A Volkswagen Caminhões
(VWCO), que se intitula como a primeira fabricante a lançar um caminhão
elétrico, oferta o e-Delivery nas versões 4×2 (11 toneladas) e 6×2 (14
toneladas).
Dentre as interessadas, a
cervejaria Ambev fez o pedido de 1.200 unidades, sendo as 100 primeiras
unidades entregues ainda neste ano de 2021. A VWCO e a Ambev já realizaram
testes em aplicações reais e rodaram mais de 50 mil quilômetros dentro da
cidade de São Paulo – a cervejaria se diz satisfeita com os resultados.
A Ambev também fechou negócio
com a FNM-Agrale e comprou 1.000 unidades. A produção dos modelos será
realizada na fábrica da Agrale em Caxias do Sul. O novo FNM elétrico tem
autonomia de 200 km.
A chinesa JAC Motors,
importada para o Brasil pelo Grupo SHC, apresentou em setembro de 2020 o
iEV1200T na versão 4×2 (7,5 toneladas) e autonomia de até 200 km. Segundo
informações da JAC, é possível rodar até 250 km caso o motorista seja
“cuidadoso nas acelerações e não usar o ar-condicionado”.
Nesta semana, o Grupo SHC
comunicou a entrega de 11 unidades do modelo, sendo 10 para a PepsiCo e uma
para a DHL. Outra empresa a receber o caminhão foi a ManLog, o primeiro modelo
elétrico da região Centro-Oeste.
Outra chinesa, a BYD tem
feito investimentos no Brasil e tem focado tanto na produção de chassi de
ônibus elétricos como caminhões, que estão voltados mais para o recolhimento de
resíduos residencial – caminhão de lixo, no popular.
Vantagens e desvantagens
Outra vantagem também está
ligada diretamente ao torque. Nos motores a combustão, temos a curva de torque,
ou seja, o torque do motor e entregue em uma faixa de RPM, já nos motores
elétricos temos o torque instantâneo, por isso carros como Tesla tem a
aceleração de 0 a 100 km/h de forma absurda.
Como desvantagem, os
problemas estão nas baterias. A capacidade delas é limitada e, para ter
autonomia na faixa dos 200 km, é necessário usar muitas. Isso acrescenta mais
peso, não é algo vantajoso em um caminhão. Isso se deve ao PBTC.
De forma simples, o PBTC é o
peso do caminhão somado do implemento (o peso do baú ou carroceria) e do o peso
da carga. Se o caminhão elétrico em si for muito pesado acaba sobrando pouco
“espaço” para a carga. Isso é algo fácil de se notar: os modelos elétricos
disponível no mercado inicia de 7,5 toneladas a 14 toneladas.
Por fim, o tempo de carregamento
das baterias, também é uma desvantagem tanto em carros como em caminhões.
Mercado
No setor de transportes,
temos uma variedade de aplicações e necessidades para os caminhões elétricos, e
as montadoras estão de olho nesse mercado. Apesar da baixa autonomia dos
modelos elétricos, a Ambev, por exemplo, coloca esse tipo de veículo em rotas
de entrega de 100 km e, com isso, o modelo não tem o risco de ter uma “pane
seca” e cumpre bem o seu objetivo.
Outra aplicação é a movimentação portuária, onde alguns containers são transportados de um lado para o outro dentro do porto ou até mesmo para fora, a “puxadinha de porto”.
Em geral, os caminhões elétricos ainda têm um bom chão pela frente, o desenvolvimento de novas tecnologias principalmente de armazenamento de energia pode mostrar um futuro promissor para esses modelos. (biodieselbr)
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