Expansão de fontes renováveis
continuará no Plano Decenal de Expansão de Energia 2024
O
Ministério de Minas e Energia (MME) colocou em Consulta Pública até o dia 7 de
outubro o Plano Decenal de Expansão de Energia com horizonte de 2024 (PDE
2024), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Dentre
as principais projeções do PDE 2024, o Brasil deve aumentar sua capacidade
instalada de geração de energia elétrica em 73 mil MW (megawatts). Cerca de
metade desta expansão é baseada em fontes renováveis: eólica, solar, biomassa e
PCH.
Além
disso, o Brasil passará a ser um importante player nos mercados internacionais
de petróleo no horizonte dos próximos 10 anos, com produção de 5 milhões de
barris por dia (bpd) e exportações de 2 milhões de bpd em 2024. Não obstante a
maior relevância na produção e exportação de petróleo, a matriz energética
brasileira deverá atingir 45% de participação de fontes renováveis em 2024,
patamar bem superior à média mundial de 13,5% ou dos países da OCDE, de cerca
de 9%.
A
predominância da expansão de fontes renováveis na matriz energética resultará
em emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de 502 milhões de toneladas de
CO²eq (CO² equivalente*) relativas à produção, transformação e uso de energia
em 2020, atendendo com folga a meta expressa em termos do valor absoluto das
emissões no ano 2020 (intervalo entre 634 e 680 MtCO²eq). Mesmo em 2024, as
emissões não atingirão o limite inferior da meta estipulada para o ano de 2020
pela Política Nacional sobre Mudança do Clima. (*inclui outros gases)
Parte
importante do resultado de uma matriz energética nacional limpa deve-se à
elevada participação das fontes renováveis na capacidade instalada de geração
elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), que deverá se manter em torno
de 84% em 2024.
Destaca-se,
no horizonte decenal, o expressivo crescimento da participação do parque
eólico, que deverá responder por 11,5% da capacidade instalada em 2024 (ou 23,9
mil MW), refletindo a competitividade dessa fonte no horizonte decenal.
Apesar
de uma expansão significativa de mais de 27 mil MW de capacidade de geração
hidráulica, sua participação relativa cai mais de 10%, para 57% em 2024.
A
maior expansão hidrelétrica ocorrerá na Região Norte, devido à entrada em
operação de grandes empreendimentos, com destaque para a usina hidrelétrica de
Belo Monte (PA).
Outro
destaque é a energia solar, para a qual se espera que alcance 7.000 MW ao fim
do horizonte decenal (ou cerca de 3% na capacidade instalada total). Nos
leilões promovidos ao longo de 2014 foram comercializados 1.048 MWp de potência
pico, enquanto em 2015 já foram contratados mais 1.044 MWp.
A
indicação de 4.800 MW de expansão do parque gerador termelétrico no último
quinquênio do horizonte é feita de modo a atender de forma adequada ao
crescimento da carga de energia. Ainda assim, a participação de fontes não
renováveis na matriz elétrica mantém-se em 16% ao fim do horizonte decenal. (ambienteenergia)
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