Pesquisa da Wood Mackenzie
indica que os 114 GW eólicos adicionados no mundo em 2020 representaram um
aumento de 82% ano a ano. O montante foi o maior valor total de instalação
anual global já registrado. Na China, a Administração Nacional de Energia da
China informou a instalação de 72 GW de capacidade instalada em 2020, o que de
acordo com a Wood Mackenzie já seria a maior capacidade adicionada globalmente
em um único ano. O total inclui projetos parcialmente concluídos, já que os
desenvolvedores reivindicaram capacidade total para capitalizar o subsídio da
energia eólica onshore antes de expirar no final do ano passado.
O relatório mostra que fora a China, o resto do mundo adicionou quase 43 GW em 2020, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. As contribuições mais significativas vieram dos EUA, com 6,5 GW; Brasil, com 1 GW; Holanda, com 1,8 GW e Austrália, com 1,3 GW, todos ano a ano. De acordo com Luke Lewandowski, diretor de Pesquisa da Wood Mackenzie, a indústria global de energia eólica adicionará quase 1 TW de nova capacidade de 2021 a 2030. Segundo ele, a meta de 1.200 GW de energia eólica e solar da China até 2030 resultará em 408 GW de nova capacidade eólica de 2021 a 2030, representando 41% da construção global. Lewandowski acrescenta que a capacidade offshore do país crescerá 73 GW neste período, um aumento de 800% na capacidade instalada neste setor.
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país tem um dos maiores potenciais no mundo para geração da energia que vem do
alto mar.
O restante da Ásia-Pacífico adicionará 126 GW ao longo da perspectiva de 10 anos da Wood Mackenzie, com a Índia respondendo por metade disso. As adições anuais de capacidade offshore em escala de gigawatts na região começaram este ano, impulsionadas principalmente pelo Japão, Coréia do Sul, Taiwan e Vietnã. O diretor da consultoria alerta que a Europa será uma outra região importante que estimulará o crescimento da energia eólica até 2030. O plano de descarbonização da União Europeia motivará 248 GW de nova capacidade eólica ao longo da perspectiva de 10 anos. Outros 66% desta capacidade estará onshore devido a turbinas maiores que desbloqueiam mercados limitados, a repotenciação de uma frota envelhecida e o aumento do desenvolvimento na Europa Oriental.
A pesquisa da Wood Mackenzie diz ainda que uma extensão do Crédito Fiscal de Produção no final de 2020 nos EUA reforçou as expectativas de curto prazo de 35 GW de nova capacidade de 2021 a 2023. De 2024 a 2030, a nova capacidade offshore no país deverá atingir em média 4,5 GW por ano e representará 40% da construção anual de turbinas eólicas. Brasil, Chile, Colômbia e México serão responsáveis por 90% de um recorde de 16 GW de nova capacidade esperada na América Latina entre 2021 e 2023. Esse número será impulsionado por um aumento na demanda comercial e industrial, aposentadorias de carvão e leilões de energia. (canalenergia)
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