O
Brasil passou a produzir 3 gigawatts de energia solar em julho deste ano nos
telhados e pequenos terrenos, a chamada geração distribuída. O patamar é três
vezes maior que verificado em agosto de 2019, quando havia 1 GW, segundo dados
da ABSOLAR. Para a consultoria Bright Strategies, os motivos do crescimento
foram a busca por redução de gastos pelos consumidores e iniciativas por mais
competitividade pelas empresas no setor produtivo.
A
Bright Strategies é uma consultoria brasileira que atua na construção e
elaboração de modelos de negócios customizados para projetos de energias
renováveis, com especial foco em geração distribuída. Colabora com os clientes
no sentido de encontrar a melhor solução para cada projeto e aspiração, bem
como auxilia no planejamento estratégico para o setor.
Outro fator importante para este crescimento é a perspectiva de aumento das tarifas de energia elétrica no Brasil, que pressionam os consumidores, impactando o orçamento das famílias e os custos das empresas em geral, devido ao atual momento em que a população está passando.
“Esta marca histórica de 3 gigawatts fotovoltaicos nos mostrou que o crescimento exponencial da energia solar na geração distribuída ganhou um novo aspecto neste momento de pandemia e queda da atividade econômica, que é o de atuar como redutor de gastos fixos de comércios e outros estabelecimentos”, comentou Bárbara Rubim, CEO da consultoria Bright Strategies.
O
cenário é ainda positivo quando analisado outros aspectos, segundo a
especialista. Produzir a própria energia em casa ou em um estabelecimento
empresarial é atualmente mais barato do que comprar da distribuidora local.
Além disso, existe uma maior previsibilidade que o consumidor adquire quando
decide migrar para a geração distribuída, pois passa a ficar blindado dos
impactos das políticas tarifárias.
A
energia solar está presente em cerca de 255 mil sistemas instalados em
residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos, que
representam mais de R$ 15,2 bilhões em investimentos acumulados desde 2012 e
cerca de 165 mil empregos gerados. Da capacidade instalada total, os comércios
e serviços representam 40% das instalações no Brasil, seguidos pelos
consumidores residenciais (39%), propriedades rurais (11%), indústrias (8%) e
poder público em geral (2%).
Além dos benefícios, o segmento conta ainda com outras boas notícias. Pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência divulgada no ano passado indicou que 90% da população ouvida quer gerar a energia renovável nas casas. E as projeções apontam crescimento, sendo 1,3 milhão de imóveis com autogeração de energia estimados até 2029, de acordo com o Ministério de Minas e Energia.
Além disso, os painéis solares geram não só a energia consumida durante o dia na casa, já que o excedente que é injetado na rede é convertido em créditos energéticos. São esses créditos que fazem com que os consumidores consigam economizar na conta de energia, ação criada pela Resolução Normativa 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel, chegando a 95% de economia. (portalsolar)
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