Gás natural busca seu espaço
na matriz elétrica brasileira.
No painel “Evolução do setor elétrico: Qual o espaço do gás natural na matriz elétrica”, que aconteceu em 28/09/22, na Rio Oil & Gas, foi discutido este cenário como pano de fundo e as perspectivas do gás natural na geração térmica brasileira. A transição energética é o período intenso de troca de combustíveis fósseis por renováveis. A expectativa é que na próxima década, a expansão da matriz elétrica brasileira se concentre, principalmente, nas fontes solar, eólica e térmica (nuclear e gás natural).
Para Alexandre Uhlig, Diretor de Meio Ambiente, Social e Sustentabilidade do Instituto Acende Brasil, os sinais da inflexibilidade podem ser vistos nas seguintes formas: na dificuldade em equilibrar oferta e demanda; reduções significativas de energias renováveis; preços de energias negativos, e por fim, volatilidade de preços.
A fonte hidrelétrica deverá
sofrer uma redução de cerca de 10% até o final da década, que serão
complementadas por outras fontes renováveis, apontou Erik Rego, Diretor de
Energia Elétrica da EPE. O Sistema Interligado Nacional tem evoluído
consideravelmente nos últimos anos, com aumento da oferta de geração na região
Norte e Nordeste. No entanto, o maior centro de carga do sistema continua sendo
a região Sudeste.
Para Emmanuel Delfosse, CEO da EDF Norte Fluminense, a redução da importação do gás natural da Bolívia incrementou significativamente a dependência do Brasil pelo GNL para acompanhar o despacho das térmicas. “A produção do gás natural vai aumentar, com novas descobertas de reservas de gás que podem suplementar (se não superar) a redução de oferta da Bolívia e a dependência do GNL. O desenvolvimento da infraestrutura nacional de gás natural depende de uma sinalização do planejamento sobre qual caminho querermos percorrer: Geração termelétrica flexível ou geração termelétrica inflexível”, destacou.
“Na última década, a segurança elétrica e energética do setor elétrico brasileiro foi garantida pela geração hídrica e, nos momentos de escassez, pelas termelétricas. Logo, as térmicas a gás natural são uma resposta”, ressaltou Delfosse. A geração térmica tem um papel relevante para desenvolver o mercado de gás (40% do gás consumido em 2021) e as infraestruturas de gás natural. Será necessário pensar na integração no mercado de gás e energia de forma estrutural para evitar o custo do arrependimento. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário