Taxa de retorno pode cair 84%
com cobrança do fio para GD, segundo executivo da companhia.
A Cemig lançará em outubro
uma nova marca, fruto da união dos negócios de geração distribuída e eficiência
energética, disse em 11/09/19, um diretor da Cemig em evento promovido pelo
escritório de advocacia Souto Correa, em São Paulo.
A ideia é realizar a
unificação dos negócios da Cemig GD e Efficientia, subsidiárias integrais da
concessionária mineira. “Esse ano um dos nossos desafios será fundir essas duas
empresas. Em outubro faremos o lançamento de uma nova marca, que é a fusão da
Efficientia com a Cemig GD, onde a gente pretende unificar o portfólio dessas
duas empresas”, disse Danilo Gusmão de Araújo, diretor presidente das duas
empresas.
Araújo participou de uma
reunião para discutir as mudanças nas regras da geração distribuída, com a
presença do diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Rodrigo
Limp. Segundo o executivo, o negócio de GD está “fervilhando” no Brasil e
qualquer alteração nas regras precisa considerar os impactos positivos que essa
tecnologia oferece no campo econômico e social.
Cemig fará em outubro fusão
de negócios de geração distribuída e eficiência.
Em 2019, a Aneel tem
interagido com os agentes para definir uma regra para geração distribuída que
não transfira custos para os demais consumidores da rede elétrica e garanta a
continuidade do negócio de GD. Em meados de outubro, a agência pretende abrir
uma nova etapa de discussões. Os agentes terão um prazo de 60 dias para fazer
as contribuições. A ideia é que o novo regulamento esteja aprovado até meados
de março de 2020.
A geração distribuída
clássica é aquela que o consumidor produz e consome sua própria energia através
de tecnologias como sistemas fotovoltaicos. Há também modalidades em que a
geração e o consumo não estão no mesmo lugar, chamadas de geração remota e
compartilhada.
Inaugurado em 2012, hoje são
mais de 108,7 mil sistemas na modalidade de GD, somando mais de 1,3 GW em
operação. Em agosto deste ano, a média de novos sistemas instalados chegou a
250 unidades por dia, informou a Aneel.
No entanto, as mudanças nas
regras podem desacelerar esse crescimento. Segundo Araújo, a taxa interna de
retorno (real) pode cair 84% na comparação entre o cenário atual e a aplicação
do segundo gatilho (cobrança da tarifa fio B e fio A) na área de concessão da
Cemig.
Embora seja uma das maiores
distribuidoras do país, Araújo explicou que a Cemig quer estar no negócio de
geração distribuída. “Os nossos clientes passaram a cobrar da Cemig a
participação nesse mercado, haja vista a relação que a empresa tem com o
cliente mineiro”, disse. “Temos a expertise na comercialização e estamos
buscando parceiros que tenham interesse em empreender em geração distribuída”,
completou. (canalenergia)
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