sábado, 24 de outubro de 2015

Expansão de renováveis continuará no Plano de Expansão 2024

Expansão de fontes renováveis continuará no Plano Decenal de Expansão de Energia 2024
O Ministério de Minas e Energia (MME) colocou em Consulta Pública até o dia 7 de outubro o Plano Decenal de Expansão de Energia com horizonte de 2024 (PDE 2024), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Dentre as principais projeções do PDE 2024, o Brasil deve aumentar sua capacidade instalada de geração de energia elétrica em 73 mil MW (megawatts). Cerca de metade desta expansão é baseada em fontes renováveis: eólica, solar, biomassa e PCH.
Além disso, o Brasil passará a ser um importante player nos mercados internacionais de petróleo no horizonte dos próximos 10 anos, com produção de 5 milhões de barris por dia (bpd) e exportações de 2 milhões de bpd em 2024. Não obstante a maior relevância na produção e exportação de petróleo, a matriz energética brasileira deverá atingir 45% de participação de fontes renováveis em 2024, patamar bem superior à média mundial de 13,5% ou dos países da OCDE, de cerca de 9%.
A predominância da expansão de fontes renováveis na matriz energética resultará em emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de 502 milhões de toneladas de CO²eq (CO² equivalente*) relativas à produção, transformação e uso de energia em 2020, atendendo com folga a meta expressa em termos do valor absoluto das emissões no ano 2020 (intervalo entre 634 e 680 MtCO²eq). Mesmo em 2024, as emissões não atingirão o limite inferior da meta estipulada para o ano de 2020 pela Política Nacional sobre Mudança do Clima. (*inclui outros gases)
Parte importante do resultado de uma matriz energética nacional limpa deve-se à elevada participação das fontes renováveis na capacidade instalada de geração elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), que deverá se manter em torno de 84% em 2024.
Destaca-se, no horizonte decenal, o expressivo crescimento da participação do parque eólico, que deverá responder por 11,5% da capacidade instalada em 2024 (ou 23,9 mil MW), refletindo a competitividade dessa fonte no horizonte decenal.
Apesar de uma expansão significativa de mais de 27 mil MW de capacidade de geração hidráulica, sua participação relativa cai mais de 10%, para 57% em 2024.
A maior expansão hidrelétrica ocorrerá na Região Norte, devido à entrada em operação de grandes empreendimentos, com destaque para a usina hidrelétrica de Belo Monte (PA).
Outro destaque é a energia solar, para a qual se espera que alcance 7.000 MW ao fim do horizonte decenal (ou cerca de 3% na capacidade instalada total). Nos leilões promovidos ao longo de 2014 foram comercializados 1.048 MWp de potência pico, enquanto em 2015 já foram contratados mais 1.044 MWp.
A indicação de 4.800 MW de expansão do parque gerador termelétrico no último quinquênio do horizonte é feita de modo a atender de forma adequada ao crescimento da carga de energia. Ainda assim, a participação de fontes não renováveis na matriz elétrica mantém-se em 16% ao fim do horizonte decenal. (ambienteenergia)

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