Barco movido à energia solar pretende coletar 110 toneladas de lixo por
dia.
Projeto foi idealizado por um
jovem holandês e deve iniciar o processo na Malásia e nos esgotos na Indonésia.
O jovem holandês Boyan Slat
não para de ter ideias. A mais recente foi a construção de um barco movido a
energia solar capaz de limpar rios, com capacidade para coletar 110 toneladas
de lixo por dia. A ideia é captar esse lixo e levá-lo até terra firme, onde
serão separados e reciclados. O projeto
começa a ser desenvolvido no rio Kelang, na Malásia, e nos esgotos de Cengkareng,
em Jakarta, na Indonésia.
“Gostaria que meu projeto
fosse replicado em larga escala até 2025, para atingir os rios mais poluídos”,
afirma Slat, acrescentando que é muito grato pela equipe e que ainda há muito o
que se fazer.
O projeto tem apoio de mais
de 100 pesquisadores e ambientalistas. É desenvolvido na costa do Haiti e da
Califórnia, onde existe uma grande concentração de plástico, com estimativa de
1 trilhão de detritos. “Ainda temos muitos desafios técnicos, mas estamos
juntos tentando resolvê-los”, comenta Slat.
Este não é a primeira vez que
o jovem holandês Boyan Slat realiza tal projeto. Cinco anos antes de idealizar
este barco, ele já havia criado um dispositivo de limpeza para remover 80 mil
toneladas de plástico do Oceano Pacífico por ano. Batizada de “Limpeza
Oceânica”, a embarcação opera com uma barreira, usando as correntes oceânicas
para interromper os resíduos encontrados no mar.
Jovem cria barco movido à
energia solar para limpar rios.
O Brasil já conta com barcos
movidos à energia solar. Porém um deles tem por objetivo o turismo. Fica em
Bonito, no Mato Grosso do Sul, e segue regras rígidas de preservação da
natureza. Batizado de Biguá, uma das aves aquáticas mais avistadas na zona
rural do município, concilia tecnologia sustentável e é sustentável. Seu modelo
é o Safari 7.0 M, equipado com duas placas solares adaptadas para tocar o motor
elétrico, e capacidade para 15 pessoas sentadas.
“O barco vai ao encontro com
o que desejamos oferecer: a experiência de integração na natureza com
equipamentos modernos, seguros e confortáveis para nossos visitantes”, afirmou
Thyago Sabino, gerente da Estância Mimosa, distante 25,3 km em relação ao
centro de Bonito.
A aquisição do barco foi uma
importante inovação, especialmente em um estado que tem o turismo de natureza
como carro-chefe. O passeio percorre um
trecho de 500 metros pelo Rio Mimoso, passando por paisagens com cachoeiras,
mirantes e morros. E para isso, o barco é alimentado pela energia solar, sempre
presente no céu sul-mato-grossense.
Mas um dos primeiros barcos
brasileiros movidos a energia solar foi testado na Amazônia em 2008, quando uma
pequena embarcação para quatro pessoas circulava nas águas do Rio Amazonas,
para passeios ecológicos de hóspedes de um hotel da região.
Para seu funcionamento, dois
painéis solares geraram 150 watts cada um, com 21 volts de corrente. Esses
painéis alimentaram as baterias e o gerenciador de energia dos motores.
A energia solar também
abasteceu uma bateria reserva para navegar à noite ou em tempo nublado ou
chuvoso. O barco foi equipado com um pequeno motor convencional movido a álcool
e leva alguns litros do combustível para o caso de falha no sistema elétrico,
na época, em fase de testes. (portalsolar)
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