamentais, questões geográficas, como a incidência solar, o relevo e a
hidrografia, bem como as estratégias de grandes empresas determinam como o país
vai lidar com as fontes energéticas alternativas.
No
Brasil, em 2017, havia 893 mil vagas para profissionais que atuam com produção,
geração e distribuição de energia renovável, com exceção das grandes
hidroelétricas. Segundo o relatório da Irena, foram 795 mil oportunidades nos
biocombustíveis líquidos, 42 mil em aquecimento solar, 34 mil em energia
eólica, 12 mil em pequenas hidroelétricas e 10 mil em energia solar
fotovoltaica.
Dados da Associação
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revelam que a energia solar
começou a crescer no Brasil em 2012 e que tem muito ainda para ser explorada,
visto que representa apenas 1% da matriz elétrica nacional. (lglsolar)
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