A energia solar é uma das
fontes de energia limpa e renovável que tem ganhado cada vez mais espaço no
Brasil, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico do país. Através de
investimentos em energia solar, é possível gerar empregos, reduzir os custos
com energia elétrica, promover a sustentabilidade ambiental e contribuir para a
diversificação da matriz energética nacional. Além disso, a energia solar é uma
importante aliada para o desenvolvimento de regiões remotas, proporcionando
acesso à energia elétrica para a população local e possibilitando a geração de
novos negócios e oportunidades de crescimento.
A energia solar já ocupa a segunda colocação na Matriz Energética brasileira, atrás apenas da hídrica. Um dos principais benefícios gerados pela energia fotovoltaica é a geração de empregos diretos e indiretos, que têm contribuído para a redução da taxa de desemprego e para o aumento da renda de muitas famílias brasileiras.
Nos últimos anos, a indústria de energia solar tem apresentado um crescimento significativo no Brasil. Segundo dados da Absolar, o setor de energia solar gerou cerca de 780 mil empregos diretos e indiretos desde 2012 até fevereiro de 2023.
Além disso, a Absolar estima
que o mercado de energia solar no Brasil deve crescer ainda mais nos próximos
anos, impulsionado pela crescente demanda por fontes de energia limpa e
renovável. Com isso, a expectativa é de que o setor continue gerando novas
oportunidades de trabalho em diversas áreas, como instalação de painéis
solares, projetos de engenharia, fabricação de equipamentos, manutenção e suporte
técnico.
Uma das razões para o aumento
da geração de empregos no setor é a implementação de políticas públicas
favoráveis. O governo brasileiro tem incentivado a adoção de fontes de energia
renovável, como a solar, por meio de incentivos fiscais, linhas de
financiamento e leilões de energia. Essas medidas têm contribuído para o
crescimento do setor e para a criação de novos postos de trabalho em todo o
país.
Outro fator que tem
contribuído para o aumento da geração de empregos na energia solar é a queda dos
custos dos equipamentos e a evolução tecnológica. Nos últimos anos, houve uma
significativa redução nos preços dos painéis solares, tornando a geração
fotovoltaica cada vez mais acessível para os consumidores e empresas. Além
disso, as novas tecnologias de armazenamento de energia e a automatização de
processos têm possibilitado uma maior eficiência e produtividade, gerando novas
oportunidades de trabalho também em áreas como pesquisa e desenvolvimento.
De fato, a cadeia produtiva
da energia solar é bastante ampla, envolvendo diversas atividades e setores da
economia. Por exemplo, a produção de equipamentos solares, como painéis e
inversores, exige mão de obra especializada em engenharia, design e produção.
Além disso, a manutenção e suporte técnico dos sistemas de energia solar também
requerem trabalhadores qualificados em áreas como eletrônica e mecânica.
A geração de empregos na energia solar também tem um impacto positivo nas comunidades locais. A implantação de projetos em regiões remotas pode proporcionar acesso à energia elétrica para a população local, gerando novas oportunidades de trabalho e de negócios. Além disso, a geração fotovoltaica pode ser uma alternativa para regiões que enfrentam dificuldades no fornecimento, como áreas rurais e comunidades isoladas.
Desenvolvimento
Desde 2012, quando foi publicada a primeira Resolução Normativa (482/2012) para o setor, o Brasil vem apresentando um grande crescimento na área de energia solar, com investimentos que têm promovido mudanças significativas no cenário energético e socioeconômico do país. Com o aumento da demanda por fontes de energia renovável e a diminuição dos custos da tecnologia fotovoltaica, a energia solar se tornou uma opção atrativa para investidores e consumidores.
Segundo dados da Absolar, os investimentos em energia solar no país chegaram a quase R$ 130 bilhões, de 2012 a 2022, representando um crescimento de 64% apenas no último ano. Esses investimentos foram impulsionados por políticas públicas que incentivam a geração distribuída de energia e por linhas de financiamento específicas para o setor, como o Fundo Clima, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os investimentos em energia
solar têm gerado retornos financeiros significativos para os investidores, que
encontram na geração distribuída de energia solar uma oportunidade para
diversificar suas fontes de renda e investir em um mercado em ascensão. Além
disso, a geração de empregos diretos e indiretos é um dos principais benefícios
da energia solar para a economia brasileira.
De acordo com um estudo da
Absolar, a energia solar já é responsável pela geração de mais de 184 mil
empregos diretos no país, considerando as áreas de instalação, fabricação e
comércio de equipamentos e serviços relacionados ao setor. Desse total, cerca
de 86% dos empregos gerados são de caráter local e regional, o que significa
que o setor tem um grande potencial para promover o desenvolvimento
socioeconômico em regiões que historicamente enfrentam dificuldades econômicas.
A região Nordeste do Brasil
tem se destacado como uma das principais beneficiadas pelos investimentos em
energia solar. Com um grande potencial de irradiação solar e um grande número
de áreas rurais e comunidades isoladas, a região tem sido alvo de projetos de
geração distribuída de energia solar que promovem a inclusão energética e o
desenvolvimento regional.
Em estados como Pernambuco, Bahia e Ceará, o número de sistemas de energia fotovoltaica instalados em residências, comércios e indústrias cresceu significativamente nos últimos anos, contribuindo para a redução dos custos de energia elétrica e para a geração de empregos locais. Além disso, esses projetos têm um impacto positivo no meio ambiente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa e promovendo a sustentabilidade.
Mapa de radiação solar no Brasil
Neste último mês, o
presidente Lula (PT) participou da inauguração do Complexo Renovável
Neoenergia, no município de Santa Luzia, interior da Paraíba, o primeiro
complexo associado à geração de energia renovável no Brasil que integra a
geração eólica e solar.
Com um investimento de cerca
de R$ 3
bilhões, o projeto se estende por uma área de 8,7 mil hectares nos municípios
paraibanos de Santa Luzia, Areia de Baraúnas, São José de Sabugi e São Mamede.
Cerca de 250 famílias da região foram beneficiadas com o arrendamento de terras
para a instalação dos aerogeradores e painéis fotovoltaicos. A energia gerada
pelo complexo é de 0,6 gigawatts, suficiente para abastecer 1,3 milhão de
residências por ano.
Outra região que tem se
destacado pelo desenvolvimento da energia solar é o sertão de Minas Gerais. Que
tem grande potencial solar, pois apresenta um dos melhores índices
solarimétricos do país e disponibilidade de terras, áreas improdutivas para
agricultura pela falta de chuvas que agora são aproveitadas para a produção de
renda através da energia solar fotovoltaica.
O local tem atraído
investimentos de empresas e investidores interessados em instalar sistemas de
energia solar fotovoltaica em propriedades rurais, indústrias e comércios
locais. Minas é o segundo estado mais populoso do país, o primeiro na geração
de energia solar centralizada (GC) e segundo em geração de energia solar
distribuída (GD), sendo que em todos os municípios existe pelo menos uma
instalação de sistemas de energia solar.
Exemplo destes investimentos na
região norte Minas, o Projeto Sol do Cerrado, que vem sendo instalado no
município de Jaíba, é um dos maiores parques de energia solar da América
Latina, com potência instalada de 766 Megawatts-pico, o equivalente ao consumo
de uma cidade de 800 mil habitantes, ou a 41% de toda a geração atual de
energia solar do estado e a 10% do Brasil, segundo cálculos da Vale, a
proprietária do projeto.
Minas foi o primeiro em geração distribuída de energia solar até o fim do ano passado, quando foi superado por São Paulo. A falta de infraestrutura, principalmente na região norte, foi a principal razão para a perda da liderança, que poderá ser retomada se novas linhas de transmissão e subestações forem instaladas por lá.
Considerações finais
Com o avanço da tecnologia e a redução dos custos de produção, a energia solar se torna cada vez mais competitiva em relação a outras fontes de energia. Além disso, a preocupação com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente tem impulsionado a adoção de fontes de energia limpas e renováveis, como a solar. O Brasil, que possui um grande potencial solar, tem investido cada vez mais nessa fonte de energia, promovendo não apenas o desenvolvimento econômico, mas também a redução da emissão de gases de efeito estufa e a preservação do meio ambiente.
A energia solar é uma das fontes de energia renovável mais limpas e seguras disponíveis atualmente. Quando comparada às fontes não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão, a geração fotovoltaica apresenta uma série de benefícios ambientais significativos, que emitem gases de efeito estufa e outros poluentes durante sua queima, e nem polui o ar e a água, contribuindo para a redução da poluição atmosférica e do aquecimento global. Só no Brasil, entre 2012 e 2022, a energia solar evitou que 34,5 milhões de toneladas de CO2 fossem despejadas na atmosfera.
Além disso, a instalação de
painéis solares em telhados, terrenos baldios e outros espaços abertos ajuda a
preservar os ecossistemas naturais. Quando as empresas ou indivíduos optam por
instalar painéis solares, eles não precisam destruir florestas, poluir rios ou
degradar o meio ambiente para obter a energia necessária. Em vez disso, eles
podem usar o sol para gerar eletricidade de forma limpa e sustentável,
protegendo a biodiversidade e reduzindo a pressão sobre os recursos naturais.
Outro benefício da energia
solar é que ela ajuda a reduzir a pegada de carbono dos edifícios e das
empresas. A pegada de carbono é uma medida da quantidade de gases de efeito
estufa emitidos por uma atividade ou produto, e é um dos principais
responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas. Ao usar
energia solar, em vez de combustíveis fósseis, as empresas e os indivíduos
podem reduzir significativamente este legado e contribuir para a luta contra a
destruição de ecossistemas naturais.
Por fim, a energia solar pode ser uma fonte de energia independente e descentralizada. Em vez de depender de grandes usinas de energia e redes de distribuição de energia elétrica, as comunidades e os indivíduos podem instalar seus próprios painéis solares e gerar sua própria eletricidade. Isso pode ajudar a reduzir a dependência de fontes energéticas poluentes e caras, além de aumentar a resiliência das comunidades em face de eventos climáticos extremos, como ciclones, tempestades e pragas de insetos provocadas por desmatamento e processo de desertificação.
Além disso, os custos dos painéis, inversores, medidores e outros componentes estão diminuindo rapidamente, tornando a energia fotovoltaica uma opção cada vez mais acessível para empresas e indivíduos em todo o mundo. Com o uso, podemos proteger o meio ambiente e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações. É importante incentivar a adoção da energia solar por meio de políticas públicas que apoiem investimentos em infraestrutura e incentivos fiscais para a instalação de kits, bem como programas de conscientização para aumentar o conhecimento sobre os benefícios desta forma de captação e utilização que está ao alcance. Assim como o Sol, a energia solar também é para todos. (ecodebate)
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