terça-feira, 30 de março de 2021

Carros elétricos batem recorde de vendas em janeiro

Janeiro/2021 apresentou o melhor número de vendas de carros elétricos dos últimos seis anos. Foram vendidos mais de 321 mil veículos deste tipo no primeiro mês do ano, um aumento de 112% em comparação a janeiro de 2020, de acordo com o EV Sales Blog.

Já é o quarto mês seguido que os números mensais dobram. De outubro a dezembro de 2020, o percentual de aumento apresentado foi semelhante, se comparados aos anos avaliados anteriormente.

As vendas de carros totalmente elétricos apresenta um crescimento maior do que os veículos híbridos, muito pela demanda na China. Isso torna o mercado chinês o principal responsável pelo crescimento total.

Os carros mais vendidos, dos totalmente elétricos, também são do país. O Hongguang Mini EV, da junção da SAIC com a General Motors, desbancou a montadora Tesla, comandada por Elon Musk, e assumiu o primeiro lugar. Foram quase 36.762 veículos vendidos.

O Mini EV pode levar até quatro pessoas e o banco traseiro desce, aumentando a mala.

O compacto, de 2,9 metros de comprimento, 1,5 de largura e 1,6 de altura, já prometia roubar o lugar da concorrente dos Estados Unidos. O carrinho é vendido por US$ 4,1 mil, pouco mais de R$ 23 mil (na cotação de 01/03/2021, com o dólar vendido a R$ 5,63).

Mesmo sem liderar, a companhia norte-americana emplacou dois modelos no topo. Após o chinês, aparecem o Tesla Model 3 e o Model Y, com 21,5 mil e 9,5 exemplares vendidos, respectivamente. Em quarto lugar está o BYD Han EV, com 9.298, e o GW ORA Black Cat fecha o top 5, com 6 mil carros.

Elon Musk foi desbancada nas vendas gerais, caindo para 2ª colocação, com pouco mais de 33 mil veículos comercializados. A liderança ficou com a SGMW, que somou outros 2 mil carros, além do Hongguang Mini. A BMW chega em 3º, com 20 mil.

Além dessas marcas, BYD, SAIC, Mercedes, Volkswagen, Volvo e Great Wall venderam mais de 10 mil carros elétricos cada, no mês de janeiro/2021. A Audi fecha o top 10, com pouco menos de 9 mil veículos elétricos negociados. (olhardigital)

Etanol e biodiesel evitam centenas de mortes anual em SP por CO2 emissões

Etanol e biodiesel evitam centenas de mortes ao ano em SP por menos emissões, aponta EPE.
A adição obrigatória de biodiesel ao diesel e etanol anidro à gasolina evita centenas de mortes por ano na região metropolitana de São Paulo por meio da redução da emissão de particulados, segundo estudo publicado pela estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que indicou que as políticas de biocombustíveis possuem impacto positivo “significativo” na saúde humana.

Segundo a EPE, com as demandas de etanol e gasolina observadas em 2018 na região, o consumo do biocombustível causou a redução de 371 óbitos/ano e aumentou a expectativa de vida em 13 dias na comparação com um cenário em que não há qualquer demanda por etanol, apenas por gasolina.

O panorama reflete a demanda por etanol hidratado e a mistura adotada de mais de um quarto de etanol anidro na gasolina comum.

Caso houvesse um aumento de 10% no consumo de etanol hidratado em detrimento da gasolina, disse a pesquisa, mais 43 mortes seriam evitadas anualmente e a expectativa de vida avançaria em mais um dia.

“Resultados apontam que o uso do etanol tem elevado impacto positivo na saúde humana sob o prisma de emissão de particulados, contribuindo para uma redução de 7,2% de concentração de particulados associada ao setor de transportes”, afirmou o estudo publicado pela EPE.

Biodiesel

No caso do biodiesel, com base em variações alternativas de dados captados em 2018 na região, o estudo divulgado nesta semana concluiu que a mistura de 12% de biodiesel no diesel B (B12) evita 277 mortes anualmente e faz com que a população deixe de perder dez dias de vida desde o nascimento, em comparação com o cenário em que não há qualquer mistura.

A adição obrigatória de 12% é exatamente a adotada pelo Brasil no momento – a partir de março, porém, ela será elevada a 13%, e o cronograma estipulado pelo país indica aumento a 15% até 2023.

A pesquisa também traçou panoramas para os impactos positivos gerados pelas misturas de 10% e 15%.

Com a trajetória B10, que foi usada como cenário-base de São Paulo em 2018, são evitadas 244 mortes, com um aumento de nove dias na expectativa de vida. Já a eventual mistura de 15% acarretaria 348 mortes a menos por ano, e aumentaria a expectativa de vida em mais quatro dias ante à trajetória B10.

“A adição de biodiesel ao diesel A também apresentou impacto significativo na saúde humana em termos de emissão de particulados”, afirmou a nota técnica da EPE.

O estudo destacou que, em 2018, a mistura obrigatória de 10% evitou 6,8% das emissões provenientes do setor de transportes na região metropolitana de São Paulo.

Qualidade de vida

Por fim, a pesquisa também avaliou o valor implícito à melhoria da qualidade de vida decorrente do uso de biocombustíveis em substituição aos combustíveis fósseis, seguindo métricas da Organização Mundial da Saúde (OMS) com base na variação da expectativa de vida.

Por esses critérios, a trajetória que considera a demanda atual por etanol e gasolina tem resultado positivo de R$ 24,6 bilhões ante o cenário em que há consumo apenas de gasolina. No diesel, a mistura-base de 10% resulta em impacto econômico de R$ 17 bilhões.

A OMS estima que a poluição atmosférica nas cidades e áreas rurais cause anualmente 4,2 milhões de mortes prematuras em todo o mundo, principalmente pela exposição a materiais particulados, destacou a nota técnica da EPE.

“A inserção de biocombustíveis na matriz de transportes, grande responsável pela demanda de combustíveis e importantes emissores de GEE (gases de efeito estufa) da economia global, se torna cada dia mais relevante”, concluiu o estudo. (biodieselbr)

Aquarius Software fornece soluções de Eficiência Energética para EDP

Novo sistema monitora dados para auxiliar na previsibilidade de manutenções e garantir disponibilidade dos equipamentos para clientes de forma remota.
Pensando no uso de novas tecnologias, a EDP/Brasil firmou parceria com a Aquarius Software para oferecer Soluções de Eficiência Energética. Além de redução de custos, a mudança trouxe um novo modo de acesso à informação com sustentabilidade e segurança.

A EDP atua com serviços de soluções em eficiência energética desde 2016. Inicialmente, a supervisão e a gestão das operações em Campinas, Gravataí e São Paulo era feita por meio de recursos analógicos, mas com três plantas de geração de vapor e uma planta de geração de água gelada, havia um plano de crescimento, o que aumentou a necessidade de acompanhar as operações em tempo real, a partir de um único local físico e um único ambiente virtual.

A escassez de dados estruturados impossibilitava obter informações sobre a disponibilidade e o funcionamento de seus equipamentos, dificultando sua manutenção. Desta forma, a EDP Brasil identificou a oportunidade de estruturar essa operação com base no plano de crescimento dos seus Serviços de Eficiência Energética. Assim, era necessário que esse novo sistema pudesse atender stakeholders internos e externos, partindo de Porto Alegre, oferecendo escalabilidade e disponibilidade de informações em tempo real, impactando positivamente a prestação do serviço, elevando a operação e manutenção para um nível superior.
Baseada em software da GE Digital, a solução da Aquarius Software foi implantada no Centro de Serviços (COS), integrando as atividades através do monitoramento remoto e equipando tanto o COS como as localidades monitoradas com tecnologias capazes de fornecer informações estratégicas e operacionais, como o tratamento de dados extraídos dos monitoramentos para fazer previsibilidade de manutenções e garantir a disponibilidade dos equipamentos para os clientes.

Os softwares da GE Digital aplicados neste projeto foram: Proficy iFIX (sistema de supervisão com interface web), Proficy Historian (base de dados temporal), Proficy Plant Applications (ferramenta de modelagem e cálculos) e Driver IGS (sistema de coleta de dados). Foi também utilizado o hardware UNO da Advantech para a coleta de dados nos clientes e o sistema Power BI da Microsoft para apresentação de relatórios.

Esse conjunto de software e serviços adquiridos de maneira modular foi decisivo, por permitir o crescimento da operação e inclusão de novos recursos de acordo com a mudança da demanda.

Os softwares estão instalados em Porto Alegre/RS, onde fica a sala de controle. Em cada cliente está instalado o dispositivo para coleta e transmissão de dados. A equipe da EDP conta com um videowall na sala de controle, de onde opera os processos e visualiza em tempo real dados como temperaturas, vazões e pressões, além de indicadores de performance (KPIs), como tempo de utilização de equipamentos e taxa de disponibilidade. Cada cliente tem um acesso específico, que lhe permite monitorar em tempo real somente os seus processos e receber periodicamente relatórios consolidados referentes às suas instalações.

Ilha da Inovação: soluções em eficiência energética e reutilização de água. (canalenergia)

domingo, 28 de março de 2021

Neoenergia unifica uso de etanol em sua frota de veículos flex

Iniciativa terá uma redução de 193 milhões de toneladas de CO2 em emissões.
Com iniciativas voltadas à sustentabilidade, a Neoenergia unifica o uso exclusivo do etanol para abastecimento de toda a sua frota de seus veículos flex. O resultado será uma redução expressiva na emissão de CO2, o que leva a diminuição do efeito estufa e, consequentemente, evita o aumento das temperaturas no planeta. Com a ação da empresa, deixarão de ser emitidos 193 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera somente em 2021, tendo como referência o consumo de gasolina em 2020.

A empresa informou que a unificação contempla as quatro distribuidoras da Neoenergia – Coelba/BA, Celpe/(PE, Elektro/SP/MS e Cosern (RN) e irá atender 1.669 automóveis de combustível duplo, ou seja, que aceitam tanto gasolina quanto álcool etanol. Com a mudança, o abastecimento nesses veículos será feito exclusivamente com etanol.

Campanha propõe obrigar o uso de etanol em carros flex.

A Neoenergia destacou que continua reforçando seu compromisso com a mobilidade elétrica, com a aquisição de mais 20 veículos elétricos (totalizando 33 veículos), 26 veículos executivos híbridos (totalizando 83 veículos) e 29 pontos de recarga (totalizando 45 pontos) no ano de 2020, para instalação e uso exclusivo da frota corporativa. Atualmente, os pontos e veículos ficam nas sedes administrativas da companhia, nos estados da Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Com as aquisições, as Unidades Territoriais de Distribuição – de onde saem as equipes de campo para manutenção e atendimento – também passarão a fazer uso da mobilidade elétrica.

Etanol: alternativa para descarbonizar frotas corporativas. (canalenergia)

Nova Kombi será o primeiro carro 100% autônomo da Volkswagen

Nova Kombi servirá de base para o 1º carro 100% autônomo da Volkswagen.

A Volkswagen confirmou em 26/02/2021 que a versão de produção do conceito ID. Buzz, furgão elétrico para cargas e passageiros com visual inspirado na Kombi de primeira geração, será o primeiro modelo com direção 100% autônoma do fabricante alemão.
Sucessor espiritual da Kombi, I.D Buzz tem produção confirmada.

A previsão é que esta nova Kombi faça a estreia no ano que vem. Mas a tecnologia autônoma chega apenas em 2025. “Na metade desta décadas, nossos clientes terão a oportunidade de chegar ao ser destino em cidades selecionadas usando veículos autônomos”, destacou Christian Senger, chefe de direção autônoma do Grupo Volkswagen.

Saudosos fãs da “Velha Senhora”, nossa querida Kombi, já podem comemorar: a Volkswagen confirmou o sucessor espiritual, elétrico, autônomo e futurista da mítica vanzinha será produzido.

Modelo utilizará tecnologias desenvolvidas pela empresa de tecnologia americana Argo AI, companhia que também recebeu investimento da Ford. Objetivo é permitir que o novo veículo seja empregado em serviços de carros compartilhados autônomos. (msn)

Experiência elétrica com o Chevrolet Bolt é apaixonante

Desempenho surpreendente, conforto a bordo e até uma carinha simpática. Mas, por R$ 260 mil, esta seria sua escolha? Confira o teste que fizemos com o elétrico.
O teste de hoje é com o Chevrolet Bolt, que foi o modelo 100% elétrico mais vendido no Brasil em 2020, com 110 unidades. O modelo foi apresentado ao nosso mercado durante o Salão do Automóvel de 2018, junto com o Nissan Leaf e o Renault Zoe, em uma verdadeira “ofensiva” de carros elétricos (escrita entre aspas porque este tipo de veículo ainda não tem volume no Brasil).

Também, custando por volta de R$ 260 mil, tem que querer muito rodar de elétrico para escolher esse compacto sem muito sex appeal, enquanto, por essa grana, você pode comprar uma vistosa BMW Série 2 Gran Coupé ou uma S10 supercompleta.

E queremos fazer uma ressalva já nesse início. A Chevrolet já apresentou a nova geração do Bolt, que deve ser lançada nos Estados Unidos no meio do ano. Então, se tiver pensando em comprar um, não deixe de colocar isso na balança.

Visual não sugere, mas elétrico tem desempenho surpreendente.

Quem vê esse compacto com carinha de mono volume não imagina que seu motor elétrico oferece 203cv de potência e 36,7kgfm de torque. É o bastante para acelerar até os 100 km/h em 7,3 segundos, desempenho de carros espertos. É que, no caso dos elétricos, não é preciso esperar que as rotações subam para ter tudo o que o motor oferece.

Basta pisar fundo no pedal da direita para acelerações e retomadas vi- gorosas. E é muito diferente ver tudo isso acontecendo no mais absoluto silêncio, tanto que você nem nota quando a velocidade está alta. Mas, tudo isso é bem dosado pelo pedal do acele- rador. Tanto que ainda existe um modo esportivo, que entrega o desempenho com menos filtros. É claro que, se você pisar fundo assim, vai drenar rapidamente a energia da bateria.

Sem muito sex appeal, compacto tem jeitão de monovolume.

E o bom desempenho é obtido mesmo com o Bolt sendo um veículo pesado, com 1.641 quilos, devido às baterias. Posicionado sob o assoalho, o conjunto deixa o centro de gravidade mais baixo, contribuindo para um melhor controle do veículo. O peso também está bem distribuído entre os eixos, equilíbrio que favorece o bom desempenho em curvas.

Painel é "limpo", com volante, quadro de instrumento e display.

O Bolt tem um sistema regenerativo de frenagem. No modo “One Pedal”, a alavanca de câmbio fica na posição L para otimizar a regeneração. Assim, basta tirar o pé do acelerador para que os freios atuem automaticamente com maior intensidade, recuperando para as baterias parte da energia de frenagem.

É estimulante ver a autonomia do veículo crescer enquanto você roda pela cidade. E isso acaba mudando sua postura atrás do volante, passando a buscar por um estilo que melhore a eficiência energética. Já na estrada, onde as frenagens não são recorrentes, a autonomia vai reduzindo mesmo. O quadro de instrumentos do Bolt traz um mostrador de potência instantânea que revela o quanto as acelerações bruscas consomem energia.

Chevrolet diz que com as baterias com 66 kWh cheias, a autonomia do Bolt é de 416 quilômetros. Em um sistema de carga rápida, uma hora na tomada é o bastante para rodar 40 quilômetros. Ou seja, para uma carga completa na bateria são necessárias 10 horas.

Sistema rápido consegue recarregar as baterias em 10 horas.

Como ainda não existe uma infraestrutura de acesso público confiável instalada no país, para garantir a recarga é preciso investir em uma estação de recarga rápida (vendida pela Chevrolet por R$ 6.900), já que o uso de uma tomada convencional de 220V é quatro vezes menos eficaz. Já em um carregador ultrarrápido, bastam 30 minutos para rodar 160 quilômetros.

O visual interno do Bolt é limpo: volante, quadro de instrumentos digital de 8 polegadas e a tela de 10 polegadas do multimídia. O acabamento traz material emborrachado em boa parte do painel e nas portas, que contrastam com um material mais rústico, aparentando uma fibra de vidro. Uma faixa de LED ilumina o interior e decora o painel. Mas, bancos em couro e tapetes acarpetados deixam a impressão geral longe do despojamento.

Porta-malas do Bolt tem volume declarado de 478 litros.

Destaque é a alavanca de câmbio tipo joystick, com 2,60 m de entre eixos e assoalho plano, com bom espaço interno. Banco traseiro oferece conforto razoável para 3 ocupantes, com direito a um sistema de aquecimento, assim como os bancos dianteiros e o volante. O porta-malas não é tão espaçoso quanto o volume declarado de 478 litros sugere. O compartimento de bagagem é dividido em dois níveis, abrigando ainda o kit de reparo dos pneus (é isso mesmo, não temos pneu sobressalente) e o cabo de recarga das baterias.

Vendido no Brasil em versão única Premier, entre os itens de série do Bolt, destaque para a tecnologia semiautônoma em funções como assistente de permanência na faixa de rodagem, alerta de ponto cego com sensor de aproximação repentina, aviso de tráfego traseiro cruzado, alerta de colisão frontal com detecção de pedestre, frenagem automática em baixa velocidade e farol alto adaptativo.

Completam o pacote de segurança os airbags frontais, de joelho, laterais para as duas fileiras e de cortina, câmera 360 graus, imagem ampliada da traseira no retrovisor interno, controle de estabilidade e assistente de frenagem de emergência. A lista de equipamentos de série ainda tem central multimídia com sistema de som de alta definição, faróis de xênon e chave presencial.

Das marcas de maior volume, o Chevrolet Bolt tem dois concorrentes principais. O mais “em conta” é o Renault Zoe, a partir de R$ 203.678, com design pouco atraente e acabamento espartano. Seu motor elétrico tem 92cv de potência e 22,4kgfm de torque. Os números de autonomia e tempo de recarga divulgados pela marca são subjetivos demais para ser replicados.

Já o Nissan Leaf tem um projeto mais maduro, um acabamento superior e custa R$ 239.900. O motor tem 149cv de potência e 32,6kgfm de torque. Sua autonomia é de 240 quilômetros e sua carga completa pode ser feita em 8 horas em uma estrutura de carregamento rápido.

Chevrolet Bolt EV, um elétrico com carinha de carro comum.

Frente a esses concorrentes, o Bolt é mais caro, mas tem melhor desempenho e autonomia. Por R$ 262.100, este compacto elétrico está longe de ser uma barbada, mas é preciso deixar claro que nos Estados Unidos essa versão de topo Premier também é salgada, custando US$ 41.895 (sem incentivos). É o mesmo preço de um Camaro dos mais bem equipados. E, levando em conta o câmbio desfavorável e os custos de importação, é claro que a Chevrolet não lucra com o modelo no Brasil. (em)

sexta-feira, 26 de março de 2021

Primeiras naceles do complexo eólico de Chafariz iniciaram jornada até o sertão paraibano

Primeiras naceles que formarão o complexo eólico de Chafariz, da Neoenergia, iniciaram jornada de mil quilômetros até o sertão paraibano.

Cada equipamento pesa aproximadamente 1,4 toneladas e deve percorrer cerca de mil quilômetros até as obras de instalação do Complexo Eólico de Chafariz, no sertão paraibano. Quando concluído, empreendimento terá capacidade instalada de 471,2 MW.
As três primeiras naceles, das 136 que formarão os aerogeradores do Complexo Eólico de Chafariz, iniciaram suas jornadas de entrega em 25/02/2021. Com cerca de 1,4 toneladas, os equipamentos fabricados pela Siemens/Gamesa percorrerão 1000 km até as instalações do complexo em Santa Luzia, na Paraíba. As naceles, de fabricação nacional, são desenvolvidas em Camaçari, na Bahia, e ficarão instaladas a 84 m de altura, o equivalente a um prédio de 28 andares, movimentando pás que chegam a 129 m de diâmetro. Ao todo, o empreendimento contará com 136 aerogeradores, em 15 parques eólicos, um dos modelos mais modernos do mercado global.
O complexo, quando totalmente concluído, em 2022 terá potência instalada de 471,2 MW de energia limpa e renovável. Desde o início das obras, em outubro de 2019, foram criados aproximadamente 1,4 mil postos de trabalho. A construção dos parques beneficiou a região também com ações voluntárias sociais e ambientais, como a capacitação e contratação de profissionais e a doação de painéis solares para escolas e unidades de saúde públicas. Os municípios do Sertão paraibano vão continuar recebendo investimentos da Neoenergia, com a implantação de uma linha de transmissão e a primeira usina solar de grande porte da empresa.
- Sobre a Neoenergia: companhia de capital aberto com ações (NEOE3) negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Parte do grupo espanhol Iberdrola, a empresa atua no Brasil desde 1997, sendo atualmente uma das líderes do setor elétrico do país. Presente em 18 estados, seus negócios estão divididos nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização. As suas distribuidoras, Coelba/BA, Celpe/PE, Cosern/RN e Elektro/SP/MS, atendem a mais de 14 milhões de clientes, o equivalente a uma população superior a 34 milhões de pessoas.

A Neoenergia possui 4 GW em geração, sendo 88% de energia renovável, e está implementando mais 1 GW com a construção de novos parques eólicos. Em transmissão, são 679 km de linhas em operação, 361 km (três trechos) entregues e cerca de 6.000 km em construção, já considerando o lote arrematado no leilão de dezembro de 2020. Por meio do Instituto Neoenergia, fomenta o desenvolvimento sustentável a partir de ações socioambientais e, assim, contribui para a melhoria da qualidade de vida das comunidades onde a empresa atua, sobretudo, pessoas mais vulneráveis, visando sempre pelo desenvolvimento sustentável.

A partir de janeiro de 2021, a Neoenergia passa a integrar a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – que reúne companhias que possuem as melhores práticas de governança e sustentabilidade corporativa. (informaparaiba)

1ªs naceles do Complexo Eólico de Chafariz iniciam jornada até a Paraíba

Quando concluído, empreendimento terá capacidade instalada de 471,2 MW.

A Neoenergia comunicou que as três primeiras naceles, das 136 que formarão os aerogeradores do Complexo Eólico de Chafariz, iniciaram suas jornadas de entrega em 25/02/2021. Pesando cerca de 1,4 toneladas, os equipamentos fabricados pela Siemens Gamesa percorrerão cerca de mil quilômetros até as instalações do complexo em Santa Luzia, na Paraíba.
Segundo a companhia, as naceles, de fabricação nacional, são desenvolvidas em Camaçari, na Bahia, e ficarão instaladas a 84 metros de altura, o equivalente a um prédio de 28 andares, movimentando pás que chegam a 129 metros de diâmetro. Ao todo, o empreendimento contará com 136 aerogeradores, em 15 parques eólicos, um dos modelos mais modernos do mercado.
Ao término da obra em 2022, o complexo terá potência instalada de 471,2 MW de energia limpa e renovável. Desde o início das obras, em outubro/2019, foram criados aproximadamente 1,4 mil postos de trabalho. A construção dos parques beneficiou a região também com ações voluntárias sociais e ambientais, como a capacitação e contratação de profissionais e a doação de painéis solares para escolas e unidades de saúde públicas. A empresa destacou que os municípios do Sertão paraibano vão continuar recebendo investimentos da Neoenergia, com a implantação de uma linha de transmissão e a primeira usina solar de grande porte da empresa. (canalenergia)

C&A abastece lojas de RJ e DF com energia de usinas solares

C&A abastece lojas do RJ e DF com energia proveniente de usinas solares.

Projeto e construção das usinas serão realizado em parceria com a Faro Energy.

A C&A Brasil anunciou sua parceria com a Faro Energy para a construção de duas usinas solares no país. Com previsão de entrega no primeiro semestre de 2021, as usinas abastecerão, inicialmente, 11 lojas da varejista localizadas no Rio de Janeiro e em Brasília por 10 anos, com possibilidade de prorrogação de contrato por mais uma década e ampliação no número de unidades a receber energia limpa.

Segundo a C&A, as usinas solares contarão com aproximadamente sete mil módulos fotovoltaicos, que representam uma potência instalada de 2,5 MW.
Por ano, as 2 usinas terão capacidade para gerar 5,5 GWh, energia suficiente para abastecer o equivalente a 2,8 mil residências no mesmo período. As usinas estão situadas no Vale do Paraíba em RJ e na região Administrativa de Brazlândia em DF.

A companhia informou que com o uso de energia solar proveniente das usinas, anualmente a C&A Brasil evitará, a emissão de 1,8 mil toneladas de CO2, montante equivalente ao plantio de 11 mil árvores. A varejista estima ainda uma economia potencial de cerca de R$ 20 milhões até o final do contrato, além dos ganhos socioambientais, como: redução das emissões dos gases de efeito estufa e a obtenção de energia renovável.

A empresa complementou que dentre os fatores que contribuem para alcance desses índices está o uso da chamada tecnologia tracker ou seguidores solares. Trata-se de um dispositivo que acompanha o movimento do sol ao longo do dia e altera a posição dos painéis fotovoltaicos seguindo a luz solar para potencializar a produção de energia. Outro diferencial é o uso de módulos fotovoltaicos bifaciais, responsáveis por absorver os raios solares tanto do céu quanto os refletidos pelo solo, otimizando ao máximo a captação do recurso natural e apresentando uma solução de alta eficácia. (canalenergia)

quarta-feira, 24 de março de 2021

Geração de bioeletricidade registra alta em 2020

Setor sucroenergético foi o responsável por 82,3% da energia elétrica gerada a partir de biomassa.
Em 2020, a geração de bioeletricidade (incluindo os resíduos sucroenergéticos, biogás, lenha, lixívia, resíduos de madeira, capim elefante, casca de arroz) para a rede foi de 27.476 GWh. Alta de 0,9% em relação a 2019. Os dados são do Boletim de Bioeletricidade da UNICA, elaborado a partir de dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
No ano passado, o setor sucroenergético foi o responsável por 82,3% da energia elétrica gerada a partir de biomassa. Ou seja, 22,6 mil GWh ofertados à rede. Volume que representou crescimento de 0,9% na comparação com 2019.
O boletim também mostra que, considerando os últimos 10 anos (2011-2020), a geração acumulada de bioeletricidade sucroenergética para a rede foi de 186.436 GWh, geração que seria suficiente para suprir o consumo de energia elétrica do mundo por 3 dias, da União Europeia por 22 dias, da Europa por 17 dias, da China por 10 dias, dos Estados Unidos por 12 dias, e das Américas Central e do Sul por 62 dias. (odebate)

Usina termoelétrica em PA tem licença para construção de nova fase

Usina termoelétrica do Pará recebe licença do Governo para nova fase de construção.
Usina termoelétrica

Usina termoelétrica Novo Tempo situada em PA recebe uma nova licença e deve iniciar a segunda fase da sua construção em 2021.

A Usina termoelétrica Novo Tempo, localizada no Pará, no baixo Tocantins, foi licenciada pela SEMAS - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, após uma análise de impactos ambientais realizada pelos técnicos da secretaria agora, já pode dar início à implantação das obras da usina termoelétrica.

A primeira fase da instalação da usina termoelétrica já havia sido autorizada pelo governo estadual em setembro/2020. A segunda fase será compósita pela construção dos módulos da usina e das turbinas, para assim poder fazer com que o gás natural chegue pelo píer, que já foi construído na fase anterior da usina termoelétrica.

Governo licencia termelétrica que produzirá energia sustentável no Pará.

Usina termoelétrica Novo Tempo será a primeira do Pará

A Usina termoelétrica Novo Tempo será a primeira termoelétrica de gás natural do estado do Pará, e contribuirá com a demanda de geração de energia elétrica do país por meio do Sistema Nacional de Energia do Brasil.

A usina terá potência de 600 megawatts e irá gerar cerca de 800 postos de trabalhos diretos e 2 mil indiretos. As obras também devem consumir em torno de 30% dos produtos e serviços de fornecedores do Pará, movimentando a economia regional.

Benefícios econômicos e ambientais

Além dos benefícios econômicos, o Estado do Pará sairá ganhando também em termos ambientais, já que a energia do combustível produzido, o gás natural, é bem menos poluente que outros combustíveis fósseis, como o óleo e o carvão, isso porque é transformada em calor por meio da sua combustão, que ocorre dentro das turbinas movidas a gás; são gerados gases a altas temperaturas e velocidades, que movimentam as turbinas, e estas por sua vez acionam os geradores onde se obtém a energia elétrica.

A oferta desse tipo de combustível é fundamental para geração de energia e pode ser aplicado para o consumo doméstico e para o fomento das indústrias de toda a região.

O Pará está mais perto da produção de energia sustentável.

A SEMAS emite licença que permite o início das obras da primeira usina a gás natural do Pará, uma geração de energia de baixo carbono. (clickpetroleoegas)

Outro Lado da Moeda do Carro Elétrico

O Outro Lado da Moeda do Carro Elétrico – Visão de um Curioso.
Texto pretende tratar sobre os veículos automotores elétricos sob o ponto de vista de um “Leigo Curioso”. Especificamente pensando no objeto Carro, que mais e mais tem sido desenvolvido para gerar conforto, satisfação e menor emissão de resíduos tóxicos na atmosfera.

Essa tentativa de corresponder ao “Politicamente correto”, ao “Conscientemente Sustentável” e ao “Revolucionário” estaria realmente beneficiando a sociedade? O termo “Leigo Curioso” é usado porque, mesmo o texto tratando sobre assuntos complexos, quis me aventurar na esfera automotiva e até mesmo na química para sanar questionamentos próprios e, talvez, gerar novos. Eis o motivo do Leigo: sou um leigo completo com relação aos assuntos presentes. Mas também o motivo do Curioso: buscar respostas num mundo onde a “desinformação” cresce propositadamente e a passos largos.

- Pois bem, quanto ao “Motor” do veículo: Considerando a Força de Torque de um carro elétrico perante a de um carro a combustão, ela se mostra imensamente mais potente, isso porque enquanto um carro a combustão precisa alcançar uma rotação maior para gerar seu torque máximo (que aumenta conforme a rotação do motor aumenta), o motor elétrico, porém gera torque imediatamente (igual quando ligamos um ventilador: ele não demora a acelerar as hélices, isso porque o motor elétrico gera muito Torque imediatamente)

Qual seria a desvantagem então? Considerando que os acidentes de trânsito estão entre as 10 maiores causas de morte no mundo, segundo estudo de 2018 da OPAS, esses números teriam um aclive pela inexperiência dos condutores com tamanha tração num intervalo de tempo tão curto.

 

- Imaginemos um engarrafamento numa rodovia. Um toque no acelerador bastaria para que o carro saísse da inércia. Essa aceleração brusca poderá, nas mãos de condutores inexperientes ou irresponsáveis, causar inúmeros acidentes. Em estacionamentos onde há a necessidade de se manobrar o carro para encaixá-lo em uma vaga, os números de batidas em outros veículos seriam altíssimos, sem contar atropelamentos.

- Outro fator importante sobre essa nova modalidade de veículos é que eles não produzem ruídos como os usuais. O ruído de um motor a combustão é característico, exagerado e muitas vezes “marca registrada” de uma empresa, como por exemplo, o barulho das motos “Harley Davidson”. Mesmo que muitos carros possuam abafadores para suprimir o ruído é possível ouvir claramente quando seu motor está ligado ou desligado.

- Porém, o futuro promete cada vez menos ruídos produzidos pelos veículos. Não levemos isso como algo ruim, problemas sonoros em cidades grandes diminuiriam, e muito, com o advento de motores silenciosos, mas o problema está naquilo que as pessoas ainda provavelmente não perceberam.

- Pedestres hoje, em sua grande maioria, acham que podem atravessar faixas de pedestre em plena segurança sem nem mesmo olhar para ver se há algum veículo se aproximando. Pessoas que ignoram a sinalização de semáforos e se “atiram” nas faixas de pedestres tendo certeza de que os veículos pararão por estarem no uso pleno de seu direito de atravessar. Pessoas que, por desatenção, estresse, preocupação, embriaguez e por outros fatores atravessam a rua ignorando a presença de veículos, não “olhando para os dois lados” e apenas baseando-se pelos ruídos — ou falta deles.

- Não podemos negar que existem pessoas atentas e desatentas e que em vários momentos nos orientamos mais pelos sons do que pela visão, como, por exemplo, atravessar a rua. Caso o carro elétrico seja um que esteja passando quando uma pessoa for atravessar a rua, ele não produzirá ruídos para alertar o transeunte, podendo, caso ambos estejam desatentos, causar um acidente que poderia ser evitado. E quanto às pessoas cegas? Elas que definitivamente não podem valer-se da visão para ir de um ponto a outro teriam de ter uma atenção redobrada para tentar ouvir se há ou não um veículo se aproximando. Em uma cidade grande, porém, essa tentativa seria mais do que nula, deixando-a mais vulnerável.

- O avanço de sinal fechado dos semáforos é comum e acontece em todas as cidades do Brasil e talvez do mundo. Seria, portanto, ingenuidade considerar que com carros silenciosos esses infratores respeitariam a sinalização evitando causar acidentes. Isso apenas intensificaria as chances de um acidente ocorrer.

- A realidade é a de que acidentes de trânsito podem aumentar muito. A falta de ruídos provocados pelos motores elétricos é uma inovação, mas também um perigo para os desatentos e os imprudentes, portando é preciso cautela de ambas as partes para evitar acidentes.

- Quanto à questão da energia do carro, ela é fornecida por meio de baterias. Elas seriam ecologicamente sustentáveis de serem produzidas ou danificariam o meio ambiente?

- A Produção dos motores elétricos seria mais custosa e menos sustentável do que a dos motores comuns a combustão porque envolve a mineração de um minério menos abundante no planeta do que o ferro: o Lítio. Ao pesquisarmos nos navegadores online sobre a “Porcentagem de ‘ferro’ no planeta”, por exemplo, encontramos a resposta de que apenas 4% da superfície da Terra é composta por ferro. Em contrapartida apenas 0,004% dessa superfície é composta por Lítio. Isso significa que (explorações pelo mineral) seriam no mínimo 1000 vezes mais intensas do que são em comparação ao ferro para se equipararem em produção hoje. Essa mineração intensa causaria devastações em diversas regiões onde o minério se encontra, além de poluição e outros fatores ambientais que devem ser muito bem medidos antes de colocada em prática. Seria possível o desenvolvimento de novas formas de mineração eficientes o suficiente para substituir as atuais? As antigas podem ser melhoradas? Quanto custaria para manter o maquinário dessas minas?

- E qual seria o custo de uma bateria elétrica para um veículo? Os preços variam muito e ainda são desconfortáveis para muitos brasileiros. As baterias hoje começam seus custos em R$10.000 e engordam conforme o valor do veículo aumenta. Porém, está acontecendo uma “corrida” para produzir baterias mais eficientes. Previsões estimam que até 2025 essas baterias já tenham superado a autonomia dos carros convencionais a combustão e tornem-se uma opção mais rentável para os consumidores, um fenômeno nomeado de “Paridade”.

- Há ainda mais um problema: abastecer um carro convencional é muito mais rápido e prático do que um elétrico. Os convencionais abastecem-se pela injeção de combustível em seus tanques diretamente de postos de gasolina e demoram questão de minutos para serem abastecidos e o serviço ser pago. Já os elétricos carregam da mesma forma que um celular: devagar e sempre. Para aqueles que desfrutem de placas fotovoltaicas em casa esse problema pode diminuir um pouco, mas o tempo despendido para carregar o veículo continua o mesmo. Em casa, utilizando aparato adequado para que não haja riscos de explosão, danos na rede elétrica ou até mesmo no próprio veículo, levariam horas para que o veículo fosse totalmente carregado. Em postos de carregamento seriam necessárias por volta de 2 horas para que a carga fosse completa. Se a bateria de um celular demora quase 1 hora para ser carregada hoje, a de um carro não será mais rápida.

- Pensando em uma viagem em família do interior do estado de São Paulo até o litoral, por exemplo, ela deveria ser interrompida por pelo menos 2 horas para que o carro possa ser recarregado, o que aconteceria muito provavelmente antes que pudessem atingir o final da viagem. Além disso, no Brasil há pouquíssimas estações de carregamento: a maioria na Região Metropolitana de São Paulo, alguns poucos postos no Rio de Janeiro e um ou dois em Minas Gerais. Isso quer dizer que dependeríamos de mais postos espalhados pelo país para que o consumo desse tipo de tecnologia começasse a ser viável e, mesmo assim, o tempo despendido para carregamento não se igualaria em nada ao do abastecimento de veículos comuns.

- Mirando um pouco “fora da caixa”, os primeiros veículos surgiram séculos atrás e eram baseados em tração animal. Posteriormente surgiram os veículos automotores, movidos principalmente por carvão (um mineral fóssil sólido). Quase nos anos de 1900 os primeiros carros movidos a combustíveis líquidos surgiram e são usados até hoje (obviamente considerando avanços tecnológicos que melhoraram esses veículos, mas a base é a mesma). Considerando os “estágios” da evolução dos veículos, não seria errôneo considerar que, ao sairmos da tração animal e percorrermos 2 estados fundamentais da matéria como forma de combustível, o correto é apenas pular o estado gasoso e partir direto para a eletricidade? Não seria prudente investir no combustível gasoso (que é considerado “verde”) em vez de avançarmos para o elétrico “de cara”? . Seria uma questão de “dar passos conforme o tamanho da perna” ou “não colocar a carroça na frente dos bois”, já que estamos falando de veículos.

- Hoje a autonomia de um veículo elétrico top de linha é de quase 400 km, mas o veículo movido a hidrogênio tem autonomia de mais de 600 km com um “tanque”. Seu preço para ser abastecido de €$ 60 (R$ 400) decorre de um mercado que ainda engatinha e mesmo assim parece inovador e promissor. A tecnologia que seria desenvolvida para o carro movido a hidrogênio, posteriormente quando estiver mais avançada, poderia ser usada como base para desenvolver carros elétricos mais potentes do que os presentes hoje. Existem diversos benefícios a serem explorados na tecnologia da combustão do hidrogênio e existem estudos que comprovam isso.

- Também, mas não menos importante, a ocorrência de acidentes com baterias de lítio deve ser ponderada. Vídeos pela internet mostram veículos elétricos explodindo, causando acidentes graves e deixando o próprio veículo destruído. Cabe dizer que essas baterias são feitas pelo minério Lítio. Ao pesquisar sobre a reação do Lítio na água, constata-se que o composto se dissolve nela e emite um gás altamente inflamável. Reação: 2Li [S] + 2 H2O [L] → 2LiOH [AQ] + 2 H2 [G].

- Baterias, tanto de celular quanto de carros elétricos podem explodir, e sua explosão produz gases e fogo. Pessoas despreparadas para lidar com esses veículos certamente tentariam apagar o fogo com água, o que apenas pioraria a chama e causaria novas explosões pelo contato da bateria de lítio com a água, juntamente do fogo com o gás inflamável emanado pela primeira reação. Dessa forma, o descuido e o desconhecimento das pessoas poderiam causar acidentes. Até mesmo bombeiros precisam estar atentos a essas circunstâncias para evitar novas explosões.

- Então para evitar esses acidentes o país precisa de normas de segurança para regulamentar a produção e controle de qualidade, tanto dos veículos quanto de postos de carregamento para que explosões e acidentes sejam evitados. Também vale refletir como acontecerá a manutenção dos veículos e baterias, se será imensamente custosa e de que forma será feita? Tais medidas desbancarão inúmeras concessionárias e oficinas mecânicas ou alavancarão um novo ramo no mercado? O pessoal que trabalhará com esses novos veículos precisará de conhecimentos específicos para saber lidar com problemas eventuais e, dessa forma, encarecerá a mão de obra no país?

- E como será feito o descarte do material usado, velho ou quebrado? Para onde essas baterias de lítio irão? Hoje há empresas que recebem as baterias, mas como esse material chegará até tais empresas? Certamente isso despenderá dinheiro público ou investimentos dessas empresas para abranger locais de coleta de resíduos.

- Aparentemente não há ainda legislação que regulamente o descarte correto, e muito menos fiscalização severa.

- Portanto o carro elétrico no Brasil, segundo esse ponto de vista, ainda é uma escolha equivocada. Essa tecnologia é sem dúvida revolucionária e merece ser pesquisada e melhorada, mas enquanto esses melhoramentos não ocorrerem e seus efeitos tanto em infraestrutura quanto em legislação não se fizerem presentes no Brasil, os veículos comuns parecem ser a melhor opção.

(ecodebate)

segunda-feira, 22 de março de 2021

Novo sistema de energia solar não requer mais conexão com a rede elétrica

Painéis solares

Inovando na energia solar: empresa cria um novo sistema de geração fotovoltaica que não requer mais conexão com a rede elétrica

Sabe-se que a rede elétrica as vezes tem um acesso bem difícil em determinadas áreas, como a rural, por exemplo, e a energia solar é um fator de suma importância, para o produtor rural e afins. O sistema de energia solar surge como uma alternativa de redução de impacto ambiental e garante assim uma autonomia energética para os agricultores.

A Renovigi Energia Solar, empresa que desenvolve sistemas fotovoltaicos, está lançando um novo sistema autônomo de energia solar. O sistema de energia solar se desprende totalmente da rede elétrica, funcionando de forma autônoma, a tecnologia contém uma bateria de lítio para armazenamento de energia solar nos períodos em que não há geração de luz.

Energia solar: empresa lança novo sistema que dispensa conexão com a rede elétrica.

A tecnologia contém uma bateria de lítio para armazenar energia solar nos períodos em que não há geração de eletricidade.

Novo sistema de energia solar desconectado da rede elétrica traz bons resultados.

Segundo Antônio Carlos Federico, diretor comercial de marketing e novos negócios da Renovigi, empresa responsável pelo novo sistema de energia solar, que se desconecta da rede elétrica, tem apenas oito meses que foi desenvolvido, e traz muitos benefícios para o produtor rural. “É um sistema totalmente desconectado da rede elétrica, o que é muito bom porque tem propriedades distantes da rede de distribuição”, afirma.

Segundo o diretor, são instalados painéis solares no solo ou no telhado da propriedade, que são ligados a um inversor inteligente que transforma e gerencia a energia. “É muito interessante porque, diferente do sistema convencional, você pode usar o sistema solar durante o dia, e a bateria durante a noite”, aponta.

O diretor da empresa, destaca que a bateria de lítio do novo sistema de energia solar, não requer manutenção. “É uma bateria bem diferente das automotivas, e não há nada muito diferente na instalação. Você só vai precisar cobrir a bateria e o inversor. São pequenos, não aquecem e não geram ruído”, diz. (clickpetroleoegas)

Brasil gerará com energias alternativas mais de 1 milhão de empregos e reduzirá emissão de CO2

Com investimentos em energias alternativas, Brasil pode gerar mais de 1 milhão de empregos e reduzir em 28 toneladas a emissão de CO2 até 2025, aponta estudo.
World Economic Forum e Accenture ouviram mais de 25 empresas de serviços públicos globais e trazem análise específica para o País.

O Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Accenture, divulga uma nova análise em várias regiões, explorando o caminho das concessionárias em meio à pandemia de Covid-19 em curso e as oportunidades para acelerar o crescimento econômico e a transição para energia limpa.

Um Grupo de Ação da Indústria que incluiu mais de 25 empresas de serviços públicos globais e empresas de tecnologia de energia buscou avaliar de forma holística os resultados econômicos, ambientais, sociais, bem como desdobramentos técnicos de potenciais soluções de energia.

A análise revelou que no Brasil, nos próximos cinco anos, os investimentos da indústria de energia alternativa – como a solar e a eólica – e o impacto da digitalização das cidades para um modelo mais inteligente e eficiente podem gerar mais que 1,2 milhão de novos empregos e reduzir em 28 toneladas a emissão de CO2.

Na análise, foram mapeados diversos elementos da cadeia de valor do setor elétrico no País, como emissão de gás carbônico, pegadas d’água, acesso a eletricidade, qualidade do ar, resiliência e segurança do setor, qualidade de serviços e flexibilidade. No entanto, foram aspectos como: impactos no emprego e na economia, eficiência do setor e produtividade, investimento estrangeiro, atualização de sistemas e competitividade que se destacaram no cenário nacional.

Com o mapeamento do setor elétrico brasileiro, foi possível identificar um modelo que pode direcionar a transformação e atualização do País em termos de energia, utilizando sua grande fonte de energia hidrelétrica como alicerce para sustentar a população enquanto investimentos em fontes alternativas de energia ganham força, como a solar e a eólica, bem como o investimento em cidades integradas e inteligentes.

Ampliação do setor elétrico

O relatório traz, ainda, que a demanda por energia no País deve triplicar até 2050, o que fortalece a necessidade de investimentos no setor. Para isso, o Brasil deve precisar de ao menos 38 novas linhas de distribuição de energia com mais de 5 mil quilômetros de extensão, o que significa um investimento de mais de R 10 bilhões¹.

¹dados da Empresa de Pesquisa Energética, articulada com o Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Economia.

Impactos do Covid-19 no setor

Apesar da necessidade de crescimento e modernização do setor elétrico, o Brasil – assim como todos os países do mundo – sofreu fortes impactos por conta da pandemia da Covid-19. Isso, somado aos problemas já existentes no País, pode dificultar a modernização do setor. Entre os principais pontos, pode-se destacar:

Pontos negativos:

Ao longo do período de pandemia, o foco do País foi em manter a operação básica funcionando, com cortes massivos em investimentos vistos como não essenciais.

A demanda por energia caiu dois dígitos se comparado ao mês de maio do ano anterior.

O mercado como um todo sofreu um forte golpe, com redução do volume de operações em torno de 47% no mercado automotivo e 38% no setor de serviços.

Com isso, o PIB do País tem estimativa de queda de aproximadamente 9%.

Pontos positivos:

O Brasil testemunhou um aumento de 53% na geração de energia solar em abril de 2020.

Como resultado da Covid-19, foi observado um aumento no foco em eficiência operacional e planejamento financeiro por parte das empresas operando no Brasil.

Durante o período de quarentena, foi possível notar uma queda abrupta na concentração de gases como NO, NO² e CO na cidade de São Paulo, com quedas de 77%, 54% e 65%, respectivamente.

Como se recuperar da crise?

O estudo aponta, contudo, alternativas para uma recuperação do setor elétrico no Brasil, baseado em três fatores principais:

Expansão de energias renováveis não hidrelétricas

Acelerar a expansão das energias renováveis não hídricas (~ 7 GW eólica e solar) por meio de várias iniciativas, como fomentar o mercado liberalizado (ACL) com contratos de compra de energia inovadores (PPAs), desenvolver uma nova solução estruturada para o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), e substituição de termo-planta fóssil.

Digitalização da Transmissão e Distribuição (T&D)

Abordar os problemas de confiabilidade e qualidade de energia por meio de investimentos básicos na rede de distribuição e, em seguida, digitalizar e moderniza a rede elétrica do Brasil por meio de redes inteligentes, medidores inteligentes, internet das coisas (IoT) e recursos de energia distribuída (DER).

Cidades Inteligentes e Eficientes

Investir em cidades inteligentes por meio do desenvolvimento de uma rede digital de energia, possibilitando eficiência energética e novos modelos de negócios de suporte à geração distribuída, DERs e mobilidade elétrica, além de serviços públicos como iluminação pública e manejo da vegetação. (ecodebate)