A
executiva afirmou que esse é um ponto estratégico ao país europeu. A Alemanha
está investindo €$ 9 bilhões em
parcerias para desenvolvimento e tecnologias ligadas ao hidrogênio e nesse
pacote de estímulos destinados a essa energia, o Brasil pode ser um grande
parceiro.
“O
consumo de hidrogênio é de 2,5TWh, mas estamos projetando que até 2030 teremos
demanda de 90 a 110 TWh, ou seja, seremos um grande importador de energia.
Queremos que essa energia seja verde”.
Schulz acrescenta que a Alemanha visa inclusive a compra em longo prazo de hidrogênio e derivados, dando mais segurança aos players deste setor. Hoje o hidrogênio verde – que não emite gases de efeito estufa – responde só por 4% da produção mundial. Entretanto, com as metas estabelecidas pelo Acordo do Clima de Paris, essa participação deve crescer muito nesta década.
Ceará pode ser grande exportador de hidrogênio verde para a Alemanha.
Renováveis
Dados
do Hydrogen Council, apontam que a produção e exportação do hidrogênio deverá
responder, em 2050, por 20% de toda a demanda de energia global, gerando um
mercado de US$ 2,5 trilhões. Como o Brasil tem cerca de 80% da sua matriz
elétrica renovável, pode se tornar um dos grandes protagonistas desse mercado.
Hoje
o Brasil tem um dos menores custos marginais para geração de energias
renováveis e isso é fundamental para barateamento do processo de eletrólise.
Fontes como solar, eólica, biomassa, biogás e etanol entram no rol de opções
para geração de hidrogênio verde.
O
olhar especial dos alemães pelo Brasil se justifica também porque 60% das
empresas alemãs que trabalham no desenvolvimento de hidrogênio verde têm
subsidiárias no Brasil e 95% das companhias globais também têm subsidiárias no
país.
Para
Ansgar Pinkowski, gerente de Inovação e Sustentabilidade da Câmara de Comércio
e Indústria Brasil-Alemanha, o Brasil tem uma grande oportunidade de geração
desse energético e se tornar um dos principais players do mundo e ser
exportador desta nova commodity.
O
Brasil tem acesso à tecnologia de ponta para elaboração de sua economia de
hidrogênio verde, ou seja, “tecnologicamente nós já estamos na ponta com a
ajuda de empresas internacionais”.
Produção
concentrada
Hoje apenas quatro empresas estão produzindo e distribuindo hidrogênio no Brasil: White Martins, Air Liquide, Air Products e Messer. O uso ainda é concentrado na indústria. A Petrobras é o maior produtor, mas a companhia utiliza quase 95% de tudo o que produz para o refinamento de óleos combustíveis.
Aliança Brasil-Alemanha para o Hidrogênio Verde aposta no potencial brasileiro como fornecedor internacional.
“No final do ano passado, a gente não viu o uso comercial de hidrogênio para fins energéticos, mas acreditamos que isso deverá acontecer logo”, diz Pinkowski. (canalenergia)
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