Associações têm expectativa
positiva para fontes renováveis em 2015
O ano de 2014 se
mostrou cheio de dificuldades para o setor elétrico e evidenciou a necessidade
de se incentivar a geração renovável. Trata-se de uma opção para diminuir
os altos gastos com as termelétricas fósseis. Durante a reunião do Fórum
de Associações do Setor Elétrico (FASE) com o novo ministro de Minas e Energia,
Eduardo Braga, realizada em 09/01/15 em Brasília-DF, representantes dessas
cadeias produtivas se mostraram confiantes em um 2015 positivo.
Com relação à geração
hidráulica, o ano pode ser de melhorias para as Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs). Talvez a principal delas seja a expectativa de que mais projetos
sejam analisados e aprovados, consequência das mudanças estruturais na Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É o que analisa o vice-presidente da
Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (ABRACH),
Plínio Pereira.
“O quadro para o setor
é mais difícil que no último ano. Mas, felizmente, temos no MME alguém com
condições. E também na ‘nova Aneel’, que vai descarregar a quantidade enorme de
projetos paralisados e, vai implementar a nova simplificação. Temos
dificuldades, também oportunidades para as PCHs. Ficou claro que podem ajudar
muito”, afirmou Pereira, lembrando que existem 7,2 mil megawatts (MW) em 640
projetos à espera de análise. “Temos que ser otimistas”, reforçou.
A perspectiva se
estende também às eólicas, que nesta primeira semana de janeiro atingiu os 6
gigawatts (GW) de potência instalada. Após ter um crescimento destacável
em 2014, o planejamento é manter o ritmo no novo ano. “A expectativa é manter o
crescimento dos três últimos anos, com uma forte presença da fonte nos
leilões”, disse Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia
Eólica (ABEEólica).
Para que os ventos
possam gerar mais energia, algumas mudanças são pleiteadas. “O nosso desejo é a
criação e aprimoramento da estrutura de transmissão, algo em que o MME está
trabalhando para melhorar. Também há uma necessidade de novos leilões”,
acrescentou Elbia.
O setor fotovoltaico,
ainda novo em desenvolvimento no Brasil, é outro que prevê avanços em 2015.
Rodrigo Lopes Sauaia, diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia
Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), avaliou 2014 como “um ano histórico” e
revela que as metas futuras são grandes: que 1 GW seja contratado por ano
nos leilões e que até 2020 exista 1 milhão de telhados fotovoltaicos no país.
“O ano que passou
marcou a inserção da fonte na matriz energética. É uma fase nova para o
mercado, um sinal de fomento para a cadeia produtiva”, analisou Sauaia.
“Acreditamos em um aumento na geração distribuída para 2015 em decorrência do
aumento das tarifas. É um incentivo para a GD”, concluiu. (abrapch)
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