Quando piso no freio do meu carro híbrido, o painel me
avisa que estou recarregando a bateria. Talvez em quantidade suficiente para
circular alguns minutos no modo elétrico por um estacionamento vazio.
Mas o trem do metrô que se aproxima da plataforma de Holborn,
em Londres, tem uma força muito maior do que o meu carro. E, com a tecnologia
adequada, frear um deles pode gerar eletricidade suficiente para produzir
energia para manter a estação inteira funcionando durante dois dias.
No primeiro experimento desse tipo no mundo, durante
cinco semanas, o metrô de Londres instalou um sistema inversor que transforma a
energia da freagem em energia elétrica. Para cada dia de teste, o sistema
capturou 1 megawatt-hora – o suficiente para abastecer mais de cem residências
durante um ano.
Menos calor, usuários felizes
Se for aplicada em toda a rede metroviária de Londres,
a tecnologia poderia resultar em uma economia anual de até US$ 9 milhões.
Além disso, a freagem regenerativa não produz calor
(como no caso da freagem por fricção tradicional), o que ajudaria a manter os
túneis mais frescos e exigindo menos energia para controlar a temperatura – e
deixando os usuários mais felizes em não transpirar nos meses mais quentes.
A experiência faz parte de uma iniciativa da companhia
que administra o metrô de Londres que leva em conta os custos de energia em
cada novo projeto, dando aos engenheiros motivos para procurar alternativas de
baixo consumo.
Londres está planejando aumentar sua capacidade de
transporte de passageiros no metrô em 30% nos próximos anos – algo que vai
precisar de mais iniciativas inovadoras, além de pisar no freio. (energiainteligenteufjf)
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