sábado, 12 de novembro de 2022

Guerra entre Rússia e Ucrânia alerta sobre as energias renováveis

Guerra entre Rússia e Ucrânia acende alerta sobre a necessidade de energias renováveis.
A guerra ajudou a evidenciar a importância do papel da segurança energética no caminho de uma economia ambientalmente sustentável.

A guerra deflagrada pela Rússia contra a Ucrânia ganhou destaque durante o painel “Custos e oportunidades sociais na descarbonização” apresentado em 27/09/22 na Rio Oil & Gas. A segurança energética foi discutida e ganhou contornos sobre a segurança no suprimento de energia, principalmente no aumento da volatilidade do preço, que atingiu os países mais pobres. A Rússia é o terceiro maior exportador mundial de petróleo e o segundo de gás. Na Europa 90% do gás natural é importado, sendo 45% fornecido pela Rússia. Fala-se em incentivar o aumento da produção de outros países para reduzir a dependência do produto russo, mas as diferentes características do óleo produzido em cada país impedem uma substituição imediata para ser usado nas refinarias europeias, por exemplo.

A guerra da Rússia tem ajudado a evidenciar a importância do papel da segurança energética no caminho a uma economia ambientalmente sustentável. “A geração distribuída tem crescido em todo o mundo e não somente no Brasil. Essa é a oportunidade que temos de colocar as coisas em ordem”, destacou Rodrigo Vilanova, vice-presidente da Galp.

Quando falamos em fontes renováveis na transição energética, a energia eólica ganha grande destaque nesse assunto. Com 23 GW de potência instalada, a região Nordeste do Brasil possui 80% dos parques eólicos, sendo os outros 20% situados na região Sul. Segundo Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica, estudos apontam que de 2010 a 2020 o PIB brasileiro teve um crescimento de 21% com a chegada dos parques eólicos. “A cada R$ 1 investido, R$ 2,9 são devolvidos ao PIB brasileiro. “O investimento em energia é uma variante de retorno ao PIB”, ressaltou Elbia, que completou”. “É preciso olhar para transição energética como solução econômica e social”.

Para que todo esse processo da transição ocorra, é preciso cuidar para que se tenha mão de obra qualificada. Flavio Ofugi Rodrigues, vice-presidente da Shell, informou que a companhia já vem realizando a capacitação de funcionários. “Cerca de 1.300 pessoas já foram treinadas para o futuro, e serão realocadas conforme as necessidades. Acreditamos que com a transição cerca de 600 mil empregos serão gerados de forma direta ou indiretamente.” E finalizou destacando, “O Brasil tem potencial para ser um gigante verde”. (canalenergia)

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