O atual governo brasileiro de
extrema direita considera construir seis usinas nucleares até 2050, além de
concluir a usina de Angra 3. Uma pergunta recorrente é: a quem interessa? Do
ponto de visto elétrico a nucleoeletricidade pouco contribui e pouco
contribuirá para a matriz elétrica.
Para responder a esta
pergunta que não quer calar, a resposta é simples: SIGA O DINHEIRO.
Uma usina nuclear como
prevista, tem uma potência instalada de 1.100 MW, e custa a bagatela de US$ 5
bilhões, algo em torno de 20 bilhões de reais.
Este valor comumente, será
recheado de aditivos, podendo aumentar até 30% o valor inicial. Imaginem então
leitores, 6 usinas, 120 bilhões de reais (150 bilhões com aditivos) e mais 12
bilhões para terminar Angra 3. Então, estes números já dão uma boa dica a quem
interessa estas construções.
Obviamente as empresas
multinacionais especializadas, como a Areva (francesa), a Rosatom (russa), a
Westinghouse (norte americana), Gezhouba (chinesa), destacadas empresas
multinacionais incentivadoras e propagandeadoras do nuclear em todo mundo,
interessadas pelo negócio, por razões óbvias.
Não podemos esquecer os
militares brasileiros, majoritários nas forças armadas, e cujo sonho é
possui/fabricar a bomba atômica, e outros artefatos bélicos. Também alguns
cientistas que se locupletam com recursos financeiros para suas pesquisas
periféricas. Além da classe política, que se servem destes grandes
empreendimentos para venderem ilusões aos seus eleitores com o “mofado”
discurso do desenvolvimento, da geração de emprego e renda, e mais blá, blá,
blá. Sem contar que alguns (muitos) recebem dinheiro “por fora” por estas
obras.
Mas e a população? O que
pensa destas propostas escalafobéticas resultantes de uma politica energética
sem transparência, incompetente, irresponsável, que celebra o entreguismo do
patrimônio público, por exemplo, com a proposta da privatização da Eletrobras,
e das reservas de petróleo com leilões do pré-sal, favorecendo as empresas
estrangeiras em detrimento da Petrobras.
Os “especialistas”
governamentais e não governamentais, os “lobbies” como o da Associação
Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), amparados
pela mídia corporativa, e pseudo jornalistas, ajudam a propagar as “boas
novas”, as benesses que a energia nuclear trará a nação. Só que as tais
vantagens (sabemos bem quais) não refletirão na melhoria da vida das pessoas.
Ao contrário, o custo da
energia elétrica ao consumidor final aumentará, os riscos de acidentes severos
com a liberação de materiais radioativos para a atmosfera crescerá
proporcionalmente ao número de usinas construídas, além de deixar para as
gerações futuras os rejeitos destes reatores, o conhecido lixo atômico.
É muita má fé não reconhecer
que o Brasil tem um conjunto muito grande de opções energéticas renováveis
adequadas as exigências atuais. Como também não reconhecer os efeitos
sistêmicos entre as fontes hidráulicas, as eólicas, a solar, e as
termoelétricas a biomassa, como melhores opções para a diversidade e
complementaridade de nossa matriz elétrica.
Resistir contra a implantação
de usinas nucleares é defender a vida no planeta Terra.
Não ao nuclear, não aos meros
interesses econômicos. Sim para a vida, e para o futuro do planeta Terra. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário