Brasil
pode despontar como referência na célula de combustível a hidrogênio com uso do
etanol.
Assista
ao vídeo da entrevista com Edmundo Barbosa, Presidente do Sindalcool Paraíba: https://www.youtube.com/watch?v=h6RIa8Gww1Q&t=13s.
“A
célula de combustível a hidrogênio é uma parceria de longo prazo que queremos
construir com a Bosch, que hoje é uma empresa que fatura sete bilhões na
América Latina. Com certeza, é uma marca que tem grande contribuição no mundo.
Esperamos que a tecnologia de célula de combustível movida a etanol,
desenvolvida aqui, alcance países como a Índia, que possui 9 das 10 cidades
mais poluídas do mundo”, disse o presidente do Sindalcool/PB, Edmundo Barbosa,
que foi o anfitrião do evento e também conduziu os diálogos.
A
Bosch é uma empresa que acredita na eletrificação dos carros com o uso do
etanol. Isso será possível graças ao desenvolvimento da célula de combustível à
base de etanol, que também está sendo desenvolvida pela Nissan e Volkswagen.
Com essa tecnologia, uma reação química que acontece dentro do motor do veículo
retira o hidrogênio do etanol e gera a eletricidade capaz de movimentá-lo com
autonomia e sem gerar emissões poluentes.
“Essa
é uma grande oportunidade que o Brasil e a indústria do etanol têm para gerar
energia com célula de hidrogênio, tanto para estacionários, como para a
mobilidade urbana. Até 2050, sabemos que teremos uma mobilidade livre de
dióxido de carbono/CO2 e o Brasil fez a decisão certa em prestigiar
o etanol, pois é um biocombustível que também impulsiona a economia local e
gera empregos para o país”, disse o presidente da Bosch na América Latina,
Besaliel Botelho.
Durante
o encontro online, Botelho também recebeu o Prêmio Prosperidade, um
reconhecimento dado pelo Sindalcool/PB a pessoas e empresas que contribuem para
a prosperidade e o desenvolvimento através dos biocombustíveis, da redução de
emissões e da preservação do meio ambiente. O prêmio foi anunciado pelo
diretor-presidente da Usina Miriri, Gilvan Morais Sobrinho.
Estavam presentes na reunião representantes de todos os estados produtores de etanol no Brasil e também dirigentes como o presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar/UNICA, Evandro Gussi, e o presidente do Fórum Nacional do Sucroenergético, André Rocha.
De acordo com o presidente do Sindalcool/PB, o evento alcançou seus objetivos. "A reunião alcançou o objetivo de iniciarmos uma agenda ainda mais positiva. Valorizamos, nessa reunião, o desenvolvimento da tecnologia Flex pela indústria automotiva e registramos o crescimento econômico gerado por essa tecnologia. O Brasil produzia, em 2003, pouco mais de 200 milhões de toneladas de cana e hoje o volume de cana atinge mais de 600 milhões. Agora, são produzidos mais de 32 bilhões de litros de etanol. Muitas cidades cresceram em razão do desenvolvimento que a produção do etanol e do açúcar trouxeram com os veículos Flex. A poluição foi reduzida em grandes cidades, muitas mortes foram evitadas pelo uso do etanol. O País teve menores importações de derivados de petróleo, maior arrecadação de impostos e a quantidade de empregos dobrou", disse Edmundo.
Segundo
o executivo, um novo "salto de prosperidade" estar por vir.
"Hoje, estamos diante de um novo salto de prosperidade com o etanol. O
hidrogênio, o elemento mais abundante no universo, está contido no etanol,
intensivo em energia, pode ser produzido com vantagens biomassa da cana e do
milho é renovável. O hidrogênio do etanol é seguro e tem emissão zero. O Brasil
é o único país que dispõe de rede nacional de abastecimento de etanol. Estes
fatores são decisivos para a eletrificação dos automóveis e caminhões sem os
ônus de baterias que custam cinco vezes mais para serem recicladas e ainda usam
energia suja", pontuou Barbosa.
Brasil
pode despontar como referência mundial com célula de combustível abastecida com
etanol
Após
18 anos do lançamento do motor bicombustível, o motor flex, que fez a indústria
do etanol ganhar um novo fôlego no início dos anos 2000, o Brasil, e o setor
sucroenergético brasileiro, podem despontar agora como referência mundial no
desenvolvimento da célula de combustível movida a etanol, que poderá ser uma
nova revolução para a indústria automobilística, que precisa zerar as emissões
de carbono até 2035.
“Hoje
no Brasil precisamos de outro momento como protagonistas. Precisamos de uma
nova virada. Acho que esse é um momento importantíssimo da nossa história, em
fazer o etanol ser fonte de hidrogênio. A indústria do etanol, que é muito
forte, gera emprego e movimenta a economia. Temos hoje o combustível do futuro,
que nada mais é do que a valorização do nosso biocombustível que já usamos”,
disse na reunião o conselheiro da Associação Brasileira de Engenharia
Automotiva e Bright Consulting, Ricardo Simões Abreu.
Basaliel Botelho também
registrou a importância de priorizar o etanol como base da fonte de energia
elétrica e destacou que o governo federal precisa financiar essa tecnologia.
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