IBAMA autoriza a operação do parque eólico mais meridional
do Brasil
O presidente do IBAMA, Volney Zanardi Júnior,
assinou em 01/12/12 a licença de operação do Parque Eólico Minuano, localizado
nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, no Rio Grande do Sul.
A unidade conta com 23 aerogeradores, compostos
por torres de 78 m de altura e rotor com 97 m de diâmetro, com capacidade de
geração de 46 megawatts (MW). Trata-se do parque eólico mais meridional do
Brasil, contando com aerogerador localizado a apenas 650 m do extremo sul do
país, junto ao Uruguai.
O parque integra o Complexo Eólico Campos
Neutrais, da Eletrosul, considerado o maior da América Latina, composto por
diversos parques licenciados pelo órgão estadual de meio ambiente (FEPAM), com
potência total instalada de 583 MW, suficiente para atender ao consumo de 3,3
milhões de habitantes.
Previamente à implantação do empreendimento,
foi executado amplo diagnóstico ambiental, o qual embasou os programas de
controle e monitoramento executados durante sua instalação. Por estar inserido
em área que conta com espécies ameaçadas de anfíbios e peixes anuais, ações
específicas de proteção para estes grupos foram adotadas, incluindo marcação e
translocação de indivíduos e alteração da disposição de aerogeradores e acessos
internos. Foi preservada a dinâmica hídrica da área, essencial para a
manutenção do ecossistema local, sendo que toda a rede de energia interna ao
parque, que o liga à subestação, é subterrânea, com cerca de 20 km de extensão.
O transporte do material destinado à
construção dos acessos e das grandes estruturas que compõem as torres também
não foi esquecido, inclusive, pelo fato de que o único acesso à área atravessa
a Estação Ecológica do Taim. Em acordo com aquela unidade de conservação, foram
doadas pelo empreendedor câmeras fotográficas, que possibilitarão a avaliação
da efetividade das passagens de fauna já existentes sob a BR-471/RS, para
avaliação dos atropelamentos no trecho antes e durante a instalação do parque.
Durante a operação do parque eólico, os
programas ambientais propiciarão o monitoramento dos impactos às aves e aos
morcegos, que incluirá o uso de cães farejadores especialmente treinados para
localizar carcaças de animais que venham a colidir com as estruturas.
O licenciamento foi conduzido pelo Núcleo de
Licenciamento Ambiental do Ibama no Rio Grande do Sul, referência para a
tipologia, orientado pela Coordenação de Energia Elétrica Nuclear e Dutos, da
Diretoria de Licenciamento Ambiental. (ecodebate)
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