Japão desenvolve etanol de resíduos agrícolas a preço
competitivo
A japonesa Kawasaki
Heavy Industries Ltd disse que desenvolveu tecnologia para produzir combustível
para carros a partir de resíduos agrícolas a um custo competitivo com o etanol
importado, inclusive do Brasil, feito a partir de produtos alimentícios, como
cana-de-açúcar.
A substituição dos
combustíveis fósseis por bioetanol para automóveis pode ajudar a reduzir
emissões de dióxido de carbono (CO2), substância que contribui para
o aquecimento global, mas o custo de produção e a competição com fontes de
alimentos reduzem o seu apelo.
Um estudo de cinco
anos, subsidiado pelo governo japonês, provou que a nova tecnologia da Kawasaki
Heavy, se introduzida no mercado, pode produzir etanol a partir da palha de
arroz, a um custo de 40 ienes (40 centavos de dólar) por litro, disse a
empresa.
Se os custos de
coleta dos resíduos de palha do cultivo de arroz no Japão forem adicionados, o
custo seria de 80 ienes por litro, disse um porta-voz da empresa.
Isso se compara com
80 a 100 ienes por litro para a importação de etanol do Brasil, disse um funcionário
do Ministério de Agricultura do Japão.
Companhias
petrolíferas japonesas atualmente usam um aditivo feito a partir do etanol
brasileiro para misturar com a gasolina para ajudar o quinto maior emissor de
gases de efeito estufa do mundo nos esforços de reduzir o aquecimento global.
O porta-voz da
Kawasaki disse que a empresa não tem um plano específico para a produção
comercial e acrescentou que a tecnologia seria competitiva em um país com
recursos de biomassa amplos, com custos trabalhistas mais baixos, como o Brasil
e nações do Sudeste Asiático.
O governo japonês é
mais cauteloso sobre as perspectivas para essa tecnologia.
Quando o Ministério
da Agricultura traçou planos para a tecnologia de produção de bioetanol, em
setembro, disse que levaria cerca de cinco anos antes que a produção comercial
de etanol a partir de produtos não-alimentícios fosse economicamente viável. (EcoDebate)
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