Para
muita gente, as faturas de eletricidade são quase um enigma, tal a quantidade
de valores diferentes que aparecem neste documento. E, por força dessa
dificuldade, muitas vezes torna-se difícil perceber onde estão os
elementos-chave para conseguir poupar na conta da energia.
Para
entender como são feitas estas contas e onde estão as informações mais
importantes, pedimos o auxílio da Comparamais, site especializado em comparação
de preços. Veja agora as dicas que nos foram passadas.
O que é pago na conta de eletricidade?
Em
pagamento na fatura da luz estão três grandes elementos. O primeiro é o custo
da energia por si só, cujo preço surge em €/kWh, a que se juntam a potência
contratada, em kVA, e os diversos impostos a pagar ao Estado. Seja com que
fornecedor, os impostos serão sempre os mesmos, e por isso a Comparamais
explica que “é no preço da energia e na potência contratada que estão as
potenciais poupanças na fatura”.
O
problema da fatura de eletricidade, indica a Comparamais, é principalmente a
quantidade de informações que existem no custo da energia. Desde logo pelos
valores de estimativas, feitas com uma previsão dos consumos de energia, ou os
valores reais, que são obtidos pela leitura do contador.
A
potência contratada é bastante mais simples de perceber. Ela indica a potência
máxima que o seu contador de eletricidade pode debitar, e por isso tem um custo
estável na fatura. Mas o site especializado em comparação de preços destaca que
“cada fornecedor de energia tem um preço próprio para a potência contratada”.
Entre
a EDP e a Goldenergy, por exemplo, existe uma diferença de 3€ no preço mensal,
o que significa uma poupança de 36€ ao final do ano. “É o suficiente, em muitos
casos, para pagar uma das faturas mensais de eletricidade”.
Já
os impostos da fatura de eletricidade dividem-se em dois campos. Em primeiro
lugar surgem as taxas específicas do mercado de energia, que são a DGEG, o IEC
e a Contribuição para o Audiovisual. A DGEG representa a Taxa de exploração da
Direção-Geral de Energia e Geologia e prende-se com o pagamento dos custos para
levar a eletricidade até sua casa.
Em 2020 o seu custo é de 0,07€ por mês. O Imposto Especial de Consumo (IEC) é uma sobretaxa associada ao ISP, e por isso vai incidir sobre toda a energia (kWh) que gastou durante o mês. O que significa também um valor diferente todos os meses. Por fim surge a Contribuição para o Audivisual, que ajuda a financiar a televisão e rádio públicas, e custa este ano 3,02€ por mês. O último imposto que surge na fatura é o IVA, que é aplicado a praticamente todas as transações comerciais e tem, exceto para potências até 3,45 kVA, uma taxa de 23%. Ou seja, representa quase ¼ do que paga na fatura.
E
como é calculado o preço da fatura de eletricidade?
Há
2 tipos de cálculo que são feitos, explica a Comparamais. Para o custo da
energia o valor, em €/kWh, é aplicado sobre toda a eletricidade que gastou em
casa. Multiplica-se a quantidade de energia gasta, em kWh, pelo preço dessa
mesma energia, em €/kWh.
E
o resultado desta conta é aquilo que paga pela luz. Surgem depois os encargos
com a potência contratada. Como referido, este é um valor fixo, que depois é
multiplicado pelo número de dias em faturação. Por exemplo, se pagar 0,3964€
pela potência contratada, multiplica isso pelos 31 dias do mês. O resultado, de
12,29€, é o que paga de potência contratada (a que depois acresce ainda o IVA).
E
ao que devo prestar atenção para poupar?
A
Comparamais explica que, tendo em conta como são calculados os valores na
fatura, é precisamente no preço do €/kWh que está a maior diferença. “Os custos
com a energia são, para a maioria das pessoas, o fator com maior peso na fatura
de eletricidade. Por isso, deve analisar se tem a melhor tarifa, recorrendo a
um comparador de preços”. Caso encontre um custo mais reduzido para a energia,
irá seguramente obter uma poupança considerável na fatura.
“Mas
existe ainda outro dado a reter na análise do custo da energia”, indica a
Comparamais. “Caso tenha apenas valores para consumos simples, deve ponderar
ver se há vantagens na troca por um plano bi horário”. Caso já tenha optado por
esta solução, analise a quantidade de kWh que utilizou em Vazio e Fora Vazio.
Caso
não esteja a tirar partido das horas em que a eletricidade é mais barata, pode
até estar a pagar mais do que ao escolher uma fatura simples. “Mas, nestes
casos, a solução ideal é adaptar os horários para usar eletrodomésticos como as
máquinas de lavar durante a noite e fim-de-semana”.
Existem
ainda mais dois elementos da fatura a que deve prestar especial atenção. O
primeiro são os dados da leitura do contador. “Verifique sempre quando foi
feita a última leitura real, para saber se podem vir a surgir acertos no
futuro. Além disso, nesta zona da fatura os fornecedores indicam,
habitualmente, quais as datas a que pode enviar as leituras do contador. E,
dessa forma, evitar surpresas com acertos”.
O
último elemento a ter em conta é “o preço que paga pela potência contratada. A
diferença pode não parecer muito significativa entre operadores, mas se
multiplicar o valor pelos 365 dias do ano já irá ficar com outra perspectiva”.
Mas, antes de escolher, a Comparamais recorda que “deve sempre ver os preços da energia em €/kWh e da potência contratada em kVA dos vários fornecedores. Para tal a melhor solução é usar um simulador de luz e gás, que o ajuda a perceber que empresa lhe garante o preço mais baixo para a eletricidade”. (portal-energia)
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