Quando
se fala de desenvolvimento econômico no Brasil, um dos principais desafios são
os gargalos de infraestrutura, cujos efeitos se espalham por diversos
segmentos. Um desses gargalos – o acesso à água limpa e tratada – é, antes de
tudo, um fator de agravamento de condições sanitárias para a população
brasileira.
Os
números atestam a urgência de mudanças estruturais no setor. De acordo com o
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), no Brasil
existem cerca de 33 milhões de habitantes sem acesso à água tratada. Ainda
segundo a entidade, mais de 95 milhões de pessoas não contam com rede de coleta
em suas residências.
Falta
de acesso a água limpa e tratamento de esgoto resultam em consequências sérias
para a saúde da população. Segundo a Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental (ABES), apenas no 1º trimestre/2020, o Brasil registrou
40 mil internações relacionadas a falhas de saneamento básico. Além dos danos
físicos à população, essas internações ocasionaram gastos da ordem de R$ 16,1
milhões. Estudos mostram que a cada real gasto em saneamento, é gerado uma
economia até 4 vezes maior em saúde pública.
Nesse
panorama, soma-se outro fator cada vez mais relevante dos setores produtivos
brasileiros: a preferência por soluções sustentáveis, que otimizem a utilização
de recursos energéticos e contribuam para a redução de emissões de CO2.
“Recursos que ampliem a eficiência energética vão ao encontro dessa demanda, ao
mesmo tempo otimizando o uso de energia elétrica, amplia-se a lucratividade da
operação e contribui para a questão ambiental, soma-se a isso, o interesse de
fundos europeus e do banco mundial para investir em projetos verdes e
eficientes”, explica Valdeir Ribeiro Soares, Desenvolvedor de Negócios da área
de Distribution Systems da Siemens.
Energia
disponível e confiável
A
distribuição de energia é um fator crítico para a eficiência de estações de
tratamento e distribuição de água. Além de assegurar fornecimento confiável
para as operações, os sistemas de distribuição com alta tecnologia embarcada
garantem custos menores, eficiência energética, segurança e compromisso com o
meio ambiente.
Entre
as soluções disponíveis para estruturas de saneamento estão, os eletrocentros,
também conhecidos como E-house. Esse tipo de sala elétrica assegura a
distribuição de energia de forma confiável e eficiente. Os eletrocentros da
Siemens são customizados para o setor de saneamento. A empresa entrega a
estrutura completa e montada, direto no site do cliente, reduzindo custos com
obras civis e engenharia de projetos. De acordo com as especificidades do
projeto, o eletrocentro pode ser projetado como uma estrutura elevada,
considerando períodos de cheias em regiões de rios e lagos, onde normalmente
são localizadas estações de tratamento. Também atende critérios de instalação
em ambientas agressivos, utilizando tecnologia de filtragem de ar para proteção
contra partículas gasosas ou sólidas e climatização dedicada, mantendo a
integridade de todos equipamentos que compõe o E-house.
Outro
componente fundamental para o bom funcionamento de estações de tratamento e
distribuição de água são os painéis de média-tensão, tanto os modelos isolados
a gás quanto os painéis isolados a ar. Entre os primeiros, a Siemens oferece o
8DJH, que oferece elevada proteção contra arcos internos, operação segura com
porta fechada e livres de falhas humanas devido os intertravamentos lógicos dos
painéis. “É um produto que atende igualmente às necessidades de redução de
custos, segurança operacional e proteção ambiental”, afirma Valdeir.
Entre
os painéis de média-tensão isolados a ar, a Siemens oferece o NXAIR, que opera
com a porta de média-tensão fechada, garantindo segurança máxima para a
operação e mantenedores. Além da nova tecnologia de proteção contra
curtos-circuitos, o Siquench, que tem atuação mais rápida que sensores de arco
juntos ao disjuntor, aliado a possibilidade de monitoramento remoto, garante máxima
disponibilidade operacional e transparência operacional. O portfólio da Siemens
para saneamento inclui ainda a linha de conversores SINAMICS, oferecendo
funcionalidades para otimizar processos, como a função ECO, que reduz perdas e
economiza energia nas bombas.
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