Segundo gestor do grupo, país
está com cinco anos de atraso em relação a outros países em função da paralisia
sobre o tema com a primeira gestão do governo atual.
O
tema de eficiência energética terá a partir do ano que vem um novo comitê
executivo que terá como meta retomar as ações acerca dessa atividade. Nomeado
como Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia, o grupo será
vinculado à ABNT e deverá iniciar as suas atividades de forma oficial apenas no
ano de 2016 com ações que passam desde a gestão e economia de energia nas
empresas, projetos para desempenhos energético, indicadores de desempenho
energético, entre outras.
De
acordo com o gestor do comitê, Alberto Fossa, as ações de eficiência energética
no Brasil não avançavam em função de uma posição que o país havia tomado quando
do início do primeiro governo da presidente Dilma Rousseff. A eficiência
energética era um tema que estava supostamente vinculado ao racionamento. “A
primeira vez que ouvi o governo falar do tema na gestão passada foi após
as eleições por meio do ex-ministro de Minas e Energia, Édison Lobão, que já
estava de saída do cargo”, lembra Fossa. Hoje, aparentemente, esse tema parece
está superado tanto que o próprio governo apontou uma meta na ONU semana
passada ao colocar o índice 10% de economia de energia elétrica até 2030, um
volume que está previsto no Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEF).
O
executivo não arrisca um patamar de economia que pode ser alcançado no país.
Mas diz que há potencial de redução em todos os segmentos de consumo. Essas
ações, comentou, não estão restritas ao uso de equipamentos mais modernos e
eficientes. Ele explica que as medidas de uso mais eficiente do insumo é
formado por uma combinação de medidas que une o uso da tecnologia, a gestão do
uso da energia e a sua aplicação que juntos levam a um termo pouco aplicado no
país que é o desempenho energético.
No
país, disse Fossa, há espaço para obter maior eficiência energética mesmo sem a
necessidade de investimentos em equipamentos. Isso porque mesmo depois de
momentos como o racionamento de energia de 2001 ou o tarifaço deste ano, que
levaram a uma redução da demanda por energia ou seu uso mais racional, com o
tempo, há um relaxamento e a retomada do desperdício.
“O
desempenho energético, para a indústria pode trazer efeitos benéficos em termos
de mercado porque há uma tendência natural de se buscar produtos que são
produzidos por meio de ações que também se preocupem com o meio ambiente. E com
esse desempenho que pode ser atestado através de um programa de etiquetagem,
pode se configurar em uma vantagem competitiva”, avaliou.
Ele
argumenta que essas medidas são diferentes do que se propôs na década passada
com o protocolo de Quioto. Naquela época, conta, as meta e benefícios eram mais
teóricos. Com as medidas elaboradas pelo comitê, que faz parte de um grupo
internacional na ONU, você pode ter esses indicadores de forma mais concreta
por meio de um nível de redução de consumo de energia. Mas, para o programa
avançar, o Brasil tem que correr, porque estamos atrás de diversos países. A
paralisia vista anteriormente, disse Fossa, colocou o Brasil com pelo menos
cinco anos de atraso na questão do uso mais racional de energia. (canalenergia)
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