Renováveis precisam
substituir fontes fósseis, defende especialista do IPCC.
Emissões de gases de efeito
estufa continuam a aumentar e devem alcançar o pico em 2020, afirmam
especialistas.
A edição 2019 do Global
Energy Prize trouxe como os dois escolhidos cientistas cujos trabalhos ajudam
na busca por soluções para a crescente emissão de gases de efeito estufa. Esse
é um tema da mais urgente ação necessária para que se possa conter o avanço da
temperatura no planeta. E esse caminho é pela introdução massiva de fontes
renováveis e eliminação de subsídios à indústria do petróleo e do gás.
Quem afirma isso é Rae Kwon
Chung, presidente do Comitê Internacional do Prêmio concedido pela Global
Energy Association. Ele, é membro do Painel de Líderes e Peritos de Alto Nível
(HELP) do Secretário-Geral da ONU em água e desastres e Membro do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
O especialista observou que o
desenvolvimento dos escolhidos para este ano no campo de conservação e
integração de energia não apenas resolveria os problemas da indústria de
infraestrutura, mas também contribuiria para a eletrificação de regiões remotas
do mundo e atenderia a objetivos de desenvolvimento sustentável.
“A Agenda 2030 da ONU é
crucial. São necessários US$ 2,2 trilhões em investimentos anuais para garantir
o acesso universal a fontes de energia acessíveis, confiáveis, sustentáveis e
modernas”, comentou ele na entrevista coletiva em 01/10/2019.
Esse alerta foi feito
recentemente pela Associação Internacional de Energias Renováveis (Irena, na
sigla em inglês). De acordo com a associação, os investimentos precisariam
dobrar para que se alcance as metas do Acordo de Paris.
Ele citou dados do relatório
‘Energia no novo ciclo tecnológico’, elaborado com base nos resultados da VIII
Cúpula do Prêmio Global de Energia. Entre as conclusões está o fato de que
enquanto os fabricantes mantiverem suas decisões de investimento em ativos
tradicionais de combustíveis fósseis e não estiverem prontos para transferir
subsídios para a energia verde, as mudanças necessárias para a indústria
poderão ser fornecidas por novas tecnologias estruturais para armazenamento e
transferência de energia.
“Essas inovações contribuirão
para uma maior descarbonização do sistema energético global e ajudarão na
transição para o novo ciclo tecnológico, projetado para proporcionar uma melhor
qualidade de vida a todos os que vivem no planeta”, disse o especialista, que
lembrou ainda das discussões ocorridas semana passada na Conferência do Clima
realizada em Nova York, nos Estados Unidos.
O coreano Chung destacou que
houve o alerta de que as ações são urgentes para o futuro e que a energia limpa
é o caminho que deve ser seguido. E essas ações devem estar baseadas em
políticas de estado cujo objetivo é o combate às emissões de gases de efeito
estufa. “As emissões estão aumentando mais rápido do que era previsto e devemos
alcançar um pico em 2020”, alertou ele em sua participação.
Os premiados neste ano foram
os cientistas Khalil Amine com sua pesquisa em uma nova bateria que pode
aumentar sua capacidade em até cinco vezes ante a de lítio atualmente conhecida
e o professor Frede Blaabjerg, da Dinamarca por contribuições técnicas ao
projeto de sistemas de gerenciamento de energia, permitindo a integração de
energias renováveis.
Energia renovável têm
potencial para substituir combustíveis fósseis até 2030, diz relatório.
(canalenergia)
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