Estudo mostra que eólica pode
suprir cerca de 34% da demanda global até 2040.
Relatório mostra que geração
dos ventos pode reduzir em 5,6 bilhões de toneladas as emissões de CO2
no mundo até 2050.
A geração eólica pode suprir
cerca de 34% da demanda global de energia elétrica até 2040, acima dos 4%
atuais, além de reduzir em 5,6 bilhões de toneladas as emissões de CO² no mundo
até 2050 – equivalente a 23% da meta esperada para o período e às emissões
anuais das 80 cidades mais poluentes do planeta.
A conclusão é do relatório
“Os Impactos Socioeconômicos da Energia Eólica no Contexto da Transição
Energética”, produzido pela consultoria KPMG em parceria com a fabricante de
equipamentos Siemens Gamesa. O trabalho elenca vantagens competitivas da eólica
em relação às demais fontes, especialmente as fósseis.
De acordo com o trabalho, a
perspectiva de redução nas emissões de gases causadores do efeito estufa por
meio da ampliação da produção de energia por meio dos ventos representaria uma
economia de US$ 386 bilhões em custos relacionados a catástrofes de mudanças
climáticas, saúde e aumento da temperatura até 2050, valor esse equivalente ao
PIB da Noruega.
Ao
mesmo tempo, uma economia baseada em energias renováveis, como a eólica,
aumentaria a riqueza para todos. O relatório estima que o PIB global aumentaria
em aproximadamente US$ 20 trilhões até 2050, equivalente a cerca de US$ 2.500
por pessoa.
O estudo mapeia ainda os
diversos benefícios que a eólica no campo da saúde a partir da redução das
emissões de gases poluentes. A diminuição anual de custos relacionados a essa
área chegaria a US$ 3,2 trilhões, salvando até quatro milhões de vidas por ano.
Considerando que a escassez
de água afeta hoje 40% da população mundial, o relatório destaca também que o
vento pode economizar 16 bilhões de m³ de água até 2030, o equivalente a cerca
de 15% da água no Mar Morto. O relatório diz ainda que a indústria eólica
poderá empregar cerca de 3 milhões de pessoas no mundo até a metade do século,
três vezes mais do que hoje.
Para o CEO da Siemens Gamesa,
Markus Tacke, o incentivo à transição energética depende do papel de
reguladores, governos e empresas. “Todos estamos preocupados em usar o
conhecimento e as ferramentas que temos neste momento para mitigar a mudança
climática, porque há uma verdadeira urgência”, explicou, durante o lançamento
do estudo.
“Ainda faltam incentivos
financeiros e política claros. As barreiras para uma transição completa para a
energia renovável estão não apenas nos custos tecnológicos, mas também nas
estratégias de longo prazo e investimentos para fazer esses planos ambiciosos
virarem realidade”, disse. (canalenergia)
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