sábado, 12 de dezembro de 2020

Irena e GWEC assinam acordo para expansão da fonte eólica

Eólica onshore e offshore associadas a medidas de eficiência energética podem fornecer mais de 90% das reduções de emissões necessárias até 2050 estabelecidas no Acordo de Paris.

A Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) e o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) assinaram um acordo de cooperação com o objetivo de unir esforços para aumentar a adoção e implantação de energia eólica e renovável em todo o mundo. O documento foi assinado por ocasião do Race to Zero Dialogues, um programa para acelerar o progresso dos governos, da indústria e de outras partes interessadas importantes para cumprir o Acordo de Paris, convocado pelo High-Level Champions for Global Climate Action.

Em comunicado oficial, as duas instituições lembra que, conforme mostrado no relatório Global Renewables Outlook da Irena, um futuro compatível com o Acordo de Paris até 2050 requer mudanças transformadoras na política, de comportamento e cooperação internacional. “As tecnologias renováveis, como a energia eólica onshore e offshore, bem como as medidas de eficiência energética, podem fornecer mais de 90% das reduções de emissões necessárias, ao mesmo tempo em que proporcionam emprego líquido e ganhos econômicos no processo”, apontam.

As instituições reconhecem que a rápida descarbonização exigirá uma variedade de mudanças de políticas e de investimentos. E relatam que entre elas está a intensificação dos compromissos de energia renovável, resolução de mercado e barreiras regulatórias, melhoria do acesso ao financiamento e expansão da carteira de projetos financiáveis.

Dados das duas entidades apontam que cerca de um terço de toda a nova capacidade de energia renovável adicionada em 2019 veio da fonte eólica e os dados da Irena sugerem que o vento – junto com a solar – vai dominar o crescimento futuro da capacidade.

Na avaliação do diretor geral da Irena, Francesco La Camera, a energia eólica é a pedra angular da transformação energética global. Para ele, com a evolução das tecnologias e um cenário econômico de fortalecimento, continuará a apoiar a agenda de crescimento de baixo carbono do mundo até meados do século.

Já Ben Backwell, CEO da GWEC, o outro signatário do acordo, diz que a meta é a de fortalecer a parceria e trabalhar com a Irena por meio da Plataforma de Investimento Climático e outras iniciativas importantes. E classifica que é mais importante do que nunca que as instituições intergovernamentais trabalhem em colaboração com a indústria na busca de objetivos compartilhados de desenvolvimento sustentável.

No escopo do acordo de cooperação está o fortalecimento e a facilitação de projetos de energia eólica na plataforma citada por Backwell, envolver a indústria eólica em Diálogos Indústria-Governo, Fóruns de Investimento e outras arenas para troca de conhecimento. E ainda, explorar acordos de código aberto e modelos de projeto para projetos eólicos em mercados emergentes com o objetivo de mitigar riscos e barreiras legais.

Brasil se tornou em 2017 o oitavo país do mundo com mais capacidade instalada em usinas eólicas. O crescimento da geração eólica tem sido impulsionado por um forte interesse de investidores.

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