Pesquisa global feita pelo
think tank de energia Ember revela que a eletricidade gerada por novas turbinas
eólicas e painéis solares em 2020, com aumento de 315 TWh, ajudou a forçar uma
queda recorde na energia global do carvão, de 346 TWh. Entretanto, esse
resultado só foi possível porque a pandemia fez uma pausa na crescente demanda
mundial por eletricidade. Desde 2015, a crescente demanda de eletricidade
superou o crescimento da eletricidade limpa e levou a um aumento dos
combustíveis fósseis e das emissões.
De acordo com Dave Jones,
líder mundial da Ember, à medida que a demanda de eletricidade for retomando e
aumentando, o mundo precisará fazer muito mais para garantir que o carvão
continue caindo. Segundo ele, com o uso do carvão já aumentando em 2021 em toda
a China, Índia e EUA, o grande passo para cima ainda está por acontecer.
Modelos da Agência Internacional de Energia mostram que a energia a carvão cairá 14% ao ano para manter o mundo no caminho certo para 2050 emissões net-zero. À medida que o crescimento da demanda de eletricidade voltar a crescer, o vento e a energia solar precisarão acelerar significativamente para garantir que o carvão continue a cair. Em 2020, a China foi o único país do G-20 que viu um grande aumento na geração de carvão, porque a demanda de eletricidade aumentou acentuadamente. 4 maiores países produtores de carvão depois da China, todos viram a energia do carvão diminuir em 2020: Índia (-5%), Estados Unidos (-20%), Japão (-1%) e Coréia do Sul (-13%). Em 2020 a China foi responsável por mais da metade (53%) da eletricidade mundial alimentada a carvão.
Apesar da queda recorde no carvão em 2020, emissões do setor elétrico ainda foi cerca de 2% maiores no ano pandêmico do que em 2015, quando o Acordo de Paris foi assinado. Demanda de eletricidade aumentou 11% desde 2015, superou o aumento na geração de eletricidade limpa, de 2.107 TWh. Resultado: eletricidade queimada a gás aumentou 11% e a geração de carvão caiu apenas 0,8%.
Geração de energia a carvão
segue caindo em todo o mundo, mas ainda aquém das necessidades climáticas
globais.
Para Dave Jones, o progresso está longe de ser suficientemente rápido. Apesar da queda recorde do carvão durante a pandemia, ele ainda ficou aquém do que é necessário. Ele conta que a energia do carvão precisa entrar em colapso em 80% até 2030 para evitar níveis perigosos de aquecimento acima de 1,5°C.
Apesar da queda recorde no carvão em 2020, emissões do setor elétrico ainda foi cerca de 2% maiores no ano pandêmico do que em 2015, quando o Acordo de Paris foi assinado. Demanda de eletricidade aumentou 11% desde 2015, superou o aumento na geração de eletricidade limpa, de 2.107 TWh. Resultado: eletricidade queimada a gás aumentou 11% e a geração de carvão caiu apenas 0,8%.
Geração de energia a carvão
segue caindo em todo o mundo, mas ainda aquém das necessidades climáticas
globais.
Para Dave Jones, o progresso
está longe de ser suficientemente rápido. Apesar da queda recorde do carvão
durante a pandemia, ele ainda ficou aquém do que é necessário. Ele conta que a
energia do carvão precisa entrar em colapso em 80% até 2030 para evitar níveis
perigosos de aquecimento acima de 1,5°C.
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