sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Fontes renováveis já competem com combustíveis fósseis

Fontes renováveis já conseguem competir com combustíveis fósseis, afirma estudo
Relatório da Irena mostra que fontes solar liderou queda, caindo 75% desde 2009.
O custo de geração de energia a partir de fontes renováveis ficou igual ou menor que o custo de combustíveis fósseis. De acordo com relatório da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) de 2014. O documento concluiu que as fontes biomassa, hidráulica, geotérmica e eólica conseguem estabelecer uma competição mesmo com a queda nos preços do petróleo. A fonte solar fotovoltaica é que lidera na redução de custos dos módulos, com queda de 75% desde 2009.
Para o diretor-geral da Irena, Adnam Amim, os projetos de energia renovável no mundo estão superando os fósseis em fatores como poluição e danos ambientais. Ainda segundo ele, o preço em queda livre mostra uma oportunidade histórica para a construção de um sistema de energia limpa e sustentável e se evitar uma mudança climática catastrófica de forma acessível.
O relatório destaca que a energia eólica vem conseguindo em vários países e na Europa entregar projetos por US$ 0,05 por kWh o custo médio de energia eólica varia de US$0,06/ kWh na China e na Ásia para US$ 0,09/ kWh na África. Na América do Norte, o preço médio é de US$ 0,07/ kWh.
Na fonte solar fotovoltaica, os sistemas residenciais são 70% mais baratos que em 2008. Nos últimos quatro anos, o total de custos de instalação de sistemas em escala caiu em até 65%. Os projetos mais competitivos estão sendo entregues a US$ 0,08/ kWh. Em Dubai, ele chega a US$ 0,06 kWh. O documento cita também que novas tecnologias como eólica offshore e solar CSP ainda estão em estágio inicial e tem preços elevados na comparação com os combustíveis fósseis. (canalenergia)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Consumo de combustíveis no Brasil cresceu em 2014 ante 2013

Consumo de combustíveis no Brasil em 2014 deve crescer 5,6% ante 2013
O consumo de combustíveis no Brasil em 2014 deve crescer 5,6% ante 2013, para 132,865 bilhões de litros, previu em 16/12/14 o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).
O bom desempenho, segundo o Sindicom, foi puxado pela demanda por etanol hidratado, que deve subir 10,4% neste ano, em meio à desoneração do PIS/Cofins na distribuição do produto, que aumentou a competitividade das empresas que antes pagavam corretamente o tributo.
"O mercado de etanol hidratado ainda é poluído por algum tipo de fraude", denunciou o presidente do Sindicom, Alisio Vaz, em entrevista a jornalistas.
Vaz afirmou que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vem buscando eliminar esse problema, que já foi bastante minimizado neste ano.
Diesel e Gasolina
De acordo com Sindicom, o consumo de diesel --principal combustível consumido no Brasil-- deve aumentar 2,4% na mesma comparação, para 59,887 bilhões de litros, enquanto o de gasolina C (com mistura de etanol anidro) avançará 7,1%, para 44,314 bilhões de litros.
O presidente do Sindicom explicou que, embora o diesel apresente um percentual de crescimento aparentemente pequeno, ainda está muito acima do Produto Interno Bruto (PIB).
O consumo do combustível, de acordo com Vaz, é sustentado pelas atividades agrícolas e de mineração, que utilizam o diesel intensamente.
"O que sustenta o nosso PIB ainda é a área de commodities", afirmou Vaz.
Ele ponderou ainda que o consumo do diesel para a geração de energia por usinas termelétricas também é alto, mas já vinha elevado ao longo de 2013.
Já a gasolina C ainda é impulsionada pelo crescimento da frota de veículos leves, que deve ser de 2,8% entre 2013 e 2014, para 35,2 milhões de unidades, segundo cálculos do Sindicom, com dados da ANP e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste são as regiões que mais contribuem com o crescimento da gasolina.
O Sindicom também calculou crescimento de 3,5% do consumo de combustíveis aviação no Brasil, entre 2013 e 2014, e de 26,7% do consumo do óleo combustível. (noticiasagricolas)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Outubro/14 encerrou com 168 usinas eólicas em operação comercial

Outubro foi encerrado com 168 usinas eólicas em operação comercial no Brasil
A geração total das usinas eólicas em operação no País ao longo do mês de outubro, de 2.062 MW médios, correspondeu a um fator de capacidade médio de 49%.
O número é próximo do recorde registrado desde o início do acompanhamento pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), de 50% em agosto, e um ponto percentual acima do índice de setembro.
O desempenho das usinas nesse trimestre adquire relevância, sobretudo quando comparado com a produtividade média verificada em 2013 nos países com maior capacidade eólica instalada, como China (23,7%), Estados Unidos (32,1%), Alemanha (18,5%) e Espanha (26,9%).
Os dados constam do Boletim das Usinas Eólicas, divulgado mensalmente pela CCEE.
A geração em outubro deste ano foi ainda a maior registrada no período de análise, sendo 108,5% superior aos valores verificados em outubro de 2013.
De acordo com o boletim, a geração total no ano de 2014 é até o momento 77,8% superior à observada entre janeiro e outubro de 2013.
O informativo aponta ainda que outubro foi encerrado com 168 usinas eólicas em operação comercial no Brasil, o que representa uma capacidade instalada total de 4.205 MW.
A maior parte desses parques, ou 2.466 MW em potência, foi viabilizada em leilões para o mercado regulado, enquanto 775 MW em projetos comercializam a produção no mercado livre de energia elétrica e outros 965 MW foram contratados no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), iniciativa do governo federal lançada em 2002.
A CCEE registrou em outubro a entrada em operação comercial de 12 usinas eólicas, ou 335 MW em potência; no acumulado do ano foram 2.024 MW, o que representa avanço de 92,8% nesses dez meses.
Esse crescimento foi motivado, sobretudo, pela entrada de usinas do 2° Leilão de Energia de Reserva e de usinas com entrega no mercado livre de energia, além do aumento de capacidade em operação comercial de usinas existentes e de novas usinas do 2°Leilão de Fontes Alternativas e do 12° Leilão de Energia Nova.
A CCEE destaca ainda que o aumento da capacidade no período foi concentrado principalmente no submercado Nordeste, que apresentou um crescimento de 129%, tendo partido de 1.451 MW em dezembro de 2013 para 3.322 MW em outubro de 2014, com 132 usinas em funcionamento.
O montante representa 79% da capacidade total de usinas eólicas do País.
No submercado Sul foi registrada uma capacidade de 856 MW, equivalente a 20,3% do total, em um universo de 35 usinas. Esse número representa crescimento de 21,8% em relação a dezembro de 2013.
Já o submercado Sudeste apresentou uma única usina, com capacidade de 28 MW. (ecodebate)

Energia eólica e a marca de contratação de 2.246 MW

Energia eólica atinge marca de contratação de 2.246 MW em 2014
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), durante o último Energizada Aneel a produção de energia eólica atingiu uma importante marca com a contratação de 925,95 MW de energia eólica, ao preço médio de R$ 136,00/MWh, representando um deságio de apenas 0,73%. O que, juntando os leilões anteriores, contabiliza 2.246 MW contratados de energia eólica no ano, um montante alinhado com os 2GW previstos para manter a sustentabilidade do setor.
Os números demonstram que as contratações de eólica nos últimos leilões tiveram um bom desempenho. Assim como em 2013, 2014 também reafirmou o bom desempenho dos empreendimentos eólicos e o alcance da maturidade de toda a indústria eólica brasileira.
As vantagens da contratação da fonte eólica vão além do mercado de energia. Com o volume total contratado em 2014 a energia eólica contribuirá para a geração de mais de 30 mil empregos, R$ 10 bilhões em investimentos, 4,5 milhões de casas abastecidas e 2 milhões de toneladas de CO2 evitadas.
Lembrando que durante o último leilão da Aneel, foram contratados 36 projetos de energia eólica somente na região Nordeste, o que representa aproximadamente 1 GW. Através dessa contratação serão fabricados cerca de 463 aerogeradores, sendo 1.389 pás e 463 torres para gerar energia limpa a partir de 2019. (ambienteenergia)

IBAMA e o parque eólico mais meridional do Brasil

IBAMA autoriza a operação do parque eólico mais meridional do Brasil
O presidente do IBAMA, Volney Zanardi Júnior, assinou em 01/12/12 a licença de operação do Parque Eólico Minuano, localizado nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, no Rio Grande do Sul.
A unidade conta com 23 aerogeradores, compostos por torres de 78 m de altura e rotor com 97 m de diâmetro, com capacidade de geração de 46 megawatts (MW). Trata-se do parque eólico mais meridional do Brasil, contando com aerogerador localizado a apenas 650 m do extremo sul do país, junto ao Uruguai.
O parque integra o Complexo Eólico Campos Neutrais, da Eletrosul, considerado o maior da América Latina, composto por diversos parques licenciados pelo órgão estadual de meio ambiente (FEPAM), com potência total instalada de 583 MW, suficiente para atender ao consumo de 3,3 milhões de habitantes.
Previamente à implantação do empreendimento, foi executado amplo diagnóstico ambiental, o qual embasou os programas de controle e monitoramento executados durante sua instalação. Por estar inserido em área que conta com espécies ameaçadas de anfíbios e peixes anuais, ações específicas de proteção para estes grupos foram adotadas, incluindo marcação e translocação de indivíduos e alteração da disposição de aerogeradores e acessos internos. Foi preservada a dinâmica hídrica da área, essencial para a manutenção do ecossistema local, sendo que toda a rede de energia interna ao parque, que o liga à subestação, é subterrânea, com cerca de 20 km de extensão.
O transporte do material destinado à construção dos acessos e das grandes estruturas que compõem as torres também não foi esquecido, inclusive, pelo fato de que o único acesso à área atravessa a Estação Ecológica do Taim. Em acordo com aquela unidade de conservação, foram doadas pelo empreendedor câmeras fotográficas, que possibilitarão a avaliação da efetividade das passagens de fauna já existentes sob a BR-471/RS, para avaliação dos atropelamentos no trecho antes e durante a instalação do parque.
Durante a operação do parque eólico, os programas ambientais propiciarão o monitoramento dos impactos às aves e aos morcegos, que incluirá o uso de cães farejadores especialmente treinados para localizar carcaças de animais que venham a colidir com as estruturas.
O licenciamento foi conduzido pelo Núcleo de Licenciamento Ambiental do Ibama no Rio Grande do Sul, referência para a tipologia, orientado pela Coordenação de Energia Elétrica Nuclear e Dutos, da Diretoria de Licenciamento Ambiental. (ecodebate)

Os impactos da energia eólica

Atualmente se assiste no país uma verdadeira onde de usinas para produção de energia a partir do vento em várias regiões do país. A energia eólica é a energia obtida pelos ventos que são o ar em movimento. É uma abundante fonte de energia, renovável, limpa e disponível em todos os lugares.
Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no século V AC. Foram usados nesta época para bombear água para irrigação. Os mecanismos básicos de um moinho de vento não mudaram desde então. O vento atinge uma hélice que ao movimentar-se gira um eixo que impulsiona um gerador de eletricidade.
Os ventos são gerados pelas diferenças de temperatura entre a terra e as águas, planícies ou montanhas, tanto nas regiões equatoriais quanto nos polos do planeta Terra.
A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as estações do ano e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo também tem grande influência na distribuição de frequência de ocorrência dos ventos e de sua velocidade em um local.
Usinas eólicas não queimam combustíveis fósseis, mas são de grande porte e por isso alteram as paisagens com suas torres e hélices. O maior impacto que causam é interferir nas rotas dos pássaros migratórios, que costumam voar em formações e não tem boa capacidade de visão. Os bandos de pássaros se movimentam por mecanismos instintivos e aproveitam as correntes convectivas ascendentes do ar para se movimentarem, principalmente quando estão em grandes formações.
A instalação das usinas ou fazendas eólicas exige grandes estudos dos ecossistemas locais, pois as zonas que concentram ventos também são frequentemente as rotas principais das aves migratórias pelos mesmos motivos.
Além disso, as usinas ou fazendas eólicas emitem certo nível de ruído de baixa frequência, que podem causar desconforto e interferir em transmissão de televisão ou outros tipos de ondas provenientes de radiações eletromagnéticas.
O custo dos geradores eólicos é elevado, porém o vento é uma fonte inesgotável de energia. E as plantas eólicas têm uma retorno financeiro a um curto prazo que atrai grandes grupos investidores para esta modalidade de geração de energia elétrica.
As plantas eólicas não são consideradas como uma fonte de energia “firme”, pois dependem da existência de ventos que por sua vez depende de variações de temperatura e outros fatores. Nas regiões muito afetadas por chuvas ocorre desperdício energético muito elevado nesta fonte de geração.
Por isso, normalmente se utiliza a energia produzida por usinas ou fazendas eólicas apenas para adição aos sistemas integrados de geração energética, uma vez que em certos momentos, a produção proveniente desta geração pode ser relativamente reduzida.
Mas sem dúvida, a energia eólica se soma a energia solar como duas das fontes de alto potencial em nosso país. A estruturação de uma matriz energética que contemple a integração da geração a partir destas fontes alternativas é de extrema importância.
Os registros bibliográficos existentes demonstram que em alguns países europeus, como Espanha e Alemanha, a geração a partir de fontes eólicas, bem planejada e integrada com os demais tipos de geração energética, tem grande importância e corresponde a percentuais relevantes da geração destes países. (ecodebate)

sábado, 24 de janeiro de 2015

Brasil importa energia da Argentina

Brasil importa energia da Argentina. Viram?
Não foi Deus a socorrer o Brasil!
É… Às 16h55 de 21/01/15, um leitor do blog mandou esta mensagem para o blog.
Como se vê, ele informa que, segundo a página do Operador Nacional do Sistema, no dia seguinte ao apagão que atingiu 11 Estados e o Distrito Federal, o Brasil recorreu à importação de energia da… Argentina: 165 megawatts médios. É o relatório do ONS de terça, dia 20. Vejam os dados no quadro.
O relatório detalha o fornecimento:
 
Como se pode notar pelo relatório, entre 10h23 e 12h e 13h e 17h02, o fornecimento que veio da Argentina não foi pequeno: variou de 500 megawatts a 1.000 megawatts. Os 165, que constituem a média, consideram as 24 horas do dia. Houve momentos em que foi menor e até em que não houve transferência nenhuma.
A íntegra do relatório está aqui. Leiam lá. Verifiquem que, em quase todas as estações, a “geração hidráulica” de energia foi inferior ao programado, e a transferência de energia das subestações Sul, Nordeste e Norte para o Sudeste, superior ao programado.
A energia argentina veio por intermédio da estação de conversão Garabi II, que fica no Rio Grande do Sul. Brasil e Argentina mantêm um acordo, e um fornece energia ao outro em caso de crise. Pois é… Em tempos de águas gordas, os brasileiros é que costumavam socorrer os argentinos…
Chama a atenção o período de maior fornecimento da Argentina para o Brasil: verifiquem que estão fora do que era antes o período de pico de consumo.
Segundo Eduardo Braga, não houve problema no fornecimento de energia no apagão de segunda-feira. Tudo teria derivado de uma falha técnica. Sei… Vai ver o Brasil está pedindo socorro à Argentina porque, sei lá, uma pipa enroscou em alguma linha de transmissão ou, como disse a então ministra Dilma, em 2009, fomos colhidos por um inesperado raio.
O ministro Braga pediu ajuda a Deus e acabou mesmo aceitando favor de argentino… O mais curioso é que ele concedeu uma entrevista explicando as medidas adotadas para enfrentar o problema e, ora vejam, omitiu essa informação. (veja)

Sem chuvas, país está sujeito a novos apagões

Sem chuvas, país está sujeito a novos apagões, dizem especialistas
Sistema está atuando no limite da infraestrutura, com a geração de energia no gargalo e o consumo elevado.
Sem as chuvas necessárias para um período úmido, o país vive um momento delicado no que diz respeito ao setor elétrico, que pode culminar em novos cortes de carga como o que ocorreu em 19/01/15. Especialistas do setor dizem que o sistema está estressado, atuando no limite da infraestrutura, com a geração de energia no gargalo e o consumo elevado, com recordes consecutivos, por conta das altas temperaturas. E com os reservatórios baixos, explica Walfrido Ávila, da Trade Energy, as hidrelétricas perdem a sua capacidade de aumentar rapidamente a geração.
"Se não chover, se não aumentar a vazão e as usinas hidráulicas não tiverem como ajudar o sistema, isso vai acontecer mais vezes, é normal acontecer. Ficar sem água é que é anormal", apontou Ávila em entrevista à Agência CanalEnergia.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, na última segunda-feira, restrições na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram redução na frequência elétrica. Com isso, ocorreu a perda de unidades geradoras de diversas hidrelétricas, totalizando 2.200 MW.
"Ainda bem que a proteção das usinas atuou. Se não tivesse proteção, queimaria o gerador e a usina não poderia voltar a operar", comentou o executivo. Para Fábio Cuberos, gerente de Regulação da Safira Energia, o que está por traz dessas ocorrências no sistema é o planejamento e a execução das obras do setor. "O relatório de fiscalização da Aneel mostra que 35% das obras de geração previstas até 2020 estão atrasadas, então isso acaba comprometendo a segurança do sistema. Além disso, o planejamento precisa ser integrado. Algumas usinas ficaram prontas sem linhas de transmissão. Esse é um ponto crucial para resolver o problema", destaca Cuberos.
Ele avalia que o atraso nas obras de transmissão compromete o escoamento da energia entre as regiões, porque em momentos com consumo elevado é crucial poder transferir energia de uma região para outra. Além disso, é preciso, na opinião do executivo, realizar programas de racionalização, de eficiência energética, que o governo reluta em adotar. "São três pontos cruciais: a fiscalização das obras, o planejamento integrado da geração e transmissão e o consumidor poder ajudar na redução do consumo", analisa Cuberos.
Ávila, da Trade Energy, diz que não há uma solução de curto prazo para a crise existente, a não ser que chova. "Não construímos os reservatórios que deveríamos ter construído ou as térmicas necessárias para substituírem esses reservatórios. Então, nos próximos meses, se não chover, estamos sujeitos a esse tipo de ocorrência", completou. O executivo alerta que a segurança do sistema está ameaçada e que o nível de risco, que é normalmente de 5%, está acima do programado. "O sistema está todo calibrado assim. O GSF, que está dando problema para os geradores, foi calculado assim também. Não é para ter esse problema de risco. A operação do sistema está acima do nível de risco programado. Assim, dá problema de apagãozinho aqui, ali, dá problema financeiro, porque está tudo desajustado", aponta Ávila. (canalenergia)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Energia solar X Energia eólica

Energia solar tem levado vantagem em relação à eólica
Microtorres de captação da energia produzida pelos ventos necessitam de locais adequados e seu custo é mais alto
Na corrida da microgeração, a energia solar tem levado vantagem em relação às pequenas torres eólicas. Dois fatores jogam contra a captação da energia gerada a partir dos ventos, quando comparada àquela retirada dos painéis fotovoltaicos.
O primeiro é de ordem física: as torres necessitam de locais que tenham boa presença de vento - em termos de velocidade e de regularidade. O segundo diz respeito ao preço. Em média, um projeto eólico previsto para gerar a mesma quantidade de energia de uma estrutura solar é até 40% mais caro. Esse valor deve-se não apenas ao uso de equipamentos mais caros, mas também à complexidade de engenharia desses projetos.
Apesar de a energia solar ser mais democrática que a eólica, Estados do Nordeste e o Rio Grande do Sul são privilegiados para esse tipo de projeto. A adoção de microtorres eólicas também tem se espalhado em operações específicas de empresas.
Um exemplo são as antenas repetidoras de sinais de internet e telefonia, normalmente instaladas em regiões remotas e sem acesso à rede elétrica, mas com muita incidência de vento, por estarem no pico de montanhas. Para enviar seus sinais de frequência, essas antenas precisam de energia.
A geração eólica doméstica pode até ter dificuldades de se plugar nas redes das distribuidoras, mas seu uso independente, apoiado em baterias, pode ser uma alternativa viável. "Hoje temos cerca de 700 clientes espalhados no País, praticamente todos eles ainda desplugados da rede pública de energia", comenta Pereira.
Os números da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) são a prova de que os projetos eólicos em rede ainda estão em fase de gestação. Até agora, apenas 17 projetos de microeólicas plugadas em distribuidoras foram cadastrados pela agência. "Temos o monopólio de um mercado que ainda não existe, mas um dia ele vai existir", diz Luiz Cezar Pereira.
Os prédios devem ser o próximo mercado da energia baseada em vento. Novos projetos baseados em torres verticais devem chegar ao mercado no início do próximo ano.
"Estamos muito atrasados. Hoje há 806 mil pequenas turbinas de vento instaladas no mundo - 570 mil na China. Isso só acontece em função de políticas de Estado. Lá o assunto é tratado como política pública", diz Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal, especializado em estudos de fontes renováveis de energia.
Atraso
Até agora, apesar 17 projetos de micro usinas eólicas plugadas em distribuidoras foram cadastrados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (OESP)

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Energia limpa

A energia limpa refere-se a fontes que são renováveis e que não lançam poluentes na atmosfera, interferindo no ciclo do carbono, ao contrário dos combustíveis fósseis.
Entre as formas de energia limpa, temos a eólica, a solar e os biocombustíveis.
Quando se fala em “energia limpa”, não estamos falando de um tipo de geração de energia que não cause nenhum impacto ambiental, pois, até o momento, esse sonho ainda não se tornou realidade. Na verdade, a energia limpa refere-se àquela fonte de energia que não lança poluentes na atmosfera e que apresenta um impacto sobre a natureza somente no local da instalação da usina. Entre as formas de energia que atendem a esses requisitos estão: energia eólica, energia solar, energia maremotriz, energia geotérmica, energia hidráulica e energia nuclear.
Todas essas formas de energia causam impactos ambientais, mesmo que sejam mínimos, porém, não interferem na poluição em nível global.
Agora, quando falamos em energia necessária para a movimentação dos veículos, a energia limpa refere-se àquela que não contribui de maneira significativa para a quantidade de carbono (mais especificadamente dióxido de carbono (CO2)) na atmosfera e, consequentemente, não intensifica o efeito estufa e não agrava o problema do aquecimento global. Entre elas, podemos citar a biomassa (biocombustível), como o etanol e o biodiesel.
Para mostrar como esses combustíveis não interferem no ciclo do carbono, vamos citar como exemplo o biodiesel, que pode ser produzido a partir de vários óleos vegetais, tais como soja, amendoim, mamona, algodão, babaçu, palma, girassol, dendê, canola, gergelim e milho. Ao serem queimados, assim como qualquer material orgânico, os biocombustíveis também liberam dióxido de carbono. Mas esse gás volta a fixar-se no vegetal durante o seu crescimento por meio da fotossíntese. Desse modo, o balanço de carbono fica igual a zero para a atmosfera e, por isso, esses combustíveis são considerados “limpos”. Já os combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo, emitem gás carbônico desde a sua extração até a sua queima.
Vamos falar agora resumidamente de cada um desses tipos de energia limpa:
* Energia eólica: Instalam-se eólias, isto é, hélices presas em um pilar, que captam a energia mecânica produzida pelos ventos para transformá-la em energia elétrica. A instalação desse tipo de usina pode causar alteração na paisagem, poluição sonora, interferência em transmissões de rádio e televisão, além da ameaça aos pássaros.
* Energia solar: Os painéis solares com células voltaicas, cujo principal componente é o silício, captam a energia do sol que pode ser usada em residências para aquecer a água e ambientes, além de, de forma indireta, produzirem energia elétrica.
Entre os impactos ambientais, temos os que ocorrem somente na extração e no processamento do silício.
Infelizmente o custo da instalação desse tipo de geração de energia ainda continua elevado, não sendo acessível para a maioria da população. Mas o custo da construção dos painéis solares vem diminuindo e, com o tempo, o gasto inicial é compensado pela economia na conta de energia elétrica convencional.
A energia eólica e solar são exemplos de formas de energia limpa
* Energia maremotriz: A energia cinética proveniente das ondas dos mares é aproveitada para gerar energia elétrica ao passar pelas turbinas.
Ilustração de turbinas instaladas no mar para a geração de energia maremotriz
* Energia geotérmica: “Geo” significa terra e “térmica” corresponde a calor, portanto, a energia geotérmica é a energia calorífica da terra. Ela é oriunda do magma que fica a menos de 64 km da superfície terrestre. Esse calor faz a água de camadas subterrâneas evaporar e esse vapor é conduzido por meio de tubos até lâminas de uma turbina que são giradas por ele. Um gerador transforma essa energia mecânica em elétrica.
Usina de geração de energia geotérmica
Os tipos de energia citados até agora são os que causam menos impactos ao meio ambiente, porém não possuem um rendimento muito apreciável. As analisadas a seguir têm maior rendimento, maior versatilidade e, infelizmente, maior impacto ambiental.
* Energia hidráulica: São construídas grandes usinas hidrelétricas que aproveitam o movimento das águas de rios que possuem desníveis naturais ou artificiais. A construção dessas usinas pode causar alagamentos, mudanças na paisagem original, deslocamento populacional, destruição de ecossistemas, entre outros.
A construção de usinas para a geração de energia hidráulica gera grande impacto ambiental.
* Energia nuclear: As reações de fissão nuclear resultam na emissão de uma quantidade colossal de energia, que é usada nessas usinas para aquecer a água. O vapor gerado faz as turbinas girarem, produzindo energia elétrica. Para entender melhor como ocorre esse processo, leia o texto Reator Nuclear.
A construção e manutenção de uma usina nuclear possui custo muito elevado, riscos de acidentes, problemas com o lixo nuclear gerado e ainda tem o problema da água aquecida que retorna aos lagos, rios e mares, podendo causar a morte de peixes e outros seres vivos.
Torres de resfriamento em usina de geração de energia nuclear
* Biocombustíveis: São produzidos a partir da biomassa, ou seja, de matéria orgânica animal e vegetal. Dois que chamam a atenção atualmente são o etanol, produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar e, em outros países, como os Estados Unidos, a partir do milho; e o biodiesel, obtido a partir de óleos vegetais, residuais (como de frituras) e gorduras animais.
Os biocombustíveis são oriundos de matéria orgânica como o milho
Para saber mais sobre esses e outros combustíveis, acesse a seção de Química abaixo:
- Combustíveis. (brasilescola)

Lixo da indústria de alimentos pode virar energia limpa

Pesquisadores do Cempeqc/UNESP desenvolvem metodologia para produzir hidrogênio a partir de águas residuárias do beneficiamento da laranja.
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP) em Araraquara (SP) estudam a viabilidade de usar a água residuária da indústria de suco de laranja para produzir hidrogênio – uma fonte de energia renovável, inesgotável e não poluente.
A pesquisa, apoiada pela FAPESP, está em andamento no Centro de Monitoramento e Pesquisa da Qualidade de Combustíveis, Biocombustíveis, Petróleo e Derivados (Cempeqc) do Instituto de Química da UNESP.
“A vantagem de produzir hidrogênio a partir de águas residuárias é aproveitar, de maneira sustentável, uma fonte de carbono que hoje está sendo descartada”, argumentou Sandra Imaculada Maintinguer, pesquisadora do Cempeqc.
De acordo com a pesquisadora, a proposta é reaproveitar a energia gerada localmente, na própria indústria, para abastecer as bombas dos sistemas de tratamento biológico, por exemplo.
“O método poderia beneficiar não apenas o setor citrícola, como o sucroalcoleiro, indústrias de refrigerantes, cervejas e de outros alimentos”, afirmou Maintinguer.
O hidrogênio, explicou a pesquisadora, é quase três vezes mais energético que os hidrocarbonetos e que o metano e quatro vezes mais que o etanol. No entanto, em razão do custo ainda elevado de armazenamento e transporte, seria inviável usar o gás, por exemplo, para substituir a energia hidrelétrica – ainda muito barata no Brasil.
O grupo de pesquisadores do Cempeqc está estudando três diferentes resíduos do beneficiamento da laranja cedidos por uma empresa situada em Matão (SP): o melaço, a vinhaça e a água residuária.
Embora o melaço e a vinhaça apresentem concentrações mais elevadas de açúcares (40 a 150 g glicose/L), testes preliminares sugerem que a água residuária (12g glicose/L) é a mais indicada para a produção biológica de hidrogênio.
“Quando a concentração de substrato é muito elevada, pode ocorrer a inibição do crescimento dos microrganismos que quebram os açúcares em moléculas menores, como ácidos orgânicos e hidrogênio. Existe uma faixa ideal, que parece ser a da água residuária”, disse Maintinguer.
Além da glicose, os pesquisadores também encontraram outras fontes de carbono na água residuária, como frutose e ácidos orgânicos, além de impurezas como óleos e detergentes usados no processo industrial.
“Fizemos os testes usando a água residuária com todas as impurezas e, mesmo assim, os resultados foram muito promissores. Conseguimos transformar cerca de 65% desse resíduo em hidrogênio. Como os microrganismos usam os nutrientes para crescer e se multiplicar em primeiro lugar, a produção nunca chega a 100%”, explicou a pesquisadora.
Arqueas Metanogênicas
Os ensaios, em escala de bancada, foram feitos em reatores anaeróbios (frascos de vidro hermeticamente fechados), para evitar que o contato com o oxigênio inibisse a produção da enzima hidrogenase, extremamente importante na produção biológica de hidrogênio.
Na água residuária foi inoculado um conjunto de microrganismos de diferentes classes coletado em sistemas de tratamento biológico de esgotos sanitários. De acordo com a pesquisadora, o inoculo também pode ser obtido a partir do próprio lodo formado nos sistemas biológicos de tratamento industrial.
Porém, é necessário um pré-tratamento para eliminar as chamadas arqueas metanogênicas, um tipo de microrganismo capaz de consumir o hidrogênio produzido para formar metano, algo indesejável nesse caso.
“O processo biológico anaeróbio tem várias etapas e, em cada uma delas, atua uma classe diferente de microrganismo. Os carboidratos são quebrados em açúcares, ácidos orgânicos, acetato, hidrogênio e, se o processo não for interrompido, em metano”, disse a pesquisadora.
Para evitar que isso aconteça, o inoculo é submetido a um choque térmico e o pH do meio é reduzido para 5,5. O pré-tratamento causa a eliminação das arqueias metanogênicas, enquanto as bactérias úteis para o processo apenas entram em estado vegetativo, voltando a se multiplicar quando as condições se tornam favoráveis.
“É um método fácil e barato e só é necessário fazê-lo uma vez. Depois posso reaplicar o inóculo em outra amostra quando acabar o substrato no reator. Por enquanto, estamos usando apenas a configuração de reator em batelada (frascos com quantidades limitadas onde a reação ocorre até o substrato acabar e depois é preciso reabastecer). O próximo passo é testar em um reator de fluxo contínuo”, disse Maintinguer.
Além do hidrogênio, resultam do processo alguns ácidos graxos voláteis – como o ácido butírico e o ácido acético – também passíveis de serem transformados em hidrogênio por bactérias fotoheterotróficas.
“Elas consomem esses ácidos na presença da luz e liberam mais hidrogênio, elevando assim o rendimento”, explicou a pesquisadora.
Na avaliação de Maintinguer, o Brasil tem um grande potencial para ser referência em tecnologia do hidrogênio e é beneficiado pelo fato de ser um país tropical, com temperaturas médias anuais em torno de 25ºC – favorável ao desenvolvimento de bactérias.
“Em países como Holanda e Alemanha é preciso aquecer os reatores para que o processo seja bem sucedido”, comentou.
O Ministério de Minas e Energia tem planos para introduzir o hidrogênio na matriz energética do país até 2025, inclusive como combustível automotivo. Uma das metas do governo brasileiro é que, após 2020, toda a produção do gás seja obtida a partir de fontes renováveis. (ecodebate)

domingo, 18 de janeiro de 2015

Boeing e Embraer apostam no biocombustível na aviação

Os fabricantes de aviões Boeing e Embraer, com o apoio de uma agência de investigação, anunciaram o plano de ação para implementar a utilização de biocombustíveis na aviação.
Num comunicado conjunto da Boeing, Embraer e da Fundação Amparo para a Pesquisa do Estado de São Paulo, os três parceiros comprometem-se a trabalhar em conjunto para identificar "lacunas e barreiras relacionadas com a investigação, produção, transporte e utilização de biocombustíveis na aviação".
O documento, intitulado "Plano de voo para biocombustíveis de aviação no Brasil", foi elaborado numa série de centros especializados entre maio e dezembro de 2012 em várias cidades brasileiras, com a participação de representantes da indústria, companhias aéreas e universidades do país e do exterior.
A utilização de biocombustíveis, segundo o estudo, pode contribuir para um crescimento neutro do carbono até 2020 e levar a uma redução de 50 % nas emissões de gás carbónico até 2050, um cenário que pode converter o Brasil num país líder do setor a nível mundial.
O estudo identificou matérias-primas como açúcar, oleaginosas e resíduos sólidos e gases para criar um biocombustível que se pode misturar ao querosene e combustíveis fósseis utilizados na aviação. (guilhermegerold)

Aliança Brasileira para Biocombustíveis de Aviação

A indústria global do transporte aéreo contribui em torno de 2% dos gases de efeito estufa gerados por ações do homem. O crescimento desta indústria nas últimas décadas, aliado ao aumento de eficiência evitou que o cenário atual fosse mais representativo. No entanto, com o constante crescimento do tráfego aéreo, a previsão é de que esta proporção deverá aumentar nos próximos anos.
Em resposta a esta previsão, a aviação civil como um todo: empresas aéreas, fabricantes de aeronaves, sistemas aeroportuários e de controle de tráfego aéreo vêm trabalhando coordenadamente numa série de metas para reduzir seu impacto ambiental, de forma a manter-se como um instrumento do crescimento econômico. Essas metas incluem: melhoria da eficiência de combustível de 1,5% até 2020, limitar as emissões da indústria a partir de 2020 e reduzir em 50% as emissões da indústria até 2050, tendo como linha de base 2005.
Para que essa meta seja atingida é essencial a utilização de biocombustíveis drop-in – produzidos a partir de biomassas sustentáveis que não contribuam para o desflorestamento e apresentem balanço positivo de emissão de CO2 em comparação com o combustível derivado do petróleo.
Motivado pela crescente demanda em atender os requisitos para a redução de emissões de gases do efeito estufa na aviação, bem como fornecer caminhos para a segurança energética do Brasil, a ABRABA coloca-se como um fórum para discutir os diversos aspectos do desenvolvimento de biocombustíveis aeronáuticos sustentáveis que posicione o Brasil como um dos principais protagonistas mundiais nesta tecnologia, a exemplo do que já é realizado  no transporte terrestre.
Em diferentes regiões do mundo, empresas aéreas e fabricantes de aviões têm realizado voos utilizando combustíveis alternativos, principalmente com bioquerosene misturado ao querosene convencional de aviação, com o objetivo de demonstrar a viabilidade técnica desses  combustíveis renováveis. Entre 2008 e 2010, foram realizados oito voos de demonstração com biocombustíveis produzidos a partir de diversas matérias primas, um dos quais, no Brasil,  utilizando o pinhão-manso produzido no país  como matéria prima para o biocombustível.
Objetivo da ABRABA:
Promover iniciativas públicas e privadas que busquem o desenvolvimento, a certificação e a produção comercial de biocombustíveis sustentáveis para a aviação.
Os objetivos serão viabilizados por meio de parcerias com formuladores de políticas públicas e dos participantes envolvidos no segmento de biocombustíveis aeronáuticos. A meta é a obtenção de biocombustíveis com níveis equivalentes de qualidade, segurança de uso, custo e capacidade produtiva adequada, em relação aos combustíveis derivados de petróleo.
A ABRABA acredita que a utilização de biocombustíveis sustentáveis produzidos a partir de biomassas é fundamental para manter o crescimento da indústria de aviação em uma economia de baixa emissão de carbono.
Capacitação tecnológica nacional
O engajamento do Brasil em projetos de desenvolvimento de combustíveis alternativos capacitará agricultores, técnicos e indústrias, de forma a criar uma base tecnológica consistente. Entre os benefícios que o estabelecimento de uma política específica e com vistas ao futuro da aviação traria para o país estão:
· Promover o desenvolvimento tecnológico entre academia, agências reguladoras e organismos privados;
· Capacitar e promover a inserção da indústria nacional no mercado de combustíveis alternativos;
· Engajar o setor agrícola e instituições de pesquisa visando à busca de material genético de alta produtividade e o desenvolvimento produtivo de culturas agro energéticas adequadas;
· Agregar valor às biomassas produzidas no país;
· Avaliar os impactos da utilização de biocombustíveis sustentáveis para a aviação;
· Garantir a segurança e independência energética para a aviação de defesa. (abraba)

Boeing, Embraer e o desenvolvimento de biocombustíveis

Boeing e Embraer criam centro para desenvolvimento de biocombustíveis
A Boeing e a Embraer inauguraram em 14/01/14 um Centro de Pesquisa em Biocombustíveis Sustentáveis para Aviação em São José dos Campos (SP). O centro vai funcionar no Parque Tecnológico da cidade e tem como objetivo coordenar e financiar pesquisas de soluções que reduzam a emissão de poluentes por combustíveis utilizados no setor.
 
 
O desenvolvimento de novas tecnologias deve ser feito por meio de parcerias com universidades e instituições brasileiras. A intenção é reduzir a emissão de carbono no planeta até 2050. “A indústria de aviação é responsável por 2% dessa poluição no mundo, crescendo todo ano. Temos a responsabilidade de assegurar um desenvolvimento que seja bom para o meio ambiente”, afirmou a presidente da Boeing no país e na América Latina Donna Hrinak.
O centro no Parque Tecnológico, onde a Boeing já abriga seu primeiro centro brasileiro para pesquisa, conta com duas salas executivas para abrigar os trabalhos pela parceria. “Não será um laboratório, é um centro de coordenação para conseguir atenção no setor. Queremos assegurar a viabilidade da cadeia de produção”, disse Donna. O valor do investimento não foi divulgado pelas empresas.
Apesar da inauguração, as companhias seguem na definição de parcerias para integrar o projeto. “Estamos estruturando estes projetos com entidades brasileiras e por questões formais ainda não podemos divulgar. Isso deve acontecer ainda no primeiro semestre”, afirmou o vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer Mauro Kern.
Potencial
Segundo Kern, a escolha do Brasil para abrigar o desenvolvimento de novas tecnologias se dá pelo histórico do país na criação de combustíveis renováveis, como o etanol, e por contar com matriz energética com potencial para novos produtos. “O Brasil é rico em diversidade e tem capacidade para permitir novas tecnologias de biomassa. O país é muito forte com a cana-de-açúcar, óleo comestível, algas, entre outros recursos”, avalia. 
As duas empresas já realizaram experiências com biocombustíveis nos últimos anos. Para as companhias, um dos principais desafios é manter a qualidade e viabilidade dos novos combustíveis para aeronaves, comparado a outros como o petróleo, que segue em valorização baixa. “O trabalho pressupõe colocar o combustível com a mesma característica e produção de energia do combustível fóssil”, disse Kern.
Segundo a Embraer, prazos e produtos concretos ainda estão sendo estudados. “Não temos a visão completa de como essas iniciativas vão nos levar as metas, mas não podemos deixar de nos engajar”, afirmou o diretor. (biodieselbr)

Lufthansa fará cinco mil voos com bioquerosene

O Grupo Lufthansa vai abastecer as aeronaves da frota em Oslo, na Noruega, com uma mistura de bioquerosene. A empresa recentemente se tornou a primeira a firmar este tipo de contrato com a companhia norueguesa de combustíveis, Statoil Aviation, e há quatro anos vem investindo em pesquisa, testando e usando combustíveis alternativos.
Por um período de um ano, a partir de março de 2015, Statoil vai abastecer 9,5 milhões de litros de biocombustível certificado e sustentavelmente produzido nos tanques do aeroporto de Oslo. Aproximadamente cinco mil voos do Grupo Lufthansa (Lufthansa, Swiss, Austrian Airlines, Germanwings, Brussels Airlines) operados a partir do aeroporto da capital norueguesa vão voar com a mistura de bioquerosene.
O aeroporto de Oslo é o maior aeroporto comercial do mundo a oferecer provisão regular de biocombustível por um longo período e abastecer aeronaves com biocombustível diretamente do sistema de abastecimento.
Em 2011, Lufthansa foi a primeira companhia aérea no mundo a conduzir voos regulares com uma mistura de bioquerosene ao operar um Airbus A321 entre Frankfurt e Hamburgo por meio ano como parte do projeto. O teste de longa duração foi acompanhado por detalhadas medições de emissões e pesquisa sobre processo de produção e disponibilidade de biomassa. (biodieselbr)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

1° parque eólico da Honda no mundo

Honda inaugura primeiro parque eólico da empresa no mundo
Em pesquisa INT/MCTI, gás de lixo vira hidrogênio para produção limpa de energia.
De vilão do mau cheiro e causador do efeito estufa, o biogás pode se transformar numa avançada fonte de energia, sendo convertido em hidrogênio (H2) para geração de energia por meio de uma célula a combustível. A alternativa vem sendo desenvolvida pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), em trabalho realizado por uma equipe da área de Catálise e Processos Químicos, comandada pelo tecnologista Fábio Bellot Noronha, dentro do projeto Utilização do Hidrogênio produzido por reforma do biogás proveniente de resíduos urbanos para a geração de energia, apoiado pelas fundações de apoio à pesquisa do RJ e de SP, Faperj e Fapesp, após seleção em chamada conjunta sobre Mudanças Climáticas Globais.
O trabalho ganhou repercussão internacional quando os resultados desse projeto foram apresentados em São Francisco, Califórnia, no 248º Encontro Nacional da American Chemical Society (ACS), a maior sociedade científica do mundo, que reuniu este ano mais de 15 mil pesquisadores.
A tecnologia da produção de hidrogênio a partir do biogás, produzido tanto em aterros sanitários como em estações de tratamento de esgoto, surgiu como uma alternativa para o controle das emissões de metano e dióxido de carbono (CO2), com aproveitamento diferenciado para a geração de energia elétrica. O metano, que corresponde a cerca de 55% do biogás, contribui 21 vezes mais para o fenômeno conhecido como efeito estufa do que o CO2, que também compõe a mistura em mais de 30%.
A solução atual para o problema dessas emissões tem sido a queima do biogás, em alguns casos sendo usada em motores à combustão para a geração de calor e eletricidade. A nova tecnologia de produção de hidrogênio para alimentação de células a combustível, no entanto, permite o dobro da eficiência energética do que esses geradores, e, ao contrário desses, não gera nenhum subproduto além de vapor d’água.
Além do INT, que coordena o projeto pelo lado da Faperj, o trabalho envolve a participação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena o projeto junto à FAPESP, por meio da professora Sania Maria de Lima. O trabalho envolve também os professores Claudio Fernando Mahler, do Laboratório de Geotecnia da Coppe/UFRJ, e Adriana Soares de Schueler, da UFRRJ, responsáveis pelas medições das emissões dos gases no aterro sanitário do Morro do Céu, em Niterói (RJ).
A Tecnologia
A produção do hidrogênio é realizada basicamente pelo processo de reforma seca do metano (CH4), que converte o biogás (CH4 + CO2) em gás de síntese, uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono (H2 + CO). A conversão é viabilizada por um catalisador, no caso, um óxido do tipo perovskita depositado em um suporte de cerâmica, que, testado no Laboratório de Catálise do INT, se mostrou altamente estável.
Depois, em função do tipo de célula a combustível a ser usada, é necessária uma etapa de purificação para extrair o monóxido de carbono. No caso da célula a combustível do tipo PEM, é necessária uma corrente pura de hidrogênio, implicando em etapas de purificação para remover o monóxido de carbono, realizadas por meio de reação de deslocamento de água e metanação ou oxidação seletiva. No caso de uma célula a combustível do tipo SOFC, apenas a etapa de deslocamento de água é necessária.
“O processo já está desenvolvido, faltando agora somente testá-lo em larga escala, em um aterro sanitário”, conclui Noronha, com expectativa de ver em breve o uso comercial da tecnologia. (ecodebate)

Projeto inédito no setor automotivo permite redução de CO2

Projeto é inédito no setor automotivo brasileiro e permitirá a redução da emissão de 2,2 mil toneladas de CO2 por ano no meio ambiente.
O parque eólico da Honda Energy do Brasil inicia oficialmente suas operações em 26/11/14. Localizado na cidade de Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul, o projeto é pioneiro no setor automotivo brasileiro e no grupo Honda no mundo.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do Presidente da Honda South America, Issao Mizoguchi, do Presidente da Honda Energy do Brasil, Carlos Eigi Miyakuchi, além Governador do Estado de Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do Secretário Estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, do Diretor de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Sr. Jorge Paglioli Jobim, do Prefeito de Xangri-lá, Sr. Cilon Rodrigues da Silveira, demais autoridades locais, entidades, jornalistas e fornecedores.
Desde que a construção do parque eólico foi iniciada, em outubro de 2013, a Honda fez investimentos na ordem de R$ 100 milhões para a implementação total do projeto. A partir de agora, a unidade produzirá energia suficiente para atender toda a demanda de energia elétrica da fábrica da Honda Automóveis em Sumaré, interior de São Paulo, que tem capacidade produtiva anual de 120 mil carros.
O parque eólico que acaba de entrar em operação possui nove aerogeradores de 3MW cada, com capacidade total de 27MW, que devem gerar 95.000 MW/ano, o equivalente ao consumo de energia de cidades com aproximadamente 35 mil pessoas. Assim, com o pleno funcionamento do parque, a empresa deixará de emitir 2,2 mil toneladas do CO2 por ano, o que representa aproximadamente 30% do total gerado pela fábrica de automóveis.
Para o presidente da Honda Energy, Eigi Miyakuchi, a escolha do Brasil para sediar o primeiro parque eólico da empresa no mundo reafirma a aposta que a Honda faz no País. “Acreditamos no potencial do mercado brasileiro e nossos recentes investimentos demonstram essa confiança”, destaca. Os equipamentos da Honda Energy são um os maiores do Brasil. As nove torres têm 94 metros de altura e o ponto mais alto do conjunto alcança 150 metros. As 27 pás, por sua vez, possuem 55 metros e 15 toneladas cada. Para a preparação do terreno e montagem dos aerogeradores, a empresa contou com um time de 130 pessoas, entre colaboradores diretos e indiretos, que estiveram empenhados em garantir o padrão de qualidade Honda e o respeito ao meio ambiente em todas as etapas da construção.
"O Rio Grande do Sul está entre os líderes na produção de energia eólica na América Latina e o investimento da Honda no nosso litoral, em Xangri-Lá, torna-se importante neste contexto por trazer mais tecnologia para o setor. Os parques eólicos representam bilhões de reais em investimentos e geram milhares de empregos em regiões que antes eram consideradas deprimidas. Caminhamos para ser um estado autossuficiente em energia, com grande participação da energia eólica. Estes resultados e a inauguração do Parque da Honda são motivos de grande orgulho para o nosso Governo", enfatizou o Governador do Estado de Rio Grande do Sul, Tarso Genro.
Vídeo do projeto em: http://youtu.be/GGALLYs1MCk
Sobre o compromisso ambiental da Honda
As primeiras ações socioambientais da Honda surgiram na década de 60, quando, por iniciativa de seu fundador, Soichiro Honda, foi criado um departamento para estudar e reduzir as emissões de poluentes de seus produtos, além de promover ações para reforçar os laços com as comunidades locais.
Em 2011, a empresa estabeleceu a meta de reduzir em 30%, até 2020, as emissões de CO2 de seus automóveis, motocicletas e produtos de força, e também de seus processos produtivos em todo o mundo, em comparação com os níveis obtidos em 2000. Assim, o parque eólico é uma das diversas iniciativas que a empresa vem realizando para contribuir significativamente para que as metas sejam atingidas no Brasil.
Em todas as unidades da Honda no mundo, o nível de CO2 emitido é constantemente monitorado, com planos de melhoria contínua. Os conceitos de Green Factory, Green Logistic, Green Dealer e Green Office adotados pela empresa consolidam ações de redução dos impactos ambientais em toda a cadeia produtiva, desde seus fornecedores, passando pelas fábricas e transporte de seus produtos até a rede de concessionárias.
Somando-se às operações de motocicletas, produtos de força e automóveis, o que inclui a construção do primeiro parque eólico da empresa no mundo, a Honda investiu, de 2011 a julho de 2014, aproximadamente R$ 120 milhões em Gestão Ambiental no Brasil. (gendaiveiculos)