Boeing e Embraer criam centro para desenvolvimento de
biocombustíveis
A
Boeing e a Embraer inauguraram em 14/01/14 um Centro de Pesquisa em
Biocombustíveis Sustentáveis para Aviação em São José dos Campos (SP). O centro
vai funcionar no Parque Tecnológico da cidade e tem como objetivo coordenar e
financiar pesquisas de soluções que reduzam a emissão de poluentes por combustíveis
utilizados no setor.
O
desenvolvimento de novas tecnologias deve ser feito por meio de parcerias com
universidades e instituições brasileiras. A intenção é reduzir a emissão de
carbono no planeta até 2050. “A indústria de aviação é responsável por 2% dessa
poluição no mundo, crescendo todo ano. Temos a responsabilidade de assegurar um
desenvolvimento que seja bom para o meio ambiente”, afirmou a presidente da
Boeing no país e na América Latina Donna Hrinak.
O
centro no Parque Tecnológico, onde a Boeing já abriga seu primeiro centro
brasileiro para pesquisa, conta com duas salas executivas para abrigar os
trabalhos pela parceria. “Não será um laboratório, é um centro de coordenação
para conseguir atenção no setor. Queremos assegurar a viabilidade da cadeia de
produção”, disse Donna. O valor do investimento não foi divulgado pelas
empresas.
Apesar
da inauguração, as companhias seguem na definição de parcerias para integrar o
projeto. “Estamos estruturando estes projetos com entidades brasileiras e por
questões formais ainda não podemos divulgar. Isso deve acontecer ainda no
primeiro semestre”, afirmou o vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da
Embraer Mauro Kern.
Potencial
Segundo
Kern, a escolha do Brasil para abrigar o desenvolvimento de novas tecnologias
se dá pelo histórico do país na criação de combustíveis renováveis, como o
etanol, e por contar com matriz energética com potencial para novos produtos.
“O Brasil é rico em diversidade e tem capacidade para permitir novas
tecnologias de biomassa. O país é muito forte com a cana-de-açúcar, óleo
comestível, algas, entre outros recursos”, avalia.
As
duas empresas já realizaram experiências com biocombustíveis nos últimos anos.
Para as companhias, um dos principais desafios é manter a qualidade e
viabilidade dos novos combustíveis para aeronaves, comparado a outros como o
petróleo, que segue em valorização baixa. “O trabalho pressupõe colocar o
combustível com a mesma característica e produção de energia do combustível
fóssil”, disse Kern.
Segundo
a Embraer, prazos e produtos concretos ainda estão sendo estudados. “Não temos
a visão completa de como essas iniciativas vão nos levar as metas, mas não
podemos deixar de nos engajar”, afirmou o diretor. (biodieselbr)
Nenhum comentário:
Postar um comentário